domingo, junho 26, 2011

TEATRO: A FLOR DO CACTO


 A FLOR DO CACTO
Jean-Pierre Grédy e Pierre Barillet escreveram uma trentena de peças de teatro entre 1949 e o início da década de 90. Comédias de boulevard, sem grandes pretensões, um arzinho de crítica de costumes e algum humor, baseado em trocas e baldrocas, situações equívocas, encontros e desencontros. A herança de Georges Feydeau, Georges Courteline ou Eugène Labiche, mas sem a graça destes. Em 1964, estrearam “Fleur de Cactus”, no Théâtre des Bouffes-Parisiens, com algum sucesso e logo despertaram o interesse da Broadway americana que adaptou a peça para os seus palcos numa versão de Abe Burrows, que também a encenou. “Cactus Flower” estreou-se em Dezembro de 1965, no Royale Theatre, permaneceu dois anos en cena, passando depois para o Longacre, perfazendo um total de 1234 representações, que terminaram em Novembro de 1968. Do elenco original faziam parte Lauren Bacall, Barry Nelson, Brenda Vaccaro, Burt Brinckerhoff, Lloyd Bridges, Kevin McCarthy, e Betsy Palmer. Êxito de público, portanto.

Pouco depois, em 1969, o argumentista preferido de Billy Wilder, I.A.L. Diamond adaptou a peça a filme, que Gene Saks dirigiu de fora escorreita, com um bom conjunto de intérpretes, Walter Matthau, Ingrid Bergman, e Goldie Hawn, que iria ganhar um Óscar com esta sua estreia no cinema. Os actores vão bem, os diálogos são divertidos, escritos com alguma subtileza e graça, a adaptação do palco ao ecrã é muito aceitável. Não estamos na presença de uma comédia daquelas que figuram no palmarés das nossas boas recordações, mas não envergonhava.
Julian é dentista, solteiro e mulherengo, e para assim se manter dizia às suas conquistas que era casado e pai de três filhos. Até ao dia em que encontra Toni, uma miúda com idade para ser sua filha, por quem se apaixona a sério. Depois é o costume, mas ao contrário. Julian tem de arranjar uma mulher para mostrar a Toni e assim convencê-la de que é realmente casado e pai de filhos e de que a sua mulher está disposta e até interessada no divórcio. Quem ele vai recrutar é a sua fiel assistente de clínica, a enfermeira Stephanie que, por sua vez, está apaixonada pelo seu dentista. Estão a ver o resto? Qui pro quos para dar e vender, até à solução final. Comédia para dispor bem, mas não mais do que isso. 
Mas em 2010, surgiu uma nova adaptação para cinema, “Just Go With It” assim se chama agora, com realização de Dennis Dugan e interpretação de Adam Sandler, Jennifer Aniston e Brooklyn Decker. O resultado é triste, das piores coisinhas vistas ultimamente. O esforço dos argumentistas que adaptaram a comédia original foi no sentido de polvilharem o todo com muitas imagens vistosas de belas mulheres e entrecortá-las com diálogos grosseiros e graças escatológicas, num primarismo de cortar a respiração e tirar a pica a qualquer espectador que não seja atrasado mental. O dentista passou a cirurgião plástico (claro, para se poderem ver e se falar de mamas e outros apêndices femininos e masculinos), e o resto, que tem escala no Hawai, ajusta-se às premissas.    
Lembro-me de ter visto, no Monumental, em 1967, o original de Barillet & Grédy numa versão de Jerónimo de Bragança, encenada por Manuel Santos Carvalho, com Laura Alves na protagonista, ao lado de Paulo Renato, Carlos José Teixeira, Alina Vaz, Rui Mendes, Ângela Ribeiro, Alexandre Vieira e Alda Pinto. Os cenários eram de Pinto de Campos e do espectáculo guardo boa memória, sem que todavia a peça me tenha convencido por aí além. 
É essa mesma “Flor do Cacto” (a original) que agora Filipe La Féria recupera para o seu Politeama. Pode dizer-se que a peça continua a não deslumbrar, é uma comédia de verão, produzida em “low cost”, como o próprio encenador confessa, com uma divertida adaptação a Portugal, diálogos, personagens e situações, sem desfigurar a estrutura original. Os diálogos mantêm a graça, as figuras, caricaturais, nalguns casos, são interessantes pelos “bonecos” estereotipados que desenham, e o todo é vistoso, como manda a estética de La Féria. Mas estamos longe do melhor que o conhecido encenador já nos deu. Do elenco, que não deslumbra, dado que não tem personagens para impor, mas silhuetas, fazem parte Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Nuno Guerreiro, e ainda os que melhor se adaptaram a esta estética de quase “cartoon”, Vítor Espadinha, Helena Rocha, Hugo Rendas, Patrícia Resende e Bruna Andrade. 


