DUPLO AMOR
“Duplo Amor”, de James Gray, é um drama sentimental que radica a sua construção e estética no mais tradicional, ou clássico, cinema norte-americano, para lhe subverter as regras nalguns momentos, sem que todavia se possa dizer que atraiçoa um estilo. Senão vejamos: uma personagem masculina central oscila entre duas mulheres, constituindo um daqueles triângulos que parece já não oferecer qualquer surpresa ao espectador. Puro engano. Se tudo já foi inventado, se tudo já foi escrito, e filmado, há sempre forma de lhe dar a volta.
Leonard (Joaquin Phoenix) é um jovem atraente que sofre de bipolaridade. Sofre no seu quarto de adolescente por um amor perdido. Atenta contra a própria vida por diversas vezes, a última das quais atirando-se do alto de uma ponte sobre um rio. Arrepende-se e pede auxílio, o que o salva. Os pais vivem preocupados com a instabilidade de sentimentos e de comportamento do filho, que trabalha na lavandaria familiar e se entretém a entregar encomendas. De repente vê-se confrontado com duas mulheres que se atravessam na sua vida: de um lado uma bela vizinha loura, Michelle (Gwyneth Paltrow), que habita um apartamento frente ao seu, onde se encontra com o amante, um homem casado que é simultaneamente seu patrão. Por outro lado, surge a morena Sandra (Vinessa Shaw), delicada e dedicada filha de um amigo do pai de Leonard, que quer reunir as famílias e os negócios.
O ambiente é o do judaico bairro de Brighton Beac, com incursões pelo coração de Nova Iorque. O suspense é o que é ditado pela ignorância de saber como irá finalizar este invulgar dueto feminino aos olhos de um atarantado jovem que, depois de um período de carência, vê a fome tornar-se fartura. O dilema põe-se entre conquistar a loura ao poderoso amante que a sustenta e lhe paga o apartamento ou aceitar a devotada Sandra. Pode parecer, mas não estamos no domínio da comédia. Estamos nos abismos do drama, e um dos feitos da obra de James Gray é conseguir durante o tempo da sua projecção criar no espectador um clima de tragédia latente, que paira sobre cada um dos belíssimos planos deste filme invernoso, denso, carregado de sombras de mau presságio. Cada nova sequência arrasta consigo o potencial desbloquear de uma ameaça que pode ferir de morte um ou vários dos intervenientes, mas a arte de James Gray está precisamente nesse aspecto não muito frequente no cinema: furtar-se aos grandes desenlaces dramáticos, estar mais interessado no desenho das personagens do que no precipitar das situações. E ainda ter escolhido “Estranha Forma de Vida”, cantada por Amália Rodrigues, para acompanhar, pianíssimo, uma das sequências chaves do filme.
A música portuguesa não será evocada apenas aí. Não será tão “vulgar” como isso dizer-se que esta obra é como que a versão erudita, e psicanalítica, do conhecido “Eu Tenho Dois Amores”, onde, como todos sabem, também havia alguém dividido entre uma loura e uma morena. A canção é popular e desenvolve um conceito de idêntico significado. Em “Duplo Amor” a coisa fia mais fino. Leonard, o protagonista, é assumidamente bipolar, e este facto faz toda a diferença. Não se trata de escolher entre uma loura que representa a aventura, a loucura sensorial e a insegurança, e uma morena que simboliza a paz e a tranquilidade (tudo isto na aparência, claro, porque há muita complexidade a moldar o quadro).
O caso de existirem duas mulheres diante das quais ele oscila, é a concretização visível da sua patologia. Sabe-se que a bipolaridade é um distúrbio de que sofre cerca de 1,6% da população mundial e que é tratável no plano médico. Consiste em bruscas mudanças de humor, que, no entanto, podem ser controladas por alguns medicamentos. O mais antigo é o carbonato de lítio, mas parece haver muitos mais nesta altura, sobretudo ao nível dos antidepressivos, o que aliás Leonard toma. Quando a medicação funciona podem atravessar-se longos períodos de saúde e de vida regular. Mas o acompanhamento, apoio e compreensão da família ou dos amigos mais chegados constituem uma boa base de sustentação. Importante contributo para a completa percepção do filme. Segundo informações recolhidas, os indivíduos bipolares são muitas vezes pessoas que se destacam nas actividades que exercem, principalmente nos meios artísticos (Mozart, Vivien Leigh, Schumman, Jaco Pastorius, Agatha Christie, Virginia Woolf, Ernest Hemingway, Edgar Allan Poe, Graham Greene, Hans Christian Andersen, Fernando Pessoa, T. S. Eliot, Walt Whitman, Cazuza, Axl Rose, Kurt Cobain, Elvis Presley, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Thelonius Monk, Tchaikosvky, Maria Callas, Robin Williams, Jim Carrey, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Paul Gauguin, Vincent van Gogh, Platão, Isaac Newton, entre outros) e políticos (Abraham Lincoln, Winston Churchill, Ulisses Guimarães).
