FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN
– 50 ANOS
Há muito tempo, que me lembre, que a Fundação Calouste Gulbenkian não oferecia um tão importante e diversificado conjunto de exposições, como este que agora se encontra à disposição do público, tanto no edifício sede, como no Museu, e ainda no Centro de Arte Moderna (CAM). Há, para lá do espólio do Museu, que se encontra regularmente aberto, várias exposições temporárias que percorrem quase toda a História da Arte, e que se estendem por diversas formas de expressão, da pintura e escultura à cerâmica e tapeçaria, da fotografia à arte do livro, passando por instalações e desenhos. Toda uma panóplia de ofertas, quase todas de uma qualidade e importância indesmentíveis.
Creio que algo se pode dever ao acaso, mas muito se prende com o facto de nesta altura se estarem a celebrar as comemorações dos 50 anos sobre a morte de Calouste Gulbenkian (nascido em 1869 e que viria a falecer em 1955, deixando um legado de valor incalculável ao seu país de acolhimento, Portugal).
Basta um interessado passeio de volta pelo Museu e pelas exposições temporárias agora reunidas e expostas, para se ter uma ideia, mas uma ideia muito ténue, do que foi a riqueza deste homem, do que foi a sua vida dedicada obviamente aos negócios, mas muito particularmente também à arte, comprando e angariando um fabuloso conjunto de obras que, mais tarde, viria a legar a Portugal e que constituem a base e a essência da Fundação a que deu o nome.
Saiu-nos a sorte grande, mas uma taluda mesmo muito taluda, quando o magnate resolveu deixar entre nós o labor de uma vida. Os tesouros reunidos, com capricho de perfeição e virtuosismo, são indescritíveis e estabelecem um padrão de excelência que tornam Portugal, Lisboa e a Av. de Berna referências mundiais.
O GOSTO DO
Creio que algo se pode dever ao acaso, mas muito se prende com o facto de nesta altura se estarem a celebrar as comemorações dos 50 anos sobre a morte de Calouste Gulbenkian (nascido em 1869 e que viria a falecer em 1955, deixando um legado de valor incalculável ao seu país de acolhimento, Portugal).
Basta um interessado passeio de volta pelo Museu e pelas exposições temporárias agora reunidas e expostas, para se ter uma ideia, mas uma ideia muito ténue, do que foi a riqueza deste homem, do que foi a sua vida dedicada obviamente aos negócios, mas muito particularmente também à arte, comprando e angariando um fabuloso conjunto de obras que, mais tarde, viria a legar a Portugal e que constituem a base e a essência da Fundação a que deu o nome.
Saiu-nos a sorte grande, mas uma taluda mesmo muito taluda, quando o magnate resolveu deixar entre nós o labor de uma vida. Os tesouros reunidos, com capricho de perfeição e virtuosismo, são indescritíveis e estabelecem um padrão de excelência que tornam Portugal, Lisboa e a Av. de Berna referências mundiais.
O GOSTO DO
COLECCIONADOR:
CALOUSTE S. GULBENKIAN (1869-1955)
até 08/10/2006 (10h00 às 18h00)
Galeria de exposições temporárias da Sede. Entrada livre.
CALOUSTE S. GULBENKIAN (1869-1955)
até 08/10/2006 (10h00 às 18h00)
Galeria de exposições temporárias da Sede. Entrada livre.
Como se formou o gosto de coleccionador de arte de Calouste Gulbenkian, partindo do seu espólio particular, procurando perceber o que está por detrás de certas opções eis a razão central desta exposição que se centra sobretudo nos objectos de arte que Gulbenkian preferia e a que tinha particular afecto. Uma colecção que releva do gosto pessoal, mas que também permite preciosas informações sobre a vida, a época, os usos e costumes de um homem diferente. Como se integra Gulbenkian nas “opções dos coleccionadores ocidentais, como o fez com fino espírito selectivo e enorme exigência de qualidade artística nas suas escolhas”. “As peças seleccionadas revelam ao visitante as primeiras aquisições do Coleccionador, que viagens realizou e como estas influenciaram ou confirmaram a formação de uma colecção única abrangendo obras-primas do antigo Egipto até às mais sofisticadas peças de Arte Nova e Art Déco, do início do século XX.”
DE PARIS A TÓQUIO.
ARTE DO LIVRO
ARTE DO LIVRO
NA COLECÇÃO GULBENKIAN
até 08/10/2006 (10h00 às 18h00)
Galeria de exposições temporárias do Museu. Entrada livre.
até 08/10/2006 (10h00 às 18h00)
Galeria de exposições temporárias do Museu. Entrada livre.
