"PAGOS A DOBRAR"
"Pagos a Dobrar" (Double Indemnity), de Billy Wilder (1944), é um dos símbolos maiores do "filme negro" norte-americano, com todos os condimentos que fizeram a grandeza do género entre os anos 30 e 50: mistério, violência, física e psicológica, perversidade, amor, mulheres fatais, intrigas, traições, cobiças, o dinheiro num jogo sujo a preto e branco, iluminação contrastada, planos de ângulos diabolizados, a cidade ameaçadora e os interiores clautrofóbicos.
A Ana Paula, do "Catharsis" gosta deste género de obras inquietantes e sobressaltantes. Tem razão. É um mergulho na alma humana, nas suas paixões e ambições mais secretas e mais proibidas. Aqui fica esta obra-prima de um autor que assinou várias outras, do filme de guerra à comédia, do drama ao policial, do filme de tribunal até... até esse monumento da arte do cinema que se chama "Sunset Boulevard" (Crepúsculo dos Deuses), uma das obras míticas sobre o universo do cinema. Fiquemos com mestre Billy Wilder, um autríaco que deu cartas em Hollywood.
Evocação do clássico "film noir" norte-americano:
Evocação do "filme negro" (1):
Evocação do "filme negro" (2):
2 comentários:
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
Um presente que vem mesmo a calhar rever neste Verão! Sempre com muito gosto e interesse! Acho-o especialíssimo, este "Double Indemnity"!
Teria que alongar-me demasiado para apresentar as razões pelas quais aprecio o chamado "film noir", mas acho que é uma questão de estética, a qual, neste caso, encontro sempre genial. Recriando uma atmosfera intensa, tal como a verdadeira vida.
Um outro aspecto a reter, para mim, é o modo como o bem e o mal são tratados neste tipo de filmes. Não de forma estrita, linear e meramente maniqueísta, mas sim com a ambiguidade própria de todo o conflito humano. Pela exposição de complexos perfis psicológicos, o "film noir" pode ser também a catharse necessária ao conhecimento mais profundo da alma humana.
As escolhas e a sua inquietante fatalidade (relativa)...
Mas importa sobretudo deixar ficar o meu agradecimento por este certeiro e super apreciado presente:
Muito obrigada, Lauro António, pelo filme e pelos ensinamentos! Adorei!
Um beijinho muito amigo.
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