Leonard (Joaquin Phoenix) é um jovem atraente que sofre de bipolaridade. Sofre no seu quarto de adolescente por um amor perdido. Atenta contra a própria vida por diversas vezes, a última das quais atirando-se do alto de uma ponte sobre um rio. Arrepende-se e pede auxílio, o que o salva. Os pais vivem preocupados com a instabilidade de sentimentos e de comportamento do filho, que trabalha na lavandaria familiar e se entretém a entregar encomendas. De repente vê-se confrontado com duas mulheres que se atravessam na sua vida: de um lado uma bela vizinha loura, Michelle (Gwyneth Paltrow), que habita um apartamento frente ao seu, onde se encontra com o amante, um homem casado que é simultaneamente seu patrão. Por outro lado, surge a morena Sandra (Vinessa Shaw), delicada e dedicada filha de um amigo do pai de Leonard, que quer reunir as famílias e os negócios.
O ambiente é o do judaico bairro de Brighton Beac, com incursões pelo coração de Nova Iorque. O suspense é o que é ditado pela ignorância de saber como irá finalizar este invulgar dueto feminino aos olhos de um atarantado jovem que, depois de um período de carência, vê a fome tornar-se fartura. O dilema põe-se entre conquistar a loura ao poderoso amante que a sustenta e lhe paga o apartamento ou aceitar a devotada Sandra. Pode parecer, mas não estamos no domínio da comédia. Estamos nos abismos do drama, e um dos feitos da obra de James Gray é conseguir durante o tempo da sua projecção criar no espectador um clima de tragédia latente, que paira sobre cada um dos belíssimos planos deste filme invernoso, denso, carregado de sombras de mau presságio. Cada nova sequência arrasta consigo o potencial desbloquear de uma ameaça que pode ferir de morte um ou vários dos intervenientes, mas a arte de James Gray está precisamente nesse aspecto não muito frequente no cinema: furtar-se aos grandes desenlaces dramáticos, estar mais interessado no desenho das personagens do que no precipitar das situações. E ainda ter escolhido “Estranha Forma de Vida”, cantada por Amália Rodrigues, para acompanhar, pianíssimo, uma das sequências chaves do filme.
A música portuguesa não será evocada apenas aí. Não será tão “vulgar” como isso dizer-se que esta obra é como que a versão erudita, e psicanalítica, do conhecido “Eu Tenho Dois Amores”, onde, como todos sabem, também havia alguém dividido entre uma loura e uma morena. A canção é popular e desenvolve um conceito de idêntico significado. Em “Duplo Amor” a coisa fia mais fino. Leonard, o protagonista, é assumidamente bipolar, e este facto faz toda a diferença. Não se trata de escolher entre uma loura que representa a aventura, a loucura sensorial e a insegurança, e uma morena que simboliza a paz e a tranquilidade (tudo isto na aparência, claro, porque há muita complexidade a moldar o quadro).