segunda-feira, junho 13, 2011

AS MARCHAS POPULARES DE LISBOA 2011

:
 ALTO DO PINA É QUE É!
 A marcha do Alto do Pina venceu as Marchas Populares de Lisboa com 152 pontos, seguida de Alfama (150) e da Madragoa (143), informou hoje a organização. Mas muitas outras marchas marcharam a preceito, numa demonstração cabal da força mobilizadora desta iniciativa que transformou a Avenida da Liberdade num enorme "marchodromo" onde se apinhavam milhares de pessoas a deslumbrarem-se com o garrido das cores e dos sons, e a torcerem pela marcha do seu bairro:

A MINHA MARCHA É LINDA!
  
Nas classificações por categoria, a marcha do Alto do Pina venceu ainda o melhor desfile na Avenida da Liberdade e, juntamente com as marchas de Alfama e da Mouraria (14.º), o melhor figurino, informa, em comunicado, a empresa municipal responsável pela animação cultural da cidade.
A marcha do Beato, que ficou em 8.º lugar na classificação geral, venceu na categoria de melhor coreografia, enquanto Alfama e Castelo (5.º lugar) tiveram a melhor cenografia. A melhor letra foi para a marcha do Bairro Alto (7.º lugar) enquanto a marcha da Bica (6.º lugar) venceu na categoria de melhor composição original e, juntamente com a marcha da Madragoa, na de melhor musicalidade.
Na classificação geral, a marcha de Marvila ficou em 4.º lugar, S.Vicente no 9.º, Graça no 10.º, Carnide no 11.º, Campolide no 12.º, Alcântara e Santa Engrácia no 13.º, Olivais no 15.º, Penha de França e Belém no 16.º, Bela Flor no 17.º e Baixa no 18.º.
As 20 marchas a concurso, da Baixa, Beato, Belém, Campolide, Marvila, Castelo, Mouraria, Penha de França, Graça, Carnide, Santa Engrácia, Bairro Alto, Bica, Olivais, São Vicente, Madragoa, Bela Flor, Alto do Pina, Alfama e Alcântara, competiram entre si para eleger o melhor desfile da cidade.
Pela avenida passaram também, fora de concurso, as marchas dos Mercados e Infantil, organizada pela Voz do Operário. Uma marcha marroquina foi a convidada da noite, introduzindo algum exotismo.  
 Houve quem rodasse um documentário sobre a Marcha de Campolide. Boa sorte!
E quem tivesse a coragem de carregar com arco, sem balão.
(as fotos são da autoria de MEC, de um fotógrafo de uma marca de café e do próprio. agradecido.)

terça-feira, junho 07, 2011

OS CINEMAS DA EUROPA EM JUNHO



Masterclass
“OS CINEMAS DA EUROPA”
Com apresentação de Lauro António
Auditório Municipal César Batalha
Galerias Alto da Barra Oeiras
Sessões do mês de Junho, às 18 horas

Programação:

6 /Junho
Sérvia
Emir Kusturica:
“Gato Preto, Gato Branco”

8 /Junho
República Checa
Milos Forman:
“O Baile dos Bombeiros”

