Passei pelo blogue do meu amigo Tomás Vasques, "Hoje há Conquilhas..." e surpreendi uma citação de um outro blogue, "O Voo das Palavras", de António Garcia Barreto, com a qual estou inteiramentre de acordo. Leia-se então também aqui:
«Uma das razões, porventura a mais forte, que contribui para a imagem que se tem hoje dos professores, o desrespeito de que são alvo por parte de alguns alunos e encarregados de educação, sobretudo de gente menos avisada, deve-se às políticas sindicais protagonizadas pelo sindicalista Nogueira, que transformaram uma classe digna em carne para canhão de políticas reivindicativas antigovernamentais. Hoje olha-se para um professor e vemo-lo colocado ao nível de um administrativo ou um auxiliar de educação. É a tendência para o basismo total.»
Eu sei que não é politicamente correcto concordar com esta conclusão, por demais óbvia, mas custa-me ver uma classe que tem dentro de si tanto e tão bom material humano, ser amesquinhada diariamente mercê de uma política sindical de todo em todo mal conduzida.
Os professores - classe a que desde sempre me orgulhei de pertencer! - eram uma das classes mais prestigiadas em Portugal, antes desta inglória polémica, onde ninguém tem a razão absoluta pelo seu lado, mas onde a actividade oratória do sindicalista Nogueira coloca a maioria do lado oposto aos professores. O Ministério da Educação não poderia ter melhor aliado. É que já se sabe sempre, com dias de antecedência, o que a "cassete" vem dizer. O desprestigio da politica é total em casos como este.
Acrescento fora de horas: ver Hoje Há Conquilhas.
1 comentário:
De pequenino...
(Retirado do JN):
O "Magalhães" está a a sobrecarregar de trabalho os professores do 1.º Ciclo. A denúncia é da Federação Nacional da Educação (FNE) que diz ter recebido centenas de queixas de docentes sobrecarregados com tarefas burocráticas.
Nas últimas semanas, chegaram à FNE centenas de queixas de professores que "estão a realizar tarefas burocráticas e administrativas relacionadas com os computadores 'Magalhães' que, para lá de não dignificarem em nada a profissão docente, ainda mais sobrecarregam o tempo de trabalho destes profissionais, diminuindo-lhes o tempo para o que verdadeiramente conta: ensinar", denuncia a federação, em comunicado divulgado ontem.
Os docentes estão a receber instruções do Ministério da Educação (ME) que "os obrigam a ocupar tempo desnecessário", além de lhes imputar responsabilidades que ultrapassam as suas funções, de acordo com a estrutura sindical. "A FNE considera completamente despropositada a acção do ME, ao exigir que os professores tenham de fornecer os documentos de adesão ao computador 'Magalhães', validando posteriormente as fichas e os termos de responsabilidade."
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