EUROVISÃO 2018
O Festival da Eurovisão terminou
com Portugal no seu melhor e no seu pior. O melhor teve a ver com a (impecável)
organização que transformou todo o festival numa das melhores edições desta
iniciativa. Tudo correu bem, e (quase) tudo se ficou a dever a profissionais
portugueses. Os cenários globais, a realização televisiva, o ritmo, o equilíbrio
entre o espectáculo (que se impõe num empreendimento como este) e o bom gosto
geral, os apontamentos sobre terras e costumes portugueses, as quatro
apresentadoras, os comentários em off, tudo com peso e medida. Obviamente que o
cenário de cada canção era criado de acordo com cada concorrente. Claro que a
organização portuguesa nada teve a ver com a qualidade e interesse dos temas
musicais, mas mesmo neste aspecto esta edição de 2018 esteve vários furos acima
do que era normal, antes de 2017. Depois imperou a diversidade, o que
contrastou (ainda bem!) com a pimbalheira dominante durante algumas décadas. O
pior, a canção portuguesa que “ganhou” um justíssimo último lugar (ainda por
cima a jogar em casa).
Quanto às classificações, cada uma
e cada um vota no que gosta. Como circulava nos bastidores que a única canção
que não podia ganhar era a de Israel (por causa da segurança na realização do
festival de 2019), ficamos à espera para ver como vai ser.
O que já vimos, no entanto, é que
somos tão bons como os melhores. Com boas canções ganhamos, com profissionais competentes
(e orçamentos condignos) concretizamos eventos de qualidade internacional. Destroçando
toda a negatividade dos velhos do Restelo. Parabéns RTP!