27 /Junho
Chipre
Michael Cacoyannis:
“Zorba, o Grego”

28/ Junho
Espanha:
Luis Buñuel
“Viridiana”

segunda-feira, junho 06, 2011

RESULTADOS ELEITORAIS


E pronto, os resultados estão aí.
Ganhou claramente o País. Os que votaram ordeiramente, democraticamente e depois deram uma evidente demonstração de vivência democrática. Ganhar e perder faz parte do jogo democrático. Se a democracia tem muitos defeitos, acredito que é ainda o melhor de todos os sistemas políticos conhecidos.
A abstenção foi grande, mas talvez não tão grande (40%) quanto os resultados deram a ideia. Há que rever os cadernos eleitorais e clarificar os números. De todas as formas não votar é ainda uma forma de expressão.
Vencedor da noite Pedro Passos Coelho e o PSD. Vitória incontestável. “As vitórias eleitorais não asseguram a razão de quem vence mas a sua legitimidade para governar”. Disse Sócrates e muito bem. Passos Coelho está legitimado.
Pessoalmente devo dizer que entre os vários candidatos possíveis do PSD, Pedro Passos Coelho era, e é, o que me inspirava maior simpatia. Jovem, moderno, pragmático, espero que seja um verdadeiro social-democrata na acção e na forma como vai aplicar o veredicto da troika. Não se saiu nada mal do seu primeiro discurso de pós vitória.
O segundo vencedor da noite foi o derrotado José Sócrates pelo notável discurso de renúncia. Conseguiu inverter uma derrota pesada numa saída por cima que o dignifica pessoalmente e ao PS. Vai para a oposição, como militante de base. Veremos o futuro do PS.
O terceiro vencedor é Paulo Portas e o seu CDS. Não subiu tanto quanto ele desejava, mas subiu e ganhou lugar num futuro governo de centro-direito. Espero que o cravo e o discurso para com os mais humildes se mantenha na poder. O seu discurso de hoje foi bom. Outra coisa não seria de esperar de um politico experiente e inteligente.
Vitoriosos saíram ainda o PCP e BE. Conseguiram derrotar Sócrates e o PS e colocar no governo uma nova coligação de centro-direita com larga maioria de deputados. Conjuntamente com Mário Nogueira, o inspirado secretário-geral da Fenprof, conseguiram levar a sua água ao moinho. Agora, todos coligados, devem finalmente estar felizes e assegurar a mediocratização do professorado pela base. Os bons professores e os alunos que querem aprender bem são capazes de não pensar assim, mas viva a grande coligação da direita e da extrema esquerda contra os “fascistas” do PS. Uma técnica já muito utilizada no tempo de Mário Soares, que era “fascista” para os mesmos.
Sinceramente, espero que as raivinhas mesquinhas se calem e que venha ao se cima o melhor do PSD, e não o seu pior. Espero bom trabalho, séria dedicação, uma limpeza na justiça, uma boa planificação dos serviços públicos, acabar com a troca dos boys pelos boys (isso é que era bom!), valorização de quem produz e se dedica ao seu país. Se assim for, que seja bem-vindo quem vier por bem.

quarta-feira, junho 01, 2011

ELEIÇÔES NO DIA 5

:
EM QUEM VOTAR?