O caso de existirem duas mulheres diante das quais ele oscila, é a concretização visível da sua patologia. Sabe-se que a bipolaridade é um distúrbio de que sofre cerca de 1,6% da população mundial e que é tratável no plano médico. Consiste em bruscas mudanças de humor, que, no entanto, podem ser controladas por alguns medicamentos. O mais antigo é o carbonato de lítio, mas parece haver muitos mais nesta altura, sobretudo ao nível dos antidepressivos, o que aliás Leonard toma. Quando a medicação funciona podem atravessar-se longos períodos de saúde e de vida regular. Mas o acompanhamento, apoio e compreensão da família ou dos amigos mais chegados constituem uma boa base de sustentação. Importante contributo para a completa percepção do filme. Segundo informações recolhidas, os indivíduos bipolares são muitas vezes pessoas que se destacam nas actividades que exercem, principalmente nos meios artísticos (Mozart, Vivien Leigh, Schumman, Jaco Pastorius, Agatha Christie, Virginia Woolf, Ernest Hemingway, Edgar Allan Poe, Graham Greene, Hans Christian Andersen, Fernando Pessoa, T. S. Eliot, Walt Whitman, Cazuza, Axl Rose, Kurt Cobain, Elvis Presley, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Thelonius Monk, Tchaikosvky, Maria Callas, Robin Williams, Jim Carrey, Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Paul Gauguin, Vincent van Gogh, Platão, Isaac Newton, entre outros) e políticos (Abraham Lincoln, Winston Churchill, Ulisses Guimarães).
Volte-se ao filme de James Gray. Leonard oscila entre um estado de euforia amorosa e sexual, quando se aproxima de Michelle e a tenta roubar ao seu amante casado, e um estado de conforto e segurança emocional quando se encontra com Sandra. No início do filme sabe-se que, embora sem grande convicção (convicções parece ser coisa que Leonard não tem), tenta suicidar-se atirando-se ao rio, mas regressando à tona de água, pedindo socorro rapidamente. Depois, haverá todo o trajecto que percorre entre as duas mulheres, ziguezagueando entre uma e outra, até parecer optar por uma e acabar com a outra, o que nos oferece um final que, sendo obviamente inesperado, poderá ser considerado um pouco de tudo, desde uma desastrosa renuncia à felicidade até um falso “happy end” ou mesmo um verdadeiro “happy end”, conclusão que cada espectador retirará tendo em conta vários factores, entre os quais a própria condição de bipolar de Leonard.
O que me agrada de sobremaneira no filme? A delicadeza de análise das personagens, a justeza do tom, o clima de tragédia latente que o percorre sem que todavia nada aconteça de particularmente grave, as cores sobrecarregadas e densas que emprestam uma vivência especial à obra. Gosto ainda da maneira discreta como se escreve de uma forma clássica uma história de amor moderna (sim, a bipolaridade de Leonard é obviamente um sinal de modernidade, um sintoma da esquizofrenia da actual sociedade ocidental). Gosto da maneira de representar de Joaquin Phoenix que, esperemos, não se tenha despedido aqui do cinema, para enveredar unicamente por uma carreira de cantor. Ele é magnifico na forma de exteriorizar um comportamento disfuncional, sem grandes alardes, muito pelo contrário recorrendo aos mais ínfimos sinais, à completa e discreta interiorização de uma conduta. Muito bom é também o trabalho dessa espantosa Gwyneth Paltrow, aqui frágil e insegura, e da pouco conhecida Vinessa Shaw, que surpreende num papel difícil, misturando sensualidade e maternal segurança. Isabella Rossellini e Moni Monoshov, os pais de Leonard, são igualmente brilhantes na forma discreta e íntima como inspiram um casal atormentado pela doença do filho e que procuram tecer à sua volta a teia da segurança que julgam preservar Leonard de um futuro incerto.
O que me agrada de sobremaneira no filme? A delicadeza de análise das personagens, a justeza do tom, o clima de tragédia latente que o percorre sem que todavia nada aconteça de particularmente grave, as cores sobrecarregadas e densas que emprestam uma vivência especial à obra. Gosto ainda da maneira discreta como se escreve de uma forma clássica uma história de amor moderna (sim, a bipolaridade de Leonard é obviamente um sinal de modernidade, um sintoma da esquizofrenia da actual sociedade ocidental). Gosto da maneira de representar de Joaquin Phoenix que, esperemos, não se tenha despedido aqui do cinema, para enveredar unicamente por uma carreira de cantor. Ele é magnifico na forma de exteriorizar um comportamento disfuncional, sem grandes alardes, muito pelo contrário recorrendo aos mais ínfimos sinais, à completa e discreta interiorização de uma conduta. Muito bom é também o trabalho dessa espantosa Gwyneth Paltrow, aqui frágil e insegura, e da pouco conhecida Vinessa Shaw, que surpreende num papel difícil, misturando sensualidade e maternal segurança. Isabella Rossellini e Moni Monoshov, os pais de Leonard, são igualmente brilhantes na forma discreta e íntima como inspiram um casal atormentado pela doença do filho e que procuram tecer à sua volta a teia da segurança que julgam preservar Leonard de um futuro incerto.
