ALFREDO VOLPI
EM SÃO PAULO
Confesso que não conhecia Alfredo Volpi, a quem Candido Portinari chamava "o pintor das bandeirinhas", mas que é indiscutívelmente um dos grandes mestres do modernismo no Brasil. Uma abastada reprospectiva no MAM (Museu de Arte Moderna, de São Paulo) foi suficiente para colmatar a falha e assegurar um interesse particular pela obra deste pintor, autodidacta, que descobriu por si próprio os caminhos da abstração, da simplicidade, da cor e das formas límpidas. Partindo de uma pintura muito agarrada ainda à representação, Volpi vai-se progressivamente afastando do naturalismo, passa pelo expressionismo, para finalmente se aproximar de uma pintura aparentemente ingénua (naif), mas consciente da exigência de uma simplificação, de uma austeridade de pocessos que acabará por o tornar um dos mais interessantes artistas brasileiros dos anos 40 e 50. Vale a pena conhecer melhor.
Alfredo Volpi: (Itália/Brasil,1896-1988) Pintor autodidata, nascido em Lucca, Itália, chegou ao Brasil trazido pelos pais imigrantes antes de completar dois anos de idade. Trabalhando como pintor decorador, aproximou-se, na dëcada de 30, do Grupo Santa Helena, e participou das mostras da Famìlia Artìstica Paulista. A partir de fins dos anos 40 sua pintura, de inìcio identificada com o expressionismo, tornou-se plana e verticalizada, e o óleo foi substituìdo pela tèmpera preparada pelo próprio artista. Passou a trabalhar entâo sobre temas recorrentes em composições que remetem a fachadas ou às famosas bandeirinhas. Adquiriu fama nacional com sua participaçâo na II Bienal e, na dëcada de 70, passou a ser considerado o maior pintor brasileiro vivo.
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1 comentário:
A frase "pintor de bandeirinhas" é atribuida a Di Cavalcanti.
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