Julgo que é chegada a hora de optar.Dia 5 é dia de eleições!
Sou dos que vota, não me abstenho. Logo tenho dezenas de opções.
Em branco, não votarei de certeza. Nem vou inutilizar o voto com uma asneira enviada a quem não a lê. Logo tenho de votar num dos tantos partidos que enchem o boletim de voto. Mas qual?
Nos pequenos partidos para “renovar” a assembleia? Acho simpático o MEP, com a sua Esperança (para) Portugal. Gosto do Groucho Marx da Madeira. Aprecio o Garcia Pereira.
Mas não, nenhum deles vai levar o meu voto. Para mim seria um voto nulo.
Quero votar em quem depois exerça o poder, no governo ou na oposição.
Julgo-me um homem de esquerda. Mas não me identifico com a esquerda do PCP, nem com a do BE. Para mim, a liberdade de opinião é um bem essencial, logo, não voto num partido cujo ideário é a ditadura do proletariado (ainda por cima depois de se ter visto no que deu, em tantos casos, essa ditadura desse “proletariado”). Quanto ao BE, onde reconheço inteligência e conto amigos (no PCP também, cumpre ressalvar), não gosto da maneira puritana e algo beata como se exprimem.
Depois, tanto o PCP como o BE exigem o impossível. Prescrevem o que lhes vai na real gana, porque sabem que nunca serão governo e ninguém lhes irá pedir responsabilidades. Claro que é importante que tenham uma expressão parlamentar significativa. Funcionam como uma espécie de válvula de escape para o radicalismo, um amortecedor, o airbag da democracia. Mas há quem vote neles, não serei eu.
Restam três partidos. Todos ditos do “espectro governamental”. Ou seja, todos à procura de serem eleitos para formar governo. CDS, PSD e PS. O que os distingue? Hoje em dia, e muito sinceramente, quase nada. Há tempos, ainda se podia dizer que o CDS era da direita radical. Com Paulo Portas de cravo vermelho a abraçar causas sociais e a passear bonés pelas feiras, não sei se não terá passado o PSD pela esquerda. A verdade é que Portas é inteligente e um dos raros “políticos” actuais. Pedro Passos Coelho, de início pareceu-me uma esperança: jovem, bom aspecto, simpático, dialogante, afastando a crispação criada por anteriores direcções do PSD, parecia-me uma promessa. Mas ou ele, ou alguém por ele, dá tiros nos pés que não têm conta. Uns atrás dos outros. Agora vem dizer que a Troyka vota no do PSD. Pois, está bem. A mim não me apanhas tu. Já percebi há muito que quem manda na Europa (e no mundo) é a Troyka, são os FMI todos congregados, as multinacionais dos ratings, os capitalistas dos EUA e da China, da Índia e da Rússia, da Alemanha e da África do Sul. Mas ao menos haja vergonha. Não se assuma assim, publicamente, essa cumplicidade.
Quem for para o governo, vai governar com o programa da Troyka, isso não restam dúvidas. Mas pode haver nuances. O que distingue CDS, PSD e PS serão mesmo nuances.
Olhe-se, lado a lado, para o Pedro Passos Coelho e o José Sócrates. Ambos muito metrossexuais, bem postinhos, bem vestidinhos. Um é o mais africano dos candidatos. O outro o mais viajado. Um mente, o outro não fala verdade. A avaliar pelo que por aí se diz. Um acusa, o outro culpa. Ambos aprenderam a técnica da cassete: repetir a mesma coisa até parecer que é verdade. Um vai aplicar o que o FMI manda. O outro diz que o FMI o acha o eleito para a tarefa. Um tem um ministro das finanças que caiu em desgraça, o outro anuncia um ministro das finanças que já caiu em graça (um pouco brejeira, diga-se).
Por que será que as eleições não são directamente para os bancos e as agências de rating? Economizava-se tanto. Sobretudo em hipocrisia. Mas afinal quem manda realmente nisto tudo são uns senhores que ninguém elegeu para os conselhos de administração de bancos, de FMIs, de ratings e conglomerados adjacentes.
Eu calculo em quem vou votar, mas será apenas por um questão de nuance.

sexta-feira, maio 20, 2011

ONDE FICARAM AS BANDEIRAS?

:

A “FINAL” MAIS PORTUGUESA?

