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terça-feira, março 24, 2015
segunda-feira, março 23, 2015
TEATRO: PIRANDELO
PIRANDELLO
Afirma
a companhia “mala voadora”: “Pirandello” não é um espectáculo de Pirandello.
Quer isto dizer: não é uma encenação de uma peça de teatro escrita por
Pirandello. E, apesar de o seu nome dar título ao espectáculo, também não se
trata de uma biografia do italiano Luigi Pirandello que nasceu em 1867 e morreu
em 1936, autor multifacetado e distinguido com o Prémio Nobel da Literatura em
1934. Mas é a história de uma vida que vamos contar – a de um homem inventado
por Pirandello no livro “Ele Foi Mattia Pascal”, ou “O Falecido Mattia Pascal”.
Na verdade, não é bem essa história, mas uma parecida... Na verdade, a história
que a mala voadora vai contar é a de Albano Jerónimo. O Falecido Albano
Jerónimo”.
Aparentemente
está tudo dito quanto ao texto que se apresenta como “Pirandello”. Tanto podia
chamar-se “Pirandello” como “Shakespeare”, “Gil Vicente” ou “José Saramago”.
Agarra-se numa obra de um autor, reduz-se a uma anedota, pega-se nessa anedota
e constrói-se com ela um espectáculo essencialmente divertido, inventivo,
graficamente de boa qualidade, muito bem interpretado e ponto.
Ainda o
texto da “mala voadora”: “Pirandello”, um elogio da ficção, é um laboratório de
meta-teatralidade em torno de um texto não-dramático do dramaturgo mais
meta-teatral do século XX. Sobrepõe-se, ao abismo ficcional que caracteriza o
romance, uma meta-teatralidade que não é aquela que Pirandello usa nos seus
próprios textos dramáticos, mas uma outra, inventada a partir da narrativa
não-dramática”. Com este texto fica-se a perceber o que foi pretendido. Apesar
de um certo pretensiosismo de linguagem. Ou seja, o que se tenta é reduzir a narrativa
dramática a uma não narrativa não dramática.
Uma
visão moderna, sim, moderna, inscrevendo-se numa linha que tem vindo a vingar
junto de certos grupos teatrais mais recentes, a estética de “mala voadora” é
de uma grande coerência. Quem procura mais do que “espectáculo” não encontra. O
vaudeville de Georges Feydeau é muito mais consistente. Aqui, o que funciona é
a aparência. Os cenários de José Capela parecem construções de legos, passados
pela imaginação de Robert Wilson, são muito bonitos e funcionam muito bem.
Guarda-roupa a condizer. Tecnicamente há que dizer que tudo rola eficazmente,
luz, som, etc. A interpretação é muito boa, quase não apetecendo sublinhar
ninguém, ainda que Albano Jerónimo e Custódia Gallego o possam merecer, mas a verdade
é que Anabela Almeida, David Cabecinha, David Pereira Bastos, Marco Paiva,
Maria Ana Filipe, Mónica Garnel, Tânia Alves e Joana Costa Santos vão muito bem
no registo escolhido. A encenação de Jorge Andrade é realmente muito
imaginativa, cheia de achados de linguagem e de situações, o que transforma
“Pirandello” num passatempo que se vê bem e se desfruta como uma taça de
champanhe. A metáfora, porém, não funciona com todos. Eu, por exemplo, não
gosto de champanhe, o que não quer dizer que não tenha gostado de ver o
espectáculo. Mas chamar-lhe “Pirandello”, custa um bocado…
PIRANDELO
a
partir de “Ele Foi Mattia Pascal”, de Luigi Pirandello; dramaturgia Jorge
Andrade com David Cabecinha, Fernando Villas-Boas; direcção Jorge Andrade;
cenografia José Capela com edição de imagem de António MV e José Carlos Duarte;
figurinos José Capela; desenho de luz João d’Almeida; banda sonora Rui Lima e
Sérgio Martins com a participação de alunos da Escola de Música do
Conservatório Nacional; cabelos Carla Henriques; interpretação: Albano
Jerónimo, Anabela Almeida, Custódia Gallego, David Cabecinha, David Pereira
Bastos, Marco Paiva, Maria Ana Filipe, Mónica Garnel, Tânia Alves e Joana Costa
Santos; produção mala voadora Manuel Poças e Joana Costa Santos; assessoria
gestão/programação mala voadora: Vânia Rodrigues; coprodução TNDM II, Mala
Voadora; M/12 anos; duração: 90 minutos; de 12 de Março a 4 de Abril de 2015.