Há quem chame a James Gray o “novo Martin Scorsese”, certamente tendo em conta sobretudo os seus três primeiros filmes, de ambiente bem negro. Nascido em 1969, em Nova Iorque, Gary descende de uma família de emigrantes russos. Começou por querer ser pintor, mas depois de tomar contrato com a obra de alguns cineastas norte-americanos, como Coppola, optou pelo cinema, tendo estudado na School of Cinematic Arts, na Universidade da Califórnia (1991), onde se tornou notado com um filme de fim de curso, "Cowboys and Angels", chamando a atenção do produtor Paul Webster, que lhe pediu para escrever um argumento que ele pudesse produzir.
Foi em 1994 que escreveu e realizou a sua obra de estreia, “Viver e Morrer em Little Odessa” (Little Odessa), com Tim Roth, Edward Furlong, Vanessa Redgrave e Maximillian Schell, que ganharia o Leão de Ouro de Veneza. Começava aqui uma carreira muito pessoal, muito centrada em temas obsessivos, família, “famílias” mafiosas (a máfia russa), violência e sexo, amor fraternal e filiar, divisão entre Bem e Mal, Nova Iorque, o bairro de Brighton Beach, em Brooklyn, e, invariavelmente, uma dicotomia que percorre todos os filmes de forma labiríntica e simbólica.
Em 2000, para a Miramax, dirige “Nas Teias da Corrupção” (The Yards), com um elenco notável, Mark Wahlberg, Joaquin Phoenix, Charlize Theron, James Caan, Ellen Burstyn e Faye Dunaway, um filme negro, como todos os que até agora realizou. “Nós Controlamos a Noite” (We Own the Night), com Joaquin Phoenix, Eva Mendes, Mark Wahlberg, Robert Duvall, Alex Veadov, Dominic Colon, Oleg Taktarov, Moni Moshonov, Tony Musante, entre outros, esteve em Cannes, e marcou pontos na carreira do cineasta, muito embora a sua desigual recepção crítica. Mas o filme é uma magnífica história bíblica (Abel e Caim) que tem no centro da acção a máfia russa instalada em Nova Iorque, procurando controlar bares e droga. Dois irmãos, filhos de um impoluto comandante da polícia, escolhem percursos diversos na vida. Um segue as peugadas do pai, ingressando na polícia, o outro dirige um bar, propriedade de um russo que tem uma família muito suspeita. A bipolaridade aqui é fraterna, e o filme oferece um clima de profunda inquietação, rondando sempre a tragédia, recortando-se de cenários nocturnos, rasgados por sangrentos néons de mau presságio. O actor fetiche de James Gray, Joaquim Phoenix (três presenças numa filmografia de quatro), compõe uma atormentada personagem que tem de escolher o seu lado da barricada. Um doloroso filme que deixa antever uma brilhante carreira, agora continuada com “Duplo Jogo”. Para 2010 anuncia-se nova obra: “The Lost City of Z”.
Há uma frase atribuída a James Gray que teria muito interesse desenvolver: “Apparently I'm the dramatic version of Jerry Lewis. Someone wrote that I'm the object of Gallic fetish.” Não esquecer que Jerry Lewis na sua comédia esquizofrénica desenvolveu muitas vezes o conceito de bipolaridade, como em “As Noites Loucas do Dr. Jerryl”. Ou “O Médico e o Monstro” na sua versão actual.
Foi em 1994 que escreveu e realizou a sua obra de estreia, “Viver e Morrer em Little Odessa” (Little Odessa), com Tim Roth, Edward Furlong, Vanessa Redgrave e Maximillian Schell, que ganharia o Leão de Ouro de Veneza. Começava aqui uma carreira muito pessoal, muito centrada em temas obsessivos, família, “famílias” mafiosas (a máfia russa), violência e sexo, amor fraternal e filiar, divisão entre Bem e Mal, Nova Iorque, o bairro de Brighton Beach, em Brooklyn, e, invariavelmente, uma dicotomia que percorre todos os filmes de forma labiríntica e simbólica.
