PINTURA DE
MANUEL AMADO
Manuel Amado (n. 1938), arquitecto e pintor, inaugurou nova exposição na Galeria de Pintura do Rei D. Luís no Palácio Nacional da Ajuda. Chama-se “O Espectáculo vai começar” e só quem conheça mal o pintor se admirará por o tema desta mostra, grandiosa em quantidade e inesperada pela concepção, ser o teatro, melhor ainda os bastidores do teatro.
Manuel Amado é arquitecto por formação, mas foi actor por devoção e paixão familiar durante muitos anos da meninice. Filho de Fernando Amado, um dos fundadores da Casa da Comédia, cedo se apaixonou pela "commedie dell’ arte", e esse mesmo universo vamos encontrar reproduzido nos quadros que integram esta exposição: arlequins, pantaleões, pierrots, polichinelos andam paredes meias com referências a Cocteau, Ricardo III, fantasmas da ópera, Xerezades, Pandoras e outros temas maiores da mitologia teatral.
Mas Manuel Amado não se limita a reproduzir o real num hiper realismo que, de tão hiper, toca o surrealismo (não por acaso foi amigo de Cesariny, Cruzeiro Seixas e outros da mesma inspiração). As suas composições são de uma extrema originalidade, a cena é quase sempre vista dos bastidores, as personagens são quase sempre silhuetas recortadas que se aguentam em pé mercê de evidentes estruturas de madeira que as sustentam, os teatro quase sempre estão desertos de espectadores (ou quando os há são manchas informes) sendo o todo marcado pela ausência. A cadeira é de Jean Cocteau, mas é a ausência que assinala a presença. O motivo é a cena teatral, mas raramente vista do lado do espectador de teatro, mas da perspectiva de um contra-regra que movimenta títeres inanimados. Uma visão interior do teatro, um olhar de quem ama o espectáculo, mas se seduz sobretudo pelo mistério da sua concepção, mágica, íntima, secreta.
A exposição "O espectáculo vai começar", de Manuel Amado, está aberta todos os dias, excepto às segundas-feiras, das 12h00 às 18h30, até 17 de Março de 2007, na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
São 50 óleos sobre tela de linho, que contam com um catálogo com reprodução a cores das obras e ainda textos de João Pinharanda, comissário da exposição, Paulo Teixeira Pinto, Presidente do Millennium bcp e Elísio Summavielle, Presidente do IPPAR.
Manuel Amado é arquitecto por formação, mas foi actor por devoção e paixão familiar durante muitos anos da meninice. Filho de Fernando Amado, um dos fundadores da Casa da Comédia, cedo se apaixonou pela "commedie dell’ arte", e esse mesmo universo vamos encontrar reproduzido nos quadros que integram esta exposição: arlequins, pantaleões, pierrots, polichinelos andam paredes meias com referências a Cocteau, Ricardo III, fantasmas da ópera, Xerezades, Pandoras e outros temas maiores da mitologia teatral.
Mas Manuel Amado não se limita a reproduzir o real num hiper realismo que, de tão hiper, toca o surrealismo (não por acaso foi amigo de Cesariny, Cruzeiro Seixas e outros da mesma inspiração). As suas composições são de uma extrema originalidade, a cena é quase sempre vista dos bastidores, as personagens são quase sempre silhuetas recortadas que se aguentam em pé mercê de evidentes estruturas de madeira que as sustentam, os teatro quase sempre estão desertos de espectadores (ou quando os há são manchas informes) sendo o todo marcado pela ausência. A cadeira é de Jean Cocteau, mas é a ausência que assinala a presença. O motivo é a cena teatral, mas raramente vista do lado do espectador de teatro, mas da perspectiva de um contra-regra que movimenta títeres inanimados. Uma visão interior do teatro, um olhar de quem ama o espectáculo, mas se seduz sobretudo pelo mistério da sua concepção, mágica, íntima, secreta.
A exposição "O espectáculo vai começar", de Manuel Amado, está aberta todos os dias, excepto às segundas-feiras, das 12h00 às 18h30, até 17 de Março de 2007, na Galeria de Pintura do Rei D. Luís, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
São 50 óleos sobre tela de linho, que contam com um catálogo com reprodução a cores das obras e ainda textos de João Pinharanda, comissário da exposição, Paulo Teixeira Pinto, Presidente do Millennium bcp e Elísio Summavielle, Presidente do IPPAR.
excelente apresentação.
ResponderEliminarcuriosamente no dia da morte.
sentidamente. contigo.
de facto as palavras nunca bastam.
ResponderEliminarbeijo Lauro.