Etiquetas:
mala voadora,
Pirandelo,
teatro,
Teatro D. Maria II
segunda-feira, março 09, 2015
PRÉMIOS SOPHIA DO CINEMA PORTUGUÊS 2015
PRÉMIOS SOPHIA DO CINEMA PORTUGUÊS 2015
NOMEADOS
Melhor
Curta-Metragem Documentário
À
Beira Da Europa de Bernardo Cabral
Le
Boudin de Salomé Lamas
Luz
Clara de Miguel Lima e Vasco Vieira
O
Meu Outro País De Solveig Nordlund
Melhor
Curta-Metragem de Animação
20
Desenhos e Um Abraço de José Miguel Ribeiro
O
Canto dos 4 Caminhos de Nuno Amorim
Foi
o Fio de Patrícia Figueiredo
Fuligem
de David Doutel e Vasco Sá
Melhor
Curta-Metragem de Ficção:
Cinema
de Rodrigo Areias
Coro
dos Amantes de Tiago Guedes;
Encontradouro
de Afonso Pimentel;
Miami
De Simão Cayatte;
Os
Sonâmbulos de Patrick Mendes;
Melhor
Documentário em Longa - Metragem:
Guerra
ou Paz de Rui Simões – Real Ficção;
Fado
Camané de Bruno de Almeida - BA Filmes;
E
Agora? Lembra-me de Joaquim Pinto – C.R.I.M. Produções;
Alentejo
Alentejo de Sérgio Tréfaut – Faux;
Melhor
Canção Original:
Fora
da Lei" versão rock, interpretado pelos Criança Queimada – Nirvana;
“Unforgettable”,
letra e interpretação de Daniela Galbin – Pecado Fatal;
“Clandestinos
do Amor” de Ana Moura – Os Gatos não têm Vertigens;
“Seta”
de André Sardet e Mayra Andrade – Sei Lá;
Melhor
Banda Sonora Original:
Nuno
Maló - Doce Amargo Amor;
Filipe
Coutinho – Pecado Fatal;
Luís
Cília – Os Gatos não têm Vertigens;
José
M. Afonso – Sei Lá;
Melhor
Som:
Hugo
Leitão e Branko Neskov – O Grande Kilapy;
Vasco
Pedroso, Branko Neskov e Elsa Ferreira – Os Gatos não têm Vertigens;
Pedro
Melo e Branko Neskov – Getúlio;
Jorge
Saldanha – Os Maias;
Melhor Montagem:
Rodrigo
Pereira, Rui Alexandre Santos – A Vida Invisível;
Pedro
Ribeiro – Os Gatos não têm Vertigens;
Pedro
Ribeiro – Sei Lá;
João
Braz – Os Maias;
Melhor
Maquilhagem e Cabelos:
Sano
de Perpessac – O Grande Kilapy;
Susana
Correia e Fátima Vieira – Os Gatos não têm Vertigens;
Iris
Peleira, Mário Leal – Variações de Casanova;
Sano
de Perpessac – Os Maias;
Melhor
Guarda-Roupa:
Teresa
Campos – O Grande Kilapy;
Os
Burgueses – Os Gatos não têm Vertigens;
Lucha
d’Orey – Variações de Casanova;
Silvia
Grabowski – Os Maias;
Melhor
Caracterização / Efeitos especiais:
Sano
de Perpessac - O Grande Kilapy;
Sandra
Pinto – Eclipse em Portugal;
Iris
Peleira – Cadências Obstinadas;
Sano
de Perpessac – Os Maias;
Melhor
Direcção Artística:
João
Torres – O Grande Kilapy;
João
Torres – Os Gatos não têm Vertigens;
Isabel
Branco – Variações de Casanova;
Silvia
Grabowski – Os Maias;
Melhor
Direcção de Fotografia:
Leonardo
Simões – A Vida Invisível;
José
António Loureiro – Os Gatos não têm Vertigens;
André
Szankowski – Cadências Obstinadas;
João
Ribeiro – Os Maias;
Melhor
Argumento Original:
Luís
Alvarães e Luís Carlos Patraquim - O Grande Kilapy;
Vítor
Gonçalves, Jorge Braz, Mónica Santana Baptista - A Vida Invisível;
Tiago
Santos – Os Gatos não têm Vertigens;
Frederico
Pombares, Henrique Dias e Roberto Pereira – Virados do Avesso;
Melhor
Atriz Secundária:
Fernanda
Serrano – Os Gatos não têm Vertigens;
Maria
João Pinho – Os Maias;
São
José Correia - O Grande Kilapy;
Silvia
Rizzo - O Grande Kilapy;
Melhor
Ator Secundário:
João
Perry – Os Maias;
Manuel
Wiborg - O Grande Kilapy;
Nicolau
Breyner – Os Gatos não têm Vertigens;
Pedro
Inês – Os Maias;
Melhor
Realizador:
Zézé
Gamboa - O Grande Kilapy;
Vítor
Gonçalves – A Vida Invisível;
António-Pedro
Vasconcelos – Os Gatos não têm Vertigens;
João
Botelho – Os Maias;
Melhor
Atriz Principal:
Leonor
Seixas – Sei Lá;
Maria
do Céu Guerra – Os Gatos não têm Vertigens;
Maria
João Pinho – A Vida Invisível;
Sara
Barros Leitão – Pecado Fatal;
Melhor
Ator Principal:
Filipe
Duarte – A Vida Invisível;
Graciano
Dias – Os Maias
João
Jesus – Os Gatos não têm Vertigens
João
Lagarto – O Grande Kilapy
Melhor
Filme
A
Vida Invisível – Rosa Filmes
O
Grande Kilapy – David&Golias
Os
Gatos não têm Vertigens – MGN Filmes
Os
Maias - Cenas da Vida Romântica – Ar de Filmes
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