FERNANDO DACOSTA
Portugal
submerso
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Para lá do cinema, ou seja, para lá
dos inesquecíveis filmes seus - "Manhã Submersa" é-nos uma referência
-, Lauro António destacou-se como crítico, dramaturgo, ensaísta, conferencista,
escritor, produtor, professor, marcando como poucos várias áreas culturais e
convivenciais do país.
Os seus "Vavadiando", no
café Vává de Lisboa, são pérolas nas tertúlias que (ainda) restam, como o são
os ciclos de divulgação cinematográfica e os festivais temáticos que desenvolve
em incansável e preciosa acção cultural por quase toda a comunidade - sem que a
SEC o tenha alguma vez percebido.
A literatura e o teatro têm-lhe sido,
depois do cinema, motores de actuação, pelo que escritores, encenadores, actores,
realizadores, jornalistas, críticos estiveram presentes na confraternização
agora aberta, a que se associaram músicos, fadistas, técnicos, fotógrafos, etc.
Se a cultura serve, como dizia Jorge
de Sena, para mostrar aos outros e a nós próprios que somos melhores do que os outros
e nós próprios julgamos ser, então todos
estamos em dívida para com Lauro António - é que ele acredita, e faz-nos acreditar
(pela cultura, pelo convivia, pelo afecto) que podemos ser melhores do que
aquilo que somos.
In
Jornal “I”, quinta-feira, 26 de Setembro de 2013
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