Em Dublin, decorreu na passada quarta-feira aquela que foi considerada a final da Taça Europa mais portuguesas de sempre. Na verdade, duas equipas portuguesas se defrontaram, num jogo que não foi tão fraco como o pintam, com boa réplica do Braga, e vitória justa, dados os falhanços do adversário, do F.C.Porto. Não vou entrar na questão da nacionalidade dos jogadores. A ser assim, se calhar a equipa mais portuguesa é o Real Madrid. Há jogadores para todos os gostos um pouco por todo o lado. Adiante.
Mas houve um aspecto que me desorientou muito. No final, os jogadores do F.C.Porto correram o campo todo envoltos nas bandeiras dos seus respectivos países. Viram-se, orgulhosamente erguidas, bandeiras do Brasil, da Argentina, da Colômbia, da Roménia, até de Cabo Verde (que Rolando empunhava em honra da sua terra natal, apesar de ser de naturalidade portuguesa). Pois bem, nem uma única bandeira portuguesa se viu, muito embora por ali houvesse um treinador e três ou quatro jogadores dessa nacionalidade.
Estranho, não? Nenhum orgulho nacional? Estão todos à espera de empunhar as bandeiras dos países para onde pensam emigrar?
Este comentário não tem nada de depreciativo para a colectividade, mas sim para a falta de orgulho de certos cidadãos que afinal nasceram, cresceram e fizeram-se o que são hoje em Portugal. Todos os outros estrangeiros tinham trazido a bandeira do seu pais para se enrolarem nela. Os portugueses esqueceram-se. Registe-se.

segunda-feira, maio 16, 2011

VIOLAÇÃO OU ARMADILHA?


A POLÍTICA E A ALTA FINANÇA INTERNACIONAIS 
ANDAM EM BOAS MÃOS!

Dominique Strauss-Khan, de 62 anos, o homem forte do FMI, socialista francês em boa posição para disputar o cargo a Sarkosy, foi preso quando saia de avião de Nova Iorque, rumo a Paris. Acusação? Tentativa de violação e rapto de uma empregada de limpeza do hotel onde se encontrava em NY. Tinha 32 anos.
DSK alega inocência, mas tem historial de sedutor. Toda esta história, que já teve uma consequência irrefutável – o afastamento do FMI e da corrida ao Eliseu –, deixa algumas dúvidas e uma certeza.
As dúvidas:
- Será que DSK agiu como o acusam? Seria muito mau para o prestígio de quem nos governa a vários níveis. Uma coisa é alguém ser sedutor e exercer o possível fascínio de acordo com as parceiras, outra muito diferente tentar violar e raptar. Quanto à primeira hipótese, estou-me nas tintas. Quanto à segunda, se for verdade, preocupa-me a moralidade de quem avalisa ajudas deste montante e prega moral a terceiros.
- Será que tudo isto não passa de uma conspiração bem montada (não, não é piada brejeira) para arrumar de vez com alguém considerado incómodo? Em vista do seu passado de conquistador, era fácil arquitectar uma aventura destas. O que não deixa de ser gravíssimo e cá por mim me parece o mais provável. Mas posso estar enganado.
- A certeza é que, quer seja verdade a denúncia ou a macabra conspiração, quem nos governa (não, não me refiro a Sócrates!) não merece confiança nenhuma. A política e a alta finança internacionais andam em boas mãos, sim senhor! 

Adenda: Há quem diga que onde há fumo, há fogo. Nem sempre é verdade. Uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia para desprestigiar alguém é atirar para o ar com uma atoarda, mais ou menos bem engendrada, e esperar que muitos pensem precisamente isso - que onde há fumo há fogo. Depois, ninguém mais conseguirá apagar o fogo. Quer seja verdade ou mentira
Depois há outra questão que me incomoda cada vez mais na justiça e na comunicação social - sem o julgamento ser efectuado, e o juiz declarar culpado o réu, ninguém deve ser apontado como culpado. Mas, presentemente,nada disso conta. Numa democracia autentica este é um atentado gravíssimo. Mas parece que ninguém se importa. 
Há uns anos, o cinema americano preocupava-se com este facto. E deu-nos obras como "Doze Homens em Fúria" ou "A Calúnia", para só citar dois, que dão bem a medida da gravidade da questã

quarta-feira, maio 04, 2011

IV Congresso Nacional das Cidades Educadoras

IV Congresso Nacional das Cidades Educadoras

PROGRAMA
DIA 5 DE MAIO
 
08.30
 Registo

09.15-10.00
Sessão de Abertura
(Auditório Agostinho da Silva)