Em 2000, para a Miramax, dirige “Nas Teias da Corrupção” (The Yards), com um elenco notável, Mark Wahlberg, Joaquin Phoenix, Charlize Theron, James Caan, Ellen Burstyn e Faye Dunaway, um filme negro, como todos os que até agora realizou. “Nós Controlamos a Noite” (We Own the Night), com Joaquin Phoenix, Eva Mendes, Mark Wahlberg, Robert Duvall, Alex Veadov, Dominic Colon, Oleg Taktarov, Moni Moshonov, Tony Musante, entre outros, esteve em Cannes, e marcou pontos na carreira do cineasta, muito embora a sua desigual recepção crítica. Mas o filme é uma magnífica história bíblica (Abel e Caim) que tem no centro da acção a máfia russa instalada em Nova Iorque, procurando controlar bares e droga. Dois irmãos, filhos de um impoluto comandante da polícia, escolhem percursos diversos na vida. Um segue as peugadas do pai, ingressando na polícia, o outro dirige um bar, propriedade de um russo que tem uma família muito suspeita. A bipolaridade aqui é fraterna, e o filme oferece um clima de profunda inquietação, rondando sempre a tragédia, recortando-se de cenários nocturnos, rasgados por sangrentos néons de mau presságio. O actor fetiche de James Gray, Joaquim Phoenix (três presenças numa filmografia de quatro), compõe uma atormentada personagem que tem de escolher o seu lado da barricada. Um doloroso filme que deixa antever uma brilhante carreira, agora continuada com “Duplo Jogo”. Para 2010 anuncia-se nova obra: “The Lost City of Z”.
Há uma frase atribuída a James Gray que teria muito interesse desenvolver: “Apparently I'm the dramatic version of Jerry Lewis. Someone wrote that I'm the object of Gallic fetish.” Não esquecer que Jerry Lewis na sua comédia esquizofrénica desenvolveu muitas vezes o conceito de bipolaridade, como em “As Noites Loucas do Dr. Jerryl”. Ou “O Médico e o Monstro” na sua versão actual.
DUPLO AMOR
Título original: Two Lovers
Realização: James Gray (EUA, 2008); Argumento: James Gray, Ric Menello; Produção: Donna Gigliotti, James Gray, Anthony Katagas, Couper Samuelson, Mike Upton, Todd Wagner, Agnès Mentre, Marc Butan, Mark Cuban; Fotografia (cor): Joaquín Baca-Asay; Montagem: John Axelrad; Casting: Douglas Aibel; Design de produção: Happy Massee; Direcção artística: Marc Benacerraf, Peter Zumba; Decoração: Carol Silverman; Guarda-roupa: Michael Clancy; Maquilhagem: LuAnn Claps, Jorjee Douglas; Direcção de Produção: Anthony Katagas, Jamey Pryde; Assistentes de realização: Lauren Guilmartin, Jason Hightower, Francisco Ortiz, Doug Torres; Departamento de arte: Leni Calas, John J. Ciccimarro, Eddie DeCurtis, Heather Prendergast, Kevin L. Raper; Som: Douglas Murray; Efeitos especiais: Andrew Mortelliti; Efeitos visuais: J. Cody Baker, Michael Boggs, David Neuberger; Companhias de produção: 2929 Productions, Tempesta Films; Intérpretes: Joaquin Phoenix (Leonard Kraditor), Gwyneth Paltrow (Michelle Rausch), Vinessa Shaw (Sandra Cohen), Moni Moshonov (Reuben Kraditor), Isabella Rossellini (Ruth Kraditor), John Ortiz (Jose Cordero), Bob Ari (Michael Cohen), Julie Budd (Carol Cohen), Elias Koteas (Ronald Blatt), Shiran Nicholson, David Cale, Kathryn Gerhardt, Nick Gillie, Carmen M. Herlihy, Samantha Ivers, Anne Joyce, Mari Koda, RJ Konner, Evan Lewis, Marion McCorry, David Ross, Jeanine Serralles, Jose Edwin Soto, Uzimann, Elliot Villar, Mark Vincent, Craig Walker, Franco Bulaon, Luis Dalmasy Jr., Bianca Giancoli, Andrew Ginsburg, Christy Bella Joiner, Doug Wright, etc. Duração: 110 minutos; Distribuição em Portugal: Zon Lusomundo; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 30 de Julho de 2009; Locais de filmagem: Brighton Beach, Sheepshead Bay, Brooklyn, Central Park West, Manhattan, Columbus Circle Subway, Central Park, Waldorf-Astoria Hotel - 301 Park Avenue, New York City, Lincoln Center, Nova Iorque, Hoboken, New Jersey, Jersey City, Kensington Avenue, Springfield, Jersey City, Lana Lounge - 92 River Street, Hoboken, Lincoln Park, New Jersey, EUA.