Esta é uma exposição nunca vista em Portugal, tendo sido apresentada anteriormente em Istambul em Abril e Maio deste ano, sendo agora mostrada no Museu. È uma selecção de livros, demonstrativa da faceta menos conhecida de Calouste Gulbenkian enquanto grande bibliófilo. A mostra inclui as obras-primas da biblioteca de Calouste Gulbenkian reunidas entre 1899 e a data da sua morte. Os manuscritos e livros escolhidos ilustram diferentes produções como a europeia, persa, turca, arménia e japonesa traduzindo o ecletismo e a sua sensibilidade às Culturas do Oriente e do Ocidente. Pode ver-se a exigência extrema de Gulbenkian que “não pretendia livros raros, mas apenas obras-primas” da produção livreira de Oriente a Ocidente. Para os amantes dos livros artísticos, uma ocasião única.
DOMINGUEZ ALVAREZ
Até 15 de Outubro de 2006 (10h00 às 18h00)
Galeria do piso 01 da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian. Entrada livre.
DOMINGUEZ ALVAREZ
Até 15 de Outubro de 2006 (10h00 às 18h00)
Galeria do piso 01 da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian. Entrada livre.
Devo dizer que Dominguez Alvarez foi, desde sempre, um dos pintores portugueses de que mais gostei, da primeira metade do século XX. Por isso acho absolutamente fascinante, e mais uma vez única, esta exposição retrospectiva da sua obra, reunida pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, comissariada por Ana Vasconcelos e Melo e Emília Ferreira, e dada a público por altura das comemorações do centenário do nascimento do pintor (Porto, 1906-1942). Propondo “uma revisitação à obra de um dos mais fascinantes e inquietantes pintores do chamado ‘segundo modernismo’ português, e reunindo um conjunto de cerca de duas centenas de obras, entre pintura e desenho, expõe vários inéditos, incluindo quatro álbuns de desenhos e pinturas sobre papel, de pequeno formato, realizados durante as suas viagens pelo norte de Portugal e Espanha.
Filho de pais galegos, José Cândido Dominguez Alvarez é um artista particularmente bem representado na colecção do CAM, com 39 obras entre pintura e desenho, e que tem tido lugar obrigatório nos vários percursos expositivos sobre a arte portuguesa ao longo dos séculos XX e XXI. Membro fundador do grupo ‘+Além’, que reuniu no Porto, em Abril de 1929, um conjunto de vozes ‘modernas’ entre arquitectos e pintores, sintonizado na oposição às homenagens póstumas a Marques de Oliveira, Alvarez é um dos subscritores do manifesto intitulado ‘Em Defesa da Arte’, no qual se afirmava que a arte não deve apenas evidenciar um saber fazer, mas ‘qualquer coisa que grita, que nos contorce e nos abre a sensibilidade’.
O demasiado curto percurso artístico de Alvarez – coincidente com catorze anos de formação académica, intercalados com viagens a Espanha e períodos de doença, vindo a morrer tuberculoso, aos trinta e seis anos de idade – foi contudo fértil em produção, tendo o artista deixado várias centenas de obras.”
“Paisagista por imaginação e vocação (definindo-se euforicamente como ‘o maior paisagista da Península’), sintetizando e reinventando cenários a partir do natural visitado nas suas deambulações ibéricas, ele perseguirá como motivos as paisagens urbanas e rurais do Porto, Minho, Galiza e Castela, cenas de um muito particular quotidiano, com figuras masculinas negras e tortas, as admiráveis figuras à chuva, retratos de personagens vistas em primeiro plano sobre paisagens fundeiras e as majestosas torres das catedrais espanholas de Segóvia e, sobretudo, de Santiago de Compostela. Mantendo uma linguagem própria, por vezes bastante sincrética, nas citações ou, talvez melhor, nas intuições, de tom expressionista e surrealista, Alvarez tornar-se-á clássico, não apenas no sólido conhecimento que demonstra em relação aos materiais e às soluções plásticas adoptadas, mas também na recorrência ao tratamento de um número reduzido de temas, num entusiasmo, numa entrega à “pintura pela pintura”. E, curiosamente, o subscritor do manifesto modernista portuense, gradua-se em 1940, com vinte valores, pela mesma escola em que o velho mestre Marques de Oliveira deixara bem impressa a sua apetência por temas e expressões tão caros ao tardo-naturalismo.”
Encontramos em Alvarez esta mistura, aparentemente não conflituosa e até mesmo simultânea (sobretudo verificada a partir de 1932, ano em que parecem ter surgido as primeiras experiências mais detalhistas, quase fotográficas), de expressões plásticas, servidas por um arrojado sentido do desenho, com notáveis sínteses formais e cromáticas, a partir de matrizes visuais que em outras obras suas se mantêm fiéis a uma aparentemente tranquila representação naturalista.