Grupo de Violinos – Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa                           

Reitor da Universidade Lusófona – Mário C. Moutinho
Presidente Delegada da AICE/Secretária Geral da AICE – Pilar Figueras
Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa -  Simonetta Luz Afonso
Vereador do Pelouro do Ambiente da CML – José Sá Fernandes
Vereador do Pelouro da Educação da CML - Manuel Brito

10.00-11.25
1ª Conferência Plenária “A Cidade Educadora e o Ambiente - Problemática Global, Respostas Locais
(Auditório Agostinho da Silva)

Conferencistas
 Pilar Figueras
Secretária Geral da Associação Internacional das Cidades Educadoras, desde a sua criação.
Mestre em Música e Psicologia, Professora Titular na Universidade Autónoma de Barcelona.
Directora do Conservatório de Música de Barcelona.

António Teodoro
Doutor e Mestre em Ciências da Educação.
Licenciado em Educação Física pelo (INEF).
Professor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa onde é Director da Licenciatura de Ciências da Educação, do Mestrado e do Doutoramento na mesma área científica.
Director da Unidade de Investigação Observatório de Políticas de Educação e de Contextos Educativos, na Universidade Lusófona.

Gonçalo Ribeiro Telles
Professor Arquitecto Paisagista.
Foi professor catedrático convidado da Universidade de Évora, e criou as licenciaturas em Arquitectura Paisagista e Engenharia Biofísica.


Moderador:
Maria de Lurdes M. Rabaça Gaspar
Licenciada em Serviço Social e Filosofia
Membro técnico do Comité Executivo da Associação Internacional das Cidades Educadoras.
Técnica Superior da CML – Gabinete Lisboa Cidade Educadora

11.25-12.00
Pausa para Café
Desfile Ecológico

12.00-13.30
Painel Temático 1 “Estratégia Energético Ambiental das Cidades”
Sala (b)

Moderador
José Manuel Viegas
Professor catedrático em Transportes do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico.
Presidente do Conselho de Administração da TIS.pt, Transportes, Inovação e Sistemas, s.a.
Membro do Conselho Científico e de Orientação do “Institut pour la Ville en Mouvement”, Paris, desde a sua fundação em 2000.

Relator
Francisco Ferreira
Doutorado em Engenharia do Ambiente na FCT/UNL.
Assistente do Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente na FCT/UNL onde é Professor Auxiliar.
Vice-Presidente da Quercus.
Membro do Conselho Nacional da Água

Debate

12.00-13.30
Painel Temático 2 “A Educação para o Desenvolvimento Sustentável”
Sala (b)

Moderador
Manuel Gomes
Doutorando em Educação para o Desenvolvimento Sustentável.
Licenciado em Geografia, com Mestrado em Educação Ambiental.
Investigador no Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa
Assessor do Conselho Nacional de Educação
Presidente da Associação CIDDADS (Centro de Informação, Divulgação e Acção para o Ambiente e Desenvolvimento Sustentável


Relator
Maria Elisabete Ascensão
Vice-Presidente da SEPA; Coordenadora da Rede Portuguesa de Educação Ambiental de Água e Rios

Debate

13.30
 Almoço

14.30-16.00
Painel Temático 3 “A Participação Cidadã na Construção de Cidades Ecológicas
Sala (b) 
Moderador
Duarte Mata
Arquitecto Paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa.
Investigador na área da mobilidade suave, designadamente na integração da bicicleta nos mecanismos de planeamento ambiental
Colabora no Gabinete do Vereador dos Espaços Verdes da Câmara Municipal de Lisboa.

