Tia Isabel
Tinha dois anos quando conheci a cama de um hospital. Apendicite aguda. Peritonite e tudo. Operação difícil. Disseram depois que uma hora a mais e teria sido fatal. Quando acordei, estava rodeado dos pais e das tias. Que me apaparicaram. Os pais infelizmente já partiram. Outros e outras foram partindo, pela socapa da noite. A tia Isabel, a daquele olhar gaiato e luminoso, partiu hoje. Um beijo, Cição. Cada vez há menos pessoas que nos amaram, atrás de nós. É a marcha inexorável do tempo. Cada vez há que dar mais amor aos que ficam, para que eles nos recordem como nós recordamos os que partem. Quem parte deixa a memória. Como estas fotografias que nos comovem pelo sorriso.
1 comentário:
Meu querido, um grande abraço cheio de ternura *
Os que amamos acabam sempre por ficar em nós. Com saudade.
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