A par da sua actividade como pintor e fruto das suas viagens por Espanha, Alvarez especializa-se em pintura espanhola, confessando-se admirador de Zuloaga, ‘um barroco herdeiro de Greco e que interpreta os temas ásperos da Espanha feudal e histórica’, de Dario de Regoios, pintor basco-asturiano ‘iniciador da pintura de paisagem em Espanha’, e de Gutierrez Solana, ‘o pintor áspero e sombrio, de luzes sinistras’. Este seu interesse, um pouco nacionalista, visto que se apresentava como ‘pintor oriundo de Pontevedra, residente no Porto’, leva-o ainda a conceber uma exposição de pintura galega, que seria integrada na ‘Semana da Cultura Galega’ realizada no Porto, no Outono de 1935, e que não se chega a realizar para seu grande desânimo.
Esta nova apresentação em Lisboa da obra de Dominguez Alvarez (a última data de 1987, na Galeria Almada Negreiros, da então Secretaria de Estado da Cultura), propõe um reencontro com um artista com um corpus iconográfico já estabelecido mas cujo estudo permanece ainda em aberto. O catálogo conta com diversos textos de investigadores, em que se inclui uma análise sobre a sua obra assinada por António Trinidad Muñoz, autor de uma tese de doutoramento sobre Alvarez defendida em Espanha, e uma abordagem aos aspectos materiais e técnicos da sua produção artística.”
Permitam-me esta tão longa citação, mas julgo que tentar divulgar a obra e o homem, e tornar apetecível uma visita à exposição são aspectos a não descurar. Alvarez é um pintor de uma marca pessoal sem paralelo na nossa história da arte, um artista que dir-se-ia de uma ingenuidade a roçar o “naive” e, todavia, senhor de uma cultura artística e intelectual invulgares. Os auto-retratos, as paisagens com silhuetas humanas que quase atingem a caricatura, as perspectivas, a utilização das cores, a influência do expressionismo alemão e das vanguardas europeias das décadas de 20 e 30, o nostálgico e irónico sabor português fazem desta obra um marco. Ao lado de outros, igualmente “únicos”, como Amadeo ou Almada. Absolutamente imprescindível, dos 8 aos 108.
Uma obra em foco
A ESCULTURA BACO
Filho de pais galegos, José Cândido Dominguez Alvarez é um artista particularmente bem representado na colecção do CAM, com 39 obras entre pintura e desenho, e que tem tido lugar obrigatório nos vários percursos expositivos sobre a arte portuguesa ao longo dos séculos XX e XXI. Membro fundador do grupo ‘+Além’, que reuniu no Porto, em Abril de 1929, um conjunto de vozes ‘modernas’ entre arquitectos e pintores, sintonizado na oposição às homenagens póstumas a Marques de Oliveira, Alvarez é um dos subscritores do manifesto intitulado ‘Em Defesa da Arte’, no qual se afirmava que a arte não deve apenas evidenciar um saber fazer, mas ‘qualquer coisa que grita, que nos contorce e nos abre a sensibilidade’.
O demasiado curto percurso artístico de Alvarez – coincidente com catorze anos de formação académica, intercalados com viagens a Espanha e períodos de doença, vindo a morrer tuberculoso, aos trinta e seis anos de idade – foi contudo fértil em produção, tendo o artista deixado várias centenas de obras.”
“Paisagista por imaginação e vocação (definindo-se euforicamente como ‘o maior paisagista da Península’), sintetizando e reinventando cenários a partir do natural visitado nas suas deambulações ibéricas, ele perseguirá como motivos as paisagens urbanas e rurais do Porto, Minho, Galiza e Castela, cenas de um muito particular quotidiano, com figuras masculinas negras e tortas, as admiráveis figuras à chuva, retratos de personagens vistas em primeiro plano sobre paisagens fundeiras e as majestosas torres das catedrais espanholas de Segóvia e, sobretudo, de Santiago de Compostela. Mantendo uma linguagem própria, por vezes bastante sincrética, nas citações ou, talvez melhor, nas intuições, de tom expressionista e surrealista, Alvarez tornar-se-á clássico, não apenas no sólido conhecimento que demonstra em relação aos materiais e às soluções plásticas adoptadas, mas também na recorrência ao tratamento de um número reduzido de temas, num entusiasmo, numa entrega à “pintura pela pintura”. E, curiosamente, o subscritor do manifesto modernista portuense, gradua-se em 1940, com vinte valores, pela mesma escola em que o velho mestre Marques de Oliveira deixara bem impressa a sua apetência por temas e expressões tão caros ao tardo-naturalismo.”
