sábado, novembro 15, 2008

EDGAR ALLAN POE NO CINEMA

Regressa à actividade o blogue "Meia Noite Fantástica" com temas dedicados à literatura e ao cinema fantásticos. Preparando um ciclo cinematográfico que o Famafest 2009 irá dedicar ao extraordinário escritor, neste meu outro blogue se irão reunindo textos consagrados a Poe e às adaptações que conheceu ao longo de toda a história do Cinema. Aqui fica o inicio do texto agora publicado no aludido blogue.



NOTAS SOBRE EDGAR ALLAN POE
NO CINEMA
Ao analisar de forma muito rápida e sucinta a filmografia extraída de obras de Edgar Allan Poe, cumpre desde logo fazer ressaltar algumas ideias chaves. A primeira é a de que, apesar deste escritor ser um dos expoentes máximos da literatura fantástica e um dos mestres da literatura mundial, mais ainda um dos iniciadores da literatura moderna, um poeta admirável, um contista exemplar, um precursor do romance policial, poucos foram os grandes mestres da História do Cinema que dele se aproximaram buscando inspiração para obras suas. Há casos, certamente, Griffith e Fellini são dois exemplos possíveis, mas nem os filmes daí resultantes foram dos mais conseguidos, nem dois ou três títulos em mais de duas centenas de filmes são marca significativa.
Vejamos então quem se tem interessado pela obra de Edgar Allan Poe no campo do cinema. Não erraremos muito se os juntarmos em três grupos: alguns, não muitos, vanguardistas europeus e norte-americanos, ligados a escolas surrealistas ou expressionistas (Jean Epstein, Robert Florey, Edgar G. Ulmer, etc.), alguns mestres de série B, que representam o que de melhor a inspiração de Poe nos legou no cinema (nomeadamente Roger Corman, Gordon Hessler, ) e um grupo vasto de artesãos de série Z, mais interessados no negócio do que em arte, mas que não deixa de ser significativo preferirem Poe em tantas ocasiões, umas por oportunismo, servindo-se do nome e do prestígio do escritor, outras por sincero interesse literário, nem sempre devidamente vertido em imagens, é certo!.
Outro aspecto curioso a sublinhar: as obras de Edgar Allan Poe raras vezes são adaptadas de forma muito fiel à intriga e ao esquema dramático das mesmas, preferindo-se-lhes uma adaptação ao espírito, à atmosfera, às obsessões do escritor. Nem por isso, no entanto, muitas das adaptações não serão conseguidas, sobretudo na forma como continuam ou prolongam o clima gótico de uma indisfarçável estranheza e mistério.
O texto segue em "Meia Noite Fantástica". Para aceder basta clicar na ligação, ou no link colocado na coluna esquerda deste blogue.

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