Relator
José Manuel Pereira
 Licenciado em Educação Física e Desporto, pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa.
Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Mestre em Gestão do Desporto, pela Faculdade de Motricidade Humana da UTL 
Debate

14.30-16.00
Painel Temático 4 “Agir pela Biodiversidade
Sala (b)

Moderador
Maria da Luz Mathias
Doutorada em Ecologia e Sistemática pela Faculdade de Ciências da Univ. de Lisboa e tem o título de Agregada em Zoologia e Antropologia da mesma Universidade. Professora Catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, no Departamento de Biologia Animal.
Investigadora do Centro de Estudos Ambientais e responsável pelo grupo de investigação em Biologia da Adaptação e Processos Ecológicos, no mesmo Centro.


Relator
Ana Paula Teixeira
Licenciada em Química pela FC/UNL. Mestre em Engenharia e Gestão de Tecnologia do Ambiente.
Mestre em Engenharia e Gestão de Tecnologia Ambiente, pelo IST e Curso de pós-graduação, PAEGEA – Programa Avançado de Economia e Gestão de Empresas de serviços de Águas pela Universidade Católica
 Responsável pelo Subsistema de Beirolas/Estação de Tratamento de Águas Residuais da SimTejo .
Debate

16.15
Pausa para Café

16.30-18.30
Mesa Redonda com Autarcas Portugueses representantes da Rede Territorial Portuguesa e Representante da Rede Estatal Espanhola/Barcelona, sob o tema “A Vivência local  das problemáticas ambientais – Propostas de Intervenção numa Cidade Educadora”
(Auditório Agostinho da Silva)

Almada – António Matos
Azambuja – Ana Pereira
Évora -  Cláudia Sousa Pereira
Lisboa – Manuel Brito
Paredes – Pedro Dinis Mendes
Stª Maria da Feira – Cristina Tenreiro
Torres Novas – Manuela Pinheiro
Reunião da Rede Territorial Portuguesa (a confirmar)
  
DIA 6 DE MAIO

09.15-10.45
Painel Temático 3 “A Participação Cidadã na Construção de Cidades Ecológicas”
Sala (b)

Moderador
Veríssimo Pires
Licenciado em Ciências Político-Sociais pelo ISCSP/UTL.
Pós-Graduado em Educação Ambiental pela Universidade Católica
Chefe de Divisão de Sensibilização e Educação Sanitária/DHURS/CML

Relator
Cecília Melo Pereira
Licenciada em Gestão.           
Chefe de Divisão de Planeamento e Controlo Financeiro/CML –
Membro da Equipe do Orçamento Participativo

Debate

09.15-10.45
Painel Temático 4 “Agir pela Biodiversidade”
Sala (b)

Moderador
Rui Queiroz
Engenheiro Silvicultor
Autoridade Florestal Nacional

Relator
Fernando Louro Alves
Engenheiro Silvicultor na especialidade de Recursos Naturais e Pós-Graduado com o Curso de Mestrado em Planeamento Regional e Urbano.
 Engenheiro Assessor da CML. Coordenador do Sector Arvoredo – Divisão de Jardins/DAEV/CML
Debate 
10.45
Pausa para Café. Filmes Temáticos
Apresentação de Experiências em Espaço Poster


11.15-13.00
2ª Conferência Plenária – Filme “Um Grau faz a Diferença”
  Filme Comentado – Prémio especial do Júri da Organização do Festival Cine’Eco
  (Auditório Agostinho da Silva)
Conferencista
Fernando Carvalho Rodrigues
Licenciado em Física.
Doutorado em Engenharia Electrónica pela Universidade de Liverpool.
Professor Catedrático do Instituto Superior Técnico, Coordenador do Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial e Director da Faculdade de Tecnologia da Universidade Independente m Lisboa.
Conhecido como o “pai” do satélite português, sendo o responsável máximo pelo consórcio PoSAT que constituiu e lançou o primeiro satélite português em 1993.

Moderador
Lauro António
Licenciado em História.
Cineasta, realizador, ensaísta e documentarista.

