sexta-feira, dezembro 29, 2006

UM FELIZ E PRÓSPERO 2007

gosé t

Uma proposta de "Feliz Ano Novo" inteiramente pirateada.
Um belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade, que a Isabel Victor tem no seu blogue “Caderno de Campo”, e um poema-canção, brasileiro, que a Inominável colocou no seu “Ponto de Saturação". E uma garrafa de champanhe da garrafeira do Tomás Vasques, no “Hoje Há Conquilhas.”
A ideia desta “piratagem” é mostrar como se pode ser solidário neste enorme conglomerado de palavras, ideias e emoções, e reunir amigos, uns aqui nascidos, outros que já vêm detrás.
Não me digam que é fácil ser-se solidário com o que é dos outros, estou aberto a todo o tipo de idêntica piratagem. :)
Um Feliz e Próspero 2007 para todos.


Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.
in http://www.releituras.com/drummond_dezembro.asp
posted by isabel victor at 7:52 PM 0 comments



O tempo que a gente perde pela vida a correr
O tempo que a gente sonha que é chegar e vencer
O tempo faz de nós um copo p’ra beber em paz
O tempo é um momento para nunca mais

O tempo mesmo agora fez a terra girar
O tempo sem demora traz as ondas do mar
O tempo que se inventa quando nunca se é capaz
O tempo é um carro novo sem a marcha-atrás

Voei p’ra te dizer
Sonhei p’ra te esquecer
Eu sei não vais parar para eu crescer
Eu sei esperei demais

Música: Donna Maria
Letra: Miguel A. Majer

10 comentários:

Anónimo disse...

Bom Ano 2007!

saudações fraternas

Anónimo disse...

Com "piratas", "bandidas", "pianos", "intrusos", e tantos mais que nunca são demais...


Um Feliz Ano Novo, Lauro!!!!!!!!








B.
____________________________

Anónimo disse...

De novo, votos de um bom ano de 2007 para todos! ;)

Anónimo disse...

Caro Lauro António: em si, ser solidário não é apenas uma palavra, é uma maneira de ser.O que deixa, quem tem a honra de ser seu amigo, feliz. Um grande abraço. Bom 2007.

Dário Ribeiro disse...

Descobri recentemente o blog, mas não posso deixar de desejar um excelente 2007 a todos! ;0) Abraços

Lauro António disse...

Agradecimentos a todos. Um optimo 2007. Dário tribeiro: e a lista dos melhores? Venha ela. Um abraço. LA

Anónimo disse...

Belo poema! Bom 2007.
MEC

Anónimo disse...

Bom Ano Lauro!
Beijinhos
S.

Lauro António disse...

Beijos, Mec. E já agora quem é a S.? seja quem for, obtrigado e beijos.

Anónimo disse...

S de Sofia!
:)