quarta-feira, agosto 31, 2011

MEDIDAS CONTRA A CRISE

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CONTABILISTAS CONTRA A CRISE
Um casal de contabilistas bancários chega ao consultório de um médico terapeuta sexual.
- O que posso fazer por vocês? Pergunta o médico.
O homem responde:
- Doutor, o senhor poderia observar-nos enquanto fazemos sexo? 
O médico fica um pouco espantado, mas concorda...
Quando a sessão de sexo termina, o médico diz:
- Não há nada de errado na maneira como vocês fazem sexo...
E, cobra €70,00 pela consulta.

Isto repete-se por várias semanas!
O casal marca horário, faz sexo sem nenhum problema, paga ao médico e deixa
o consultório.

Finalmente o médico, resolve perguntar:
- Mas o que é que vocês estão a tentar descobrir?
Responde o homem:
- Nada de especial doutor. É que ela é casada e eu não posso ir à casa dela.Eu também sou casado e ela não pode ir até minha casa. No Hotel Vila Galé, um quarto custa €140,00. No Hotel Ibis custa €100,00. Aqui pago €70,00, com acompanhamento médico, direito a atestado para faltar ao trabalho, sou reembolsado em €42,00 pelo SAMS e ainda consigo uma dedução de €19,20 no IRS.  
Tudo calculado o custo é de 8,80 €.

terça-feira, agosto 30, 2011

FUTEBOL: QUESTÕES CLUBISTICAS

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O SPORTING ESTÁ DE VOLTA?
Em relação a jogadores, treinadores, direcções, árbitros, a chamada pré-época é precisamente para isso: para preparar a época. Durante a pré-época pode desculpar-se tudo. Quando a época começa, ainda se pode dar o desconto de um jogo ou outro menos bem conseguido. Mas chega uma altura em que é preciso dizer basta!
Acontece com o Sporting Clube de Portugal, o meu clube desde que me conheço e aquele por que regularmente sofro.
O jogo de domingo impõe algumas perguntas, que se orientam para vários destinatários. Vamos a elas:
- O que leva o SCP a marcar um jogo difícil da Liga para um domingo quando jogou para a Europa na quinta-feira? O Braga e o Nacional jogaram na mesma quinta-feira e só voltam a jogar na segunda; o Benfica jogou na quarta e só volta a jogar na segunda. O Porto jogou na sexta e viu o seu jogo da Liga adiado. O SCP e o Guimarães jogaram na quinta e voltaram a campo no domingo e ambos levaram, em casa, 3 golos e averbaram respectivas derrotas. O SCP não tem dirigentes que zelem pelos seus interesses? Não tem estatuto para se impor como o fizeram Braga, Benfica e Porto?
- A arbitragem nos jogos do SCP só é razoável com árbitros dos distritais. A pandilha profissional é o que se vê: golos mal anulados e penaltis por marcar. Não me venham dizer que é mera coincidência. Tanta asneira junta não é coincidência. O que é então?
Um dirigente do Sporting critica a arbitragem e as virgens ofendidas decretam greve. Todos os outros dirigentes multiplicam-se em críticas e nada lhes acontece. Nem uma virgem se sente maculada. Não há ninguém que ponha cobro a esta vergonhosa dualidade de critérios? No futebol não há justiça?
- O Sporting em 3 jogos perdeu 7 pontos. Se não fossem os árbitros poderia ter perdido apenas 2. Sim, o futebol praticado pelo Sporting não é bom. Os 16 novos  reforços até agora não trouxeram nada nem de novo, nem de reforço. Aceito que precisam de tempo para se ambientarem. Talvez o mesmo tempo que Coentrão levou a adaptar-se ao Real Madrid, para só dar um exemplo português. Mas no Sporting tudo é diferente, para tudo voltar a ser igual. Compraram pinheiros encorpados para a defesa, mas estes não conseguem dar meia volta, no caso do americano, ou vêm tocados pelo míldio. São ainda Polga e Carriço os melhores da companhia, depois de muitas experiências malogradas. Mas os golos continuam a entrar por alto, como antigamente.
- Um jogador do Sporting remata e, logo a seguir, vai para o balneário a torcer-se com dores. O que se passa? Não serão muitos os casos clínicos para uma equipa que fez sete jogos a sério? Não serão demasiados os jogadores vindos de fora a precisarem de cuidados médicos? Por que será que alguns grandes clubes vendem certos jogadores a preços módicos? Era bom saber o que se passa, pois as coincidências são muitas também aqui.
- A equipa de futebol do Sporting precisa urgentemente de aconselhamento psicológico. Não basta dizer, antes da época começar, que vai ser campeã, quando à terceira jornada já deixou pelo caminho todas as hipóteses de o ser. Teve, na apresentação aos sócios, uma casa cheia para ver o Valência marcar 3 e tudo leva a crer que, a partir de agora, só os masoquistas do costume voltem a Alvalade. O Sporting joga mal, tem os árbitros como inimigos especiais, e a pouca sorte como companheira semanal. O Sporting voltou sim, para atirar ao poste e falhar golos de baliza aberta. A crise de confiança é total, a perca de bolas uma constante, os passes transviados o pão-nosso de cada jornada.
- O Sporting não tem Messis nem Ronaldos, mas tem alguns bons jogadores que ficaram e alguns novos que prometem. Mas falta organização à equipa, falta estofo de vencedores, falta a fibra de lutar contar a sorte e contra os árbitros, falta uma “equipa”. Assim, arrisca-se a lutar com o Vitória de Guimarães contra a descida de divisão.
Eu, que sou um sportinguista sofredor e dos sete costados, não exijo um Sporting campeão. Exijo apenas um Sporting que lute de igual para igual, que pratique bom futebol e que não humilhe os seus sócios e simpatizantes sempre que sobe a um relvado. E que não seja humilhado por árbitros sem categoria. Não é exigir muito. Apenas o razoável.