13.00
Almoço

14.30-17.00
Visitas Temáticas

Parque Florestal de Monsanto
Marinha do Tejo
Natura Towers
Centro de Triagem e Ecocentro de Lisboa/Valorsul, com demonstração de actividades lúdico-pedagógicas/DHURS
Equipamento com recuperação energética (Escola do 1º Ciclo EB / Bairro Social da CML)

19.30
Jantar Oficial do Congresso – Museu da Cidade
Orquestra Geração
 
DIA 7 DE MAIO

09.15-10.30
3ª Conferência Plenária “Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável”
(Auditório Agostinho da Silva)

Conferencistas

Ângela Lobo
Licenciatura em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico e parte escolar do Mestrado em Políticas, Planeamento e Economia de Energia pelo ISEG/IST.

Adília Lopes
Licenciada em Direito.
Secretária Executiva do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS).

Tiago Farias
Licenciatura em Engenharia. Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico.
Coordenador da DTEA- equipa de Investigação em Transportes, Energia e Ambiente do Instituto de Engenharia Mecânica do IST.
Desenvolve investigação na área das energias alternativas nos transportes (combustíveis e sistemas de propulsão) .É responsável pela disciplina “Energias nos Transportes”.
É vogal do Conselho de Administração da EMEL, e membro das Direcções da APVE (Associação Portuguesa para o Veículo Eléctrico) e da ANEPE (Associação Nacional de Empresas de Parques de Estacionamento).    

Moderador
Maria Santos
Formação em História.
Professora na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal.
Administradora da Lisboa-E-Nova.
Co-fundadora e Presidente da INTERBIO - Associação Interprofissional de Agricultura Biológica
Deputada Honorária do Parlamento Europeu.

10.30
Pausa para Café


10.45-12.15
Painel Temático 1 “Estratégia Energético-Ambiental das Cidades
Sala (b)

Moderador
Miguel Águas
Doutorando em Engenharia Mecânica do IST
Professor Convidado no IST com actividade docente pós-graduação em Sistemas Sustentáveis de Energia.
Coordenador da fileira de Eficiência Energética no Pólo da Competitividade e Tecnologia da Energia. Director Técnico nos projectos que a Agência Lisboa-E-Nova desenvolve, sendo igualmente responsável pelo controle financeiro da Agência.

Relator
Teresa Cardoso
Licenciada em Engenharia Electrotécnica - Instituto Superior Técnico de Lisboa
Directora do Departamento de Construção e Conservação de Instalações Eléctricas e Mecânicas da Câmara Municipal de Lisboa
Coordenadora do grupo de trabalho para a elaboração e revisão do contrato de Concessão de Energia Eléctrica à EDP actualmente em vigor.

Debate

10.45-12.15
Painel Temático 2 “A Educação para o Desenvolvimento Sustentável
Sala (b)

Moderador
Cristina Gomes Ferreira
Licenciada em Geografia variante de Planeamento Regional e Local pela Universidade Clássica de Lisboa e Formação Educacional da Faculdade de Letras de Lisboa.
Chefe de Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental da Câmara Municipal de Lisboa. 

Relator
Elizabeth Silva
Licenciada em Relações Internacionais.
Responsável na UNESCO pelo Sector da Ciência.
Ponto Focal na Comissão Nacional da UNESCO para a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.

Debate



12.20-13.20
Conclusões e Sessão de Encerramento
(Auditório Agostinho da Silva)

Ministério do Ambiente- representado pela  SubDirectora da   Agência Portuguesa do Ambiente (APA) - Anabela Trindade
Ministério da Agricultura- representado pela Assessora do Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural e Ponto Focal do Ano Internacional das Florestas –Isabel Barão da Cunha
Comissão Permanente de Ambiente Mobilidade e Qualidade da Vida - Assembleia Municipal de Lisboa – José Maximiano Almeida Leitão
Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto - Assembleia Municipal de Lisboa – Maria Luísa Vicente Mendes
Vereador do Pelouro da Educação – Manuel Brito

Permallets Associação Cultural (Orquestra de Jovens)

Percurso Pedestre Urbano / Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal