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quinta-feira, junho 18, 2009

PRÉMIO ORTEGA E GASSET DE FOTOGRAFIA

:
Discurso pronunciado por Gervasio Sánchez
(jornalista e fotógrafo)
durante a entrega dos
prémios Ortega y Gasset

Estimados miembros del jurado, señoras y señores:
Es para mí un gran honor recibir el Premio Ortega y Gasset de Fotografía convocado por El País, diario donde publiqué mis fotos iniciáticas de América Latina en la década de los ochenta y mis mejores trabajos realizados en diferentes conflictos del mundo durante la década de los noventa, muy especialmente las fotografías que tomé durante el cerco de Sarajevo.
….Quiero dar las gracias a los responsables de Heraldo de Aragón, del Magazine de La Vanguardia y la Cadena Ser por respetar siempre mi trabajo como periodista y permitir que los protagonistas de mis historias, tantas veces seres humanos extraviados en los desaguaderos de la historia, tengan un espacio donde llorar y gritar.
No quiero olvidar a las organizaciones humanitarias Intermon Oxfam, Manos Unidas y Médicos Sin Fronteras, la compañía DKV SEGUROS y a mi editor Leopoldo Blume por apoyarme sin fisuras en los últimos doce años y permitir que el proyecto Vidas Minadas al que pertenece la fotografía premiada tenga vida propia y un largo recorrido que puede durar décadas.
Señoras y señores, aunque sólo tengo un hijo natural, Diego Sánchez, puedo decir que como Martín Luther King, el gran soñador afroamericano asesinado hace 40 años, también tengo otros cuatro hijos víctimas de las minas antipersonas: la mozambiqueña Sofia Elface Fumo, a la que ustedes han conocido junto a su hija Alia en la imagen premiada, que concentra todo el dolor de las víctimas, pero también la belleza de la vida y, sobre todo, la incansable lucha por la supervivencia y la dignidad de las víctimas, el camboyano Sokheurm Man, el bosnio Adis Smajic y la pequeña colombiana Mónica Paola Ojeda, que se quedó ciega tras ser víctima de una explosión a los ocho años.
Sí, son mis cuatro hijos adoptivos a los que he visto al borde de la muerte, he visto llorar, gritar de dolor, crecer, enamorarse, tener hijos, llegar a la universidad. Les aseguro que no hay nada más bello en el mundo que ver a una víctima de la guerra perseguir la felicidad.Es verdad que la guerra funde nuestras mentes y nos roba los sueños, como se dice en la película Cuentos de la luna pálida de Kenji Mizoguchi.Es verdad que las armas que circulan por los campos de batalla suelen fabricarse en países desarrollados como el nuestro, que fue un gran exportador de minas en el pasado y que hoy dedica muy poco esfuerzo a la ayuda a las víctimas de la minas y al desminado.
Es verdad que todos los gobiernos españoles desde el inicio de la transición encabezados por los presidentes Adolfo Suarez, Leopoldo Calvo Sotelo, Felipe González, José María Aznar y José Luis Rodríguez Zapatero permitieron y permiten las ventas de armas españolas a países con conflictos internos o guerras abiertas.
Es verdad que en la anterior legislatura se ha duplicado la venta de armas españolas al mismo tiempo que el presidente incidía en su mensaje contra la guerra y que hoy fabriquemos cuatro tipos distintos de bombas de racimo cuyo comportamiento en el terreno es similar al de las minas antipersonas.
Es verdad que me siento escandalizado cada vez que me topo con armas españolas en los olvidados campos de batalla del tercer mundo y que me avergüenzo de mis representantes políticos.
Pero como Martin Luther King me quiero negar a creer que el banco de la justicia está en quiebra, y como él, yo también tengo un sueño: que, por fin, un presidente de un gobierno español tenga las agallas suficientes para poner fin al silencioso mercadeo de armas que convierte a nuestro país, nos guste o no, en un exportador de la muerte.
Muchas gracias.

quinta-feira, maio 24, 2007

ESTARREJA: UM PASSEIO EM FOTOS

na Av. Visconde de Salreu

uma esquina
O FCPorto em festa

Cafés e esplanadas
a praça central
O monumento aso mortos da I GG
a Biblioteca Municipal
Frente á capela de Santo António,
a caminho do Cine Teatro
Cine-Teatro de Estarreja
fotos do autor e de MEC

quinta-feira, maio 03, 2007

TERESA SÁ INAUGURA EXPOSIÇÃO


Teresa Sá inaugura exposição no Porto, no dia 4 de Maio, na galeria Lab.65. Estará patente até dia 2 de Junho. As fotografias da Teresa são excelentes, e tive o maior prazer em escrever um texto para mais esta apresentação pública da sua sensibilidade.
Não percam a exposição.
Lá estarei um dia destes. Não a 4 que não posso.
Ate lá: um beijo Teresa e "muita merda!"

Teresa do outro lado do espelho

Antes de tudo o mais as fotografias que se agrupam na série "My own private wonderland" são
encenações. Sendo encenações, são obviamente ficções. Ficções que nascem do imaginário interior de Teresa Sá e que ela concretiza na imagem exterior, depois de as concretizar em si - essas ficções são encenadas tendo como figura central, como protagonista a própria fotógrafa. São encenações que passam pelo subconsciente da artista, antes de se concretizarem em matéria visível. Não há, pois, nada de "realista" na visão de Teresa Sá, por muito realistas que possam parecer paisagens e interior.
Olhe-se uma menina/mulher caminhando por uma estrada fora, numa paisagem a perder de vista. Nada de mais realista se poderia conceber à partida, nem uma única anotação irrealista, surrealista, e … todavia, esse quase hiper-realismo conduz-nos para lá do realismo, a um realismo fantástico, a um maravilhoso que, ultrapassando o realismo, o renega. Todo o trabalho de Teresa Sá nos projecta nesse mundo imaginado/imaginário onde a artista, por vezes "performer" de si própria, se instala e se instala confortavelmente. Pode ser um mundo fantástico, mas é um universo apetecível, onde a figura humana se inscreve transgredindo as regras, mas fazendo-o de forma lúdica, brincando consigo e com a realidade circundante. Qual Alice, Teresa leva-nos para o outro lado do espelho, para o outro lado do "seu" espelho. Conduz-nos pela mão e leva-nos ao seu universo profundamente feminino e profundamente infantil. Mas cuidado. Tal como em Alice, esse universo infantil não é isento de uma certa perversidade, de um certo prazer em provocar, em esconder o rosto por detrás das mãos ou encostá-lo às paredes. A personagem esconde-se por detrás de um chapéu de sol, de um braço, de um feixe de luz, esconde a sua possível identificação fora do enquadramento, e este jogo de "esconde-esconde" é um jogo igualmente de "esconde-revela", pois é através dessa duplicidade de mostra e destapa que a artista se nos esconde e se nos revela no que tem de mais íntimo, de mais pessoal, de mais recôndito.
Há outro aspecto curioso neste conjunto de fotografias. A paragem do tempo. Sabe-se que fotografia fixa o movimento. É um "instantâneo". Mas muitas tendem à reprodução do movimento, por muito que a objectiva o tenha captado numa fracção de segundo imutável. No caso de Teresa Sá, as suas fotografias fixam o momento, mas o momento parece já estar fixado antes do disparo da máquina o fixar. São quadros imóveis que a câmara regista. A menina/mulher levanta as saias e olha de cabeça baixa para as pernas descobertas, mas este momento é um instante que já estava eternizado no tempo, antes de Teresa Sá o registar na imagem. Pelo menos, assim o vejo. A menina/mulher de rosa-velho não caminha numa paisagem de verdes e ocres (que bem utiliza as cores Teresa Sá!). Não. Tudo está fixo neste instantâneo. Teresa Sá limitou-se a registar essa paragem do tempo.
Mas há outras fotografias onde essa paragem é ainda mais objectiva. Nem uma aragem parece bulir na quieta melancolia das árvores do caminho. Mas não há drama nunca neste universo de casa de bonecas. Pode falar-se de solidão, mas esta é uma solidão pretendida. A protagonista faz sozinha esta viagem porque assim o quis. Sente-se em cada fotografia o prazer, o gozo da solidão. A solidão é a da procura individual, a viagem de iniciação que só pode ser feita a solo. Não há drama nesta solidão de paisagens reconfortantes, ou de velhas casas desabitadas, onde apenas se escutam vozes do passado quando os ouvidos se encostam ao desbotado papel da parede ou às tábuas do soalho. Nem mesmo quando o corpo jaz no chão, acreditamos no drama, apenas entrevemos disfarce, ocultação, vontade de prolongar o jogo.
Em todas as fotografias, somente uma vez se descortina o tempo, a acção, o movimento. É quando a personagem rasga a luz que a encadeia e a leva a atravessar o espelho e a saltar para o outro lado da realidade. Pela ordem que vejo as fotos, esta é a última da sequência, o que tem a sua lógica: Alice, que viajou pelo país das maravilhas, regressa contrafeita ao outro lado do espelho, o lado de cá, o lado de uma realidade sem maravilhoso, o lado donde nos encontramos, nós, espectadores de um sonho que percorremos, mas que temos de largar quando nos mergulhamos nessa realidade cinzenta.
Mas nada de desesperos, porque há sempre uma Teresa Sá a libertar-nos para o lúdico e o
maravilhoso da vida. Da sua, e nossa vida. Neste, e desse lado do espelho.
Lauro António
Lisboa, Abril, 2007