sexta-feira, agosto 26, 2011

TEATRO: O PRISIONEIRO DA SEGUNDA AVENIDA


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O PRISIONEIRO DA SEGUNDA AVENIDA 
ESTREOU EM CAMPOLIDE

E pronto. Aconteceu. Estrearam. Obviamente que estive na estreia, e gostei. Podem dizer: pudera, a mulher traduz, o filho encena, a nora interpreta e ainda andam por lá amigos. Pois é verdade, mas acho que consigo ser imparcial.
Não tinha visto nada até à estreia. Conhecia Neil Simon, com ele me estreei eu no teatro, como assistente de encenação do saudoso Artur Ramos, numa peça chamada “A Guerra do Espanador” (The Odd Couple), com um elenco de luxo, Raul Solnado, Armando Cortez, Barroso Lopes, e alguns mais. Neil Simon é um dramaturgo excelente, misturando humor, crítica social, dramatismo, e sabendo muito bem, sobretudo, penetrar na alma humana. É um bom retratista da América, e isso mesmo se pode ver nesta comédia amarga que se estreou no Sport Lisboa e Campolide, “O Prisioneiro da Segunda Avenida”. Onde se fala de crise nos EUA, de desemprego e de desespero, de corrupção e gatunagem, e daquelas coisas todas do costume que normalmente acompanham as crises, depois de as provocarem. A peça é de 1971, o que prova que as crises existem há muito (mas algumas são mais profundas que outras) e deu um filme quatro anos depois, relativamente interessante, assinado por Melvin Frank, com excelentes desempenhos de Jack Lemmon e Anne Bancroft. Lembro-me que se estreou no desaparecido Berna, e que o fui ver na estreia, ainda como crítico de cinema diário, na companhia do meu pai. Acho que foi a última vez que fui ao cinema sozinho com o meu pai. Ficou registada a efeméride.
Agora, a peça estreia, com muito boa tradução de Maria Eduarda Colares, e uma inventiva encenação. Mas convém contextualizar: Sport Lisboa e Campolide não tem uma sala de teatro, tem um ginásio com piso de cimento, onde a marcha do bairro ensaia. O Frederico andou por lá a fazer um filme sobre a marcha deste ano e afeiçoou-se ao bairro e às pessoas. O inverso também parece ter acontecido e lá veio a ideia de transformar o ginásio num palco, com cadeiras a circular a cena e a casa de Mel e Edna a ser invadida diariamente por oitenta turistas que pagam 5 euros para ver as desgraças do casal em momento de crise. Ele foi despedido, não sabe como o dizer à mulher, e entra em depressão. Com 51 anos, não consegue emprego (pelo ordenado que lhe pagavam arranjam 2 de 25 a quem pagam metade) e acaba por ser Edna a ir ao combate e arranjar emprego, onde tem a mesma desdita e entra em depressão. Mas nem tudo acaba mal, descansem.
A companhia não teve um tuste de subsídio, arranjou-se com a prata da casa e a prata da casa dos amigos, improvisou sistemas cénicos, pintou o chão, limpou varreu e depois de duas semanas de intensos ensaios, estreou. Temia o pior. Puro amadorismo amarrado por cordas e boa vontade. Nada disso. Não é seguramente um espectáculo genial, mas é obra recomendável e afaga o ego de quem a ele se entregou de alma e coração (não tinham mesmo mais nada para entregar, que por ali, logo se vê, são todos pindéricos). Mas também há talento. E muito. Isso descobre-se à primeira vista, mesmo por baixo das imperfeições.
A encenação e a forma de resolver o espaço disponível, da responsabilidade de Frederico Corado, é muito meritória, tem coisas muito boas, vê-se que com outros meios, outro galo cantaria. Mas este já acorda de madrugada com um bom som.
Paulo César, que conhecia, sobretudo, da revista, aguenta bem a composição de Mel, Nuanceado, podia, aqui e ali, ser um pouco mais comedido (nomeadamente no início do segundo acto), mas globalmente resulta bem. Cátia Garcia, a Edna, consegue disfarçar a sua juventude para este papel e tem bonitos momentos de entrega e de interioridade. Carlos Martins tem ainda um pequeno trabalho.
Com tão poucos meios e tão rudimentares, pode dizer-se que “O Prisioneiro da Segunda Avenida” ultrapassa em muito as expectativas e aí está a desafiar uma visita. Vai ver que se sente bem, sentado no interior da sala de estar de Mel e Edna, a saborear com humor e alguma amargura os dramas e os banhos de água fria deste casal que depositou grandes esperanças na “american way of life” e… ficou um pouco baralhado com o resultado. Mas talvez o campo de férias resulte e se safem. Como a companhia. Boa sorte para todos.
 Para mais informações veja no FB em “O Prisioneiro da Segunda Avenida”.