Encontramos em Alvarez esta mistura, aparentemente não conflituosa e até mesmo simultânea (sobretudo verificada a partir de 1932, ano em que parecem ter surgido as primeiras experiências mais detalhistas, quase fotográficas), de expressões plásticas, servidas por um arrojado sentido do desenho, com notáveis sínteses formais e cromáticas, a partir de matrizes visuais que em outras obras suas se mantêm fiéis a uma aparentemente tranquila representação naturalista.
A par da sua actividade como pintor e fruto das suas viagens por Espanha, Alvarez especializa-se em pintura espanhola, confessando-se admirador de Zuloaga, ‘um barroco herdeiro de Greco e que interpreta os temas ásperos da Espanha feudal e histórica’, de Dario de Regoios, pintor basco-asturiano ‘iniciador da pintura de paisagem em Espanha’, e de Gutierrez Solana, ‘o pintor áspero e sombrio, de luzes sinistras’. Este seu interesse, um pouco nacionalista, visto que se apresentava como ‘pintor oriundo de Pontevedra, residente no Porto’, leva-o ainda a conceber uma exposição de pintura galega, que seria integrada na ‘Semana da Cultura Galega’ realizada no Porto, no Outono de 1935, e que não se chega a realizar para seu grande desânimo.
Esta nova apresentação em Lisboa da obra de Dominguez Alvarez (a última data de 1987, na Galeria Almada Negreiros, da então Secretaria de Estado da Cultura), propõe um reencontro com um artista com um corpus iconográfico já estabelecido mas cujo estudo permanece ainda em aberto. O catálogo conta com diversos textos de investigadores, em que se inclui uma análise sobre a sua obra assinada por António Trinidad Muñoz, autor de uma tese de doutoramento sobre Alvarez defendida em Espanha, e uma abordagem aos aspectos materiais e técnicos da sua produção artística.”
Permitam-me esta tão longa citação, mas julgo que tentar divulgar a obra e o homem, e tornar apetecível uma visita à exposição são aspectos a não descurar. Alvarez é um pintor de uma marca pessoal sem paralelo na nossa história da arte, um artista que dir-se-ia de uma ingenuidade a roçar o “naive” e, todavia, senhor de uma cultura artística e intelectual invulgares. Os auto-retratos, as paisagens com silhuetas humanas que quase atingem a caricatura, as perspectivas, a utilização das cores, a influência do expressionismo alemão e das vanguardas europeias das décadas de 20 e 30, o nostálgico e irónico sabor português fazem desta obra um marco. Ao lado de outros, igualmente “únicos”, como Amadeo ou Almada. Absolutamente imprescindível, dos 8 aos 108.
Uma obra em foco
A ESCULTURA BACO
DE MICHAEL RYSBRACK (1693-1770)
até 22 de Julho de 2007
Galeria de Exposição Permanente. Entrada paga.
até 22 de Julho de 2007
Galeria de Exposição Permanente. Entrada paga.
“Na linha das anteriores “Obras em Foco”, iniciativa que se propõe centrar a observação do público numa só obra ou num pequeno núcleo de obras habitualmente em reserva, expõe-se a partir de 18 de Julho e por um período alargado, correspondendo ao ano das comemorações do 50º aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian, uma escultura de grande qualidade, executada em 1751 por Michael Rysbrack, artista flamengo a trabalhar em Londres, com grande sucesso, na primeira metade do séc. XVIII.
Esta escultura, dificilmente integrável no discurso expositivo do Museu Gulbenkian e por isso mantida em reserva, constitui um complemento valioso à exposição O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955), que estará patente, a partir da mesma data na Galeria de Exposições Temporárias do piso 0 da Fundação.
Calouste Gulbenkian foi coleccionador de escultura maioritariamente inspirada na Antiguidade, em parte consequência da sua paixão pelas manifestações artísticas da própria Antiguidade, consumada na sua notável colecção de moedas gregas. A obra de Michael Rysbrack agora patente ao público, artista que foi buscar ao barroco o seu conceito próprio de ideal clássico, está entre os exemplares mais notáveis da colecção reunida por Calouste Gulbenkian. “
Esta escultura, dificilmente integrável no discurso expositivo do Museu Gulbenkian e por isso mantida em reserva, constitui um complemento valioso à exposição O Gosto do Coleccionador. Calouste S. Gulbenkian (1869-1955), que estará patente, a partir da mesma data na Galeria de Exposições Temporárias do piso 0 da Fundação.
Calouste Gulbenkian foi coleccionador de escultura maioritariamente inspirada na Antiguidade, em parte consequência da sua paixão pelas manifestações artísticas da própria Antiguidade, consumada na sua notável colecção de moedas gregas. A obra de Michael Rysbrack agora patente ao público, artista que foi buscar ao barroco o seu conceito próprio de ideal clássico, está entre os exemplares mais notáveis da colecção reunida por Calouste Gulbenkian. “
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