FERNANDO
LOPES
(1935-2012)
O
que retenho do Fernando Lopes? Para lá dos seus filmes, os encontros no Vavá e
no Luanda, com o seu blusão de couro, o seu whisky, o seu café e o seu cigarro.
O sorriso no seu rosto, a palavra doce, a generosidade do gesto. “Senta aí!”
Para
lá do convívio com os filmes, muitos deles dos mais belos do cinema português,
de “Belarmino” a “Uma Abelha na Chuva”, de “O Fio do Horizonte” a “O Delfim”,
fica o encontro com o homem, encontro que fiz questão de ser constante ao longo
de alguns festivais que fui realizando, onde esteve em todos como Presidente de
Júri. Ele era um dos melhores da geração do Cinema Novo, continuou a ser uma
dos melhores. Lembro-me dele, em Portel, sentados ambos num banco de jardim,
saboreando a aragem alentejana. Saboreando a vida. Agora que partiu, fica essa
imagem de quem soube saborear a vida e quem no la deu a saborear.
En Seia, no Júri do Cine Eco, à direita, sentado no degrau.
Em Famalicão, durante o Famafest.
Em Seide, na Casa de Camilo Castelo Branco, durante o Famafest, ao lado de Otelo.
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