sexta-feira, abril 06, 2007

PORTAS E JANELAS... FECHADAS

agradeço à Claudia Sousa Dias a descoberta

domingo, fevereiro 25, 2007

Fotografia: concurso

O Valter Hugo Mãe anuncia no seu blogue CASA DE OSSO
o primeiro concurso imperdível casadeosso
e explica:
eis o primeiro dia do primeiro concurso imperdível do casadeosso
quem pode concorrer:
podem concorrer todas as pessoas maiores e menores de idade, portuguesas e estrangeiras, brancas ou pretas ou às risquinhas, com marido ou mulher, dinheiro ou nada disso, bonitas ou feias ou mais ou menos.
como:
serão aceites a concurso fotografias originais. isso mesmo. quero receber as mais bonitas, estranhas, inusitadas, surpreendentes, certinhas ou todas erradas, fotografias que possam tirar.
publicarei todas as fotografias enviadas (contando não receber um milhão) e escolherei impiedosamente a vencedora.
atenção, uma fotografia por pessoa.
haverá, no entanto, uma atenção especial dada às fotografias tiradas com telemóvel que resultará no seguinte: se a fotografia vencedora em absoluto for tirada por telemóvel, a questão está resolvida, se não o for, haverá uma segunda vencedora, escolhida exclusivamente entre as «telefotos», que receberá um prémio surpresa arrebatador e lindo. podem crer. isto para acabar de vez com as polémicas geradas por quem tem ou não tem um telefone com câmara.
prazo:
recebo imagens até ao dia 15 de março. a 16 mostro a vencedora.
prémio (sim, porque isto está tudo muito bem pensado):
um exemplar do meu último livro «pornografia erudita» assinado e desenhado por mim. farei um esforço para que se torne num objecto único, preenchido por pequenos desenhos que aludam ao universo dos poemas ali inclusos; um exemplar de cada um destes livros da minha autoria: «a cobrição das filhas», «três minutos antes de a maré encher», «útero»; um exemplar do esgotado e já impossível de adquirir livro «exercício do bom amor» que contém poemas meus e ilustrações do esgar acelerado - a edição foi de apenas cem exemplares; um cd pirata com as músicas que, neste início de 2007, são as que uso para sonorizar a minha vida.
agora, é convosco. fico curioso. ganhem coragem e digam coisas. este é o email:
nemporisso@portugalmail.pt

Pelo que já vi por lá publicado, não há muitas hipóteses de brilhar (já há por lá muitos brilhantes). Mas é sempre bom concorrer.
Leitores meus, com pretensões a fotógrafos: não percam. Visitem o site e concorram. Eu vou pensar no assunto. Vontade não falta.