sábado, dezembro 19, 2009

LISBON FILM ORQUESTRA

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CONCERTO NA AULA MAGNA
Concerto na Aula Magna: a Lisbon Film Orchestra toca temas de filmes. Estreada em 2007, é a primeira orquestra sinfónica portuguesa a dedicar-se, em exclusivo, ao repertório das bandas sonoras cinematográficas. São 80 jovens músicos, quase todos na casa de entre 20 e 30 anos, que, sem apoios oficiais, de moto próprio, resolveram criar uma orquestra sinfónica que, para quem não percebe nada de música, a não ser gostar ou não do que ouve, parece tocar afinadinha e com alguma alma, um evidente profissionalismo e uma igualmente extrema entrega emotiva nas suas actuações. Os responsáveis deste projecto são Nuno de Sá, na direcção da orquestra, e Francisco Santiago, na produção musical. A iniciativa é da responsabilidade da MusinAction, entidade que visa inovar o panorama cultural português nos domínios musicais.
Na noite de 18 de Dezembro, a Aula Magna estava quase repleta de um público maioritariamente jovem, o que é outra verificação a sublinhar. Este tipo de concerto pode atrair público que vem no engodo que o cinema sempre desperta e aprende a entender música sinfónica e a ouvir grandes bandas sonoras.
O concerto de Dezembro teve de tudo um pouco: “O Fantasma da Ópera”, de Andrew Lloyd Webber; “Mission: Impossible”, de Lalo Schifrin; “Forrest Gump”, de Alan Silvestri; “Spider Man”, de Danny Elfman; “Titanic”, de James Horner; “Gladiator”, de Hans Zimmer; “Home Alone”, de John Williams; “Polar Express”, de Alan Silvestri; “The Lord of the Rings”, de Howard Shore; “Música no Coração”, de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein; “West Side Story”, de Leonard Bernstein; “Schindler´s List”, de John Williams; “Harry Potter”, de John Williams; “Chicago”, de John Kander; “Star Wars”, de John Williams; “Pirates of the Caribbean”, de Klaus Badlet e “Indiana Jones –Os Salteadores da Arca Perdida”, de John Williams.
Conclusões a tirar do reportório: quase tudo música norte-americana, quase tudo composições de “blockbusters”, quase tudo temas espectaculares, quase tudo filmes das últimas duas ou três décadas, quase tudo originais de compositores de qualidade reconhecida, é certo, mas… Faltam clássicos dos anos 30, 40, 50, 60, 70, faltam franceses, ingleses, italianos, espanhóis, alemães, portugueses… para ficarmos por aqui, por agora.
De resto, o que há já é muito bom, mas melhor ficará se se diversificarem origens e épocas. Esperemos que a orquestra tenha uma vida longa e que vá multiplicando público e espectáculos.

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