Título original: Two Lovers
Realização: James Gray (EUA, 2008); Argumento: James Gray, Ric Menello; Produção: Donna Gigliotti, James Gray, Anthony Katagas, Couper Samuelson, Mike Upton, Todd Wagner, Agnès Mentre, Marc Butan, Mark Cuban; Fotografia (cor): Joaquín Baca-Asay; Montagem: John Axelrad; Casting: Douglas Aibel; Design de produção: Happy Massee; Direcção artística: Marc Benacerraf, Peter Zumba; Decoração: Carol Silverman; Guarda-roupa: Michael Clancy; Maquilhagem: LuAnn Claps, Jorjee Douglas; Direcção de Produção: Anthony Katagas, Jamey Pryde; Assistentes de realização: Lauren Guilmartin, Jason Hightower, Francisco Ortiz, Doug Torres; Departamento de arte: Leni Calas, John J. Ciccimarro, Eddie DeCurtis, Heather Prendergast, Kevin L. Raper; Som: Douglas Murray; Efeitos especiais: Andrew Mortelliti; Efeitos visuais: J. Cody Baker, Michael Boggs, David Neuberger; Companhias de produção: 2929 Productions, Tempesta Films; Intérpretes: Joaquin Phoenix (Leonard Kraditor), Gwyneth Paltrow (Michelle Rausch), Vinessa Shaw (Sandra Cohen), Moni Moshonov (Reuben Kraditor), Isabella Rossellini (Ruth Kraditor), John Ortiz (Jose Cordero), Bob Ari (Michael Cohen), Julie Budd (Carol Cohen), Elias Koteas (Ronald Blatt), Shiran Nicholson, David Cale, Kathryn Gerhardt, Nick Gillie, Carmen M. Herlihy, Samantha Ivers, Anne Joyce, Mari Koda, RJ Konner, Evan Lewis, Marion McCorry, David Ross, Jeanine Serralles, Jose Edwin Soto, Uzimann, Elliot Villar, Mark Vincent, Craig Walker, Franco Bulaon, Luis Dalmasy Jr., Bianca Giancoli, Andrew Ginsburg, Christy Bella Joiner, Doug Wright, etc. Duração: 110 minutos; Distribuição em Portugal: Zon Lusomundo; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 30 de Julho de 2009; Locais de filmagem: Brighton Beach, Sheepshead Bay, Brooklyn, Central Park West, Manhattan, Columbus Circle Subway, Central Park, Waldorf-Astoria Hotel - 301 Park Avenue, New York City, Lincoln Center, Nova Iorque, Hoboken, New Jersey, Jersey City, Kensington Avenue, Springfield, Jersey City, Lana Lounge - 92 River Street, Hoboken, Lincoln Park, New Jersey, EUA.
3 comentários:
Excelente crítica. Bom filme.
Foi muito interessante a escolha do "Estranha Forma de Vida" naquela tão crucial cena que, segundo James Gray, não passou mesmo de um feliz acaso - que é o que acontece em muitas situações do género. Só não concordei com o pianíssimo, quase que passa por despercebido, mas compreendo que a cena assim o exigia e acabou por resultar muito bem!
Por último, confesso que não tinha pensado no filme com a bipolaridade de Leonard a dar resposta a muitas das suas acções... erro meu! A crítica é excelente, como sempre!
Um abraço, sempre, do
Helder
E mais uma vez a representação de uma América dividida. Uma divisão que remete para o inconsciente de um todo colectivo ainda e sempre perdido nos altos e baixos, ou na dualidade da existência. Neste caso a de um bipolar.
É verdade que nas revistas dos bipolares apontam T.S. Eliot como bipolar. E os doentes com esta patologia fazem questão em o afirmar. Para mim foi uma revelação, estava convicta que tinha sido a primeira mulher a sofrer desta doença.
Uma crítica mais do que excelente.
Enviar um comentário