sábado, agosto 20, 2011

TEATRO: O PRISIONEIRO DA SEGUNDA AVENIDA


O PRISIONEIRO DA SEGUNDA AVENIDA 
EM CAMPOLIDE

Dia 25 deste mês de Agosto estreia a peça “O Prisioneiro da Segunda Avenida”, do dramaturgo norte americano Neil Simon. Comédia crítica sobre a vida americana e a crise (esta nos anos 70, muito amena em relação à actual, mas ainda assim muito difícil para muita gente), este é um texto subtil e mordaz, entre o humor e o drama, que deu em cinema (1975) um filme muito interessante, assinado por Melvin Frank, com excelentes desempenhos de Jack Lemmon e Anne Bancroft.
A tradução de  "The Prioner of Second Avenue" é da Maria Eduarda Colares, a encenação é do Frederico Corado, a interpretação do Paulo César, Cátia Garcia e Carlos Martins.
O espectáculo vai subir a cena no Sport Lisboa e Campolide, de 5ª a Domingo, de 25 Agosto a 4 de Setembro,com entradas a um preço único de 5€. (Reservas para 93 962 9012). 
Eu não vi nada, e devo advertir desde já que a minha família anda metida nisto até aos cabelos.  Mas esta montagem é feita sem um tostão de subsídio de qualquer espécie, é coisa de carolas que amam o teatro, e isso merece-me todo o carinho. Por isso, aqui fica o aviso: O Prisioneiro da Segunda Avenida está a partir de 25 em Campolide.

Neil Simon e o cartaz da versão hollyoodesca

MORREU RAUL RUIZ

Raul Ruiz era chileno e gostava de Portugal. Trabalhou várias vezes no nosso país e deu-nos, a fechar, esses magnificos "Mistérios de Lisboa". Morreu agora, com 70 anos e uma vasta filmografia, cheia de belos filmes.
Aqui fica a minha homenagem.
Na foto: Raul Ruiz com o produtor Paulo Branco, durante a rodagem de "Os Mistérios de Lisboa". Contava realizar a seguir "As Linhas de Torres". Já não será ele, infelizmente, a assinar a obra.