A ORIGEM
"A Origem", de Christopher Nolan, é um filme surpreendente a vários títulos. Não o será tanto pelo tema. Na verdade, quem conhece a obra de Nolan sabe que o seu território de eleição são os mundos paralelos, sobretudo os que se situam no interior do próprio homem. Foi assim em "Memento" (2000), onde os labirintos da memória eram o tema central, foi assim em "Insónia" (2002), onde Al Pacino e Robin Williams se embrenhavam num campo de letargia, foi assim em "O Terceiro Passo" (2006), onde a magia e a ilusão interagiam com a realidade, e foi ainda assim nas duas etapas de “Batman” que Nolan dirigiu, recuperando a personagem para terrenos de uma outra exigência, "Batman: O Início" (2005) e "O Cavaleiro das Trevas" (2008).
De onde surge então a estranheza desta obra? Antes de mais, este é um filme de autor, que aparentemente se diria de uma complexidade de tema e de narrativa que nada fazia prever ficar à frente do “box office” mundial neste ano de 2010. E ficou como uma das obras mais rentáveis da temporada. Depois, é sabido que presentemente a maior percentagem do público que vai às salas de cinema mundiais são jovens, adolescentes, e não esperava francamente que se interessassem por duas horas e meia de acção, é certo, mas de acção que tem por cenário a mente humana e os meandros dos sonhos. A verdade é que vi “A Origem” numa sala repleta de jovens, que seguiram silenciosamente o filme e o discutiram de forma muito madura no final. Muito mais madura, diga-se, que muitos adultos que o acharam “chato” e incompreensível. Questão nítida de diferença de gerações e de desadaptação a novas linguagens e temas, onde as realidades paralelas assumem papel preponderante. Que os jovens tratam por tu, e os menos jovens tendem a não compreender, ou a não entenderem tão bem e tão rapidamente. Afinal, um filme de autor, “difícil”, manuseando conceitos abstractos, narrado de forma descontínua, apelando ao onirismo e senhor de um apuro gráfico e plástico invulgar, pode ser um grande sucesso de público. Ainda bem.
Don Cobb (DiCaprio), é um profissional do roubo. Dir-se-ia que nos encontramos no início de mais um daqueles célebres filmes de “assaltos a bancos, comboios ou casinos”, que alguns apelidam de "heist movie", mas neste caso o roubo é de natureza muito diferente: Cobb assalta sonhos, de onde rouba preciosas informações, segredos recolhidos no mais profundo do inconsciente e que os sonhos revelam. Obviamente que estamos no domínio da ficção científica, mas também no da metáfora. Cobb (e a sua equipa de especialistas) revela-se um tão exímio profissional que lhe propõem desafios ainda mais extenuantes. Não apenas roubar sonhos, mas introduzir sonhos nos sonhos. Esta engenhosa forma de manipular mentes conduzi-lo-á a um caso de espionagem industrial. Ele terá que entrar no sonho de Fischer (Cillian Murphy), o filho de um magnata que acaba de falecer, e que um concorrente directo quer anular. O que se ambiciona é que Fisher “sonhe” que o seu pai pretendia desmembrar o seu império. Adormecido Fisher, o grupo lança-se na aventura, tanto mais perigosa quanto, do lado de Fisher, também existem exércitos de protectores, que obrigam a que os sonhos se multipliquem, isto é, dentro de cada sonho pode viajar-se para um outro sonho mais profundo, até se atingirem perigosos níveis de onde dificilmente se escapará, podendo permanecer-se num limbo de efeito incalculável.
Sequestrado Fischer, impõe-se levá-lo a abrir um cofre inscrito no mais recôndito esconso do seu subconsciente, onde foi inscrita a semente de uma ideia que ele terá de acreditar ser sua. Inventa-se um forjado testamento e leva-se Fisher a relembrar a “chave” que o irá abrir. Tudo isto no meio das mais invulgares peripécias, perseguições desenfreadas, lutas corpo a corpo na imponderabilidade do vazio, explosões desmedidas em montanhas nevadas, comboios ultrasónicos que atravessam o ecrã e as mentes dos espectadores. E momentos de aparente relaxe, como os que induzem ao sonho, sob o efeito de “Non, Je Ne Regrette Rien”, celebrizada por Édith Piaf, e por Marion Cotillard no filme biográfico que a entronizou (a mesma Marion Cotillard que interpreta a figura de Mal, a “femme fatal”, casada com Cobb).
Por falar nisso, há mais a sublinhar. Cobb não entra na aventura apenas pelo sucesso desta, mas porque procura, através dela, resgatar uma culpa antiga que se prende com um pretenso, ou real, suicídio da sua mulher, Mal. Tenta ainda o regresso aos Estados Unidos, para se reunir aos seus dois filhos. A culpa é igualmente um dos temas recorrentes na filmografia de Christopher Nolan, que aqui reaparece, e que introduz um clima pesado e dramático numa história já de si nebulosa.
O desafio proposto ao espectador, é estimulante e obriga a uma atenção constante. Difícil se torna saber onde começa a realidade (que realidade?, já é outra questão), onde começa o sonho, nível 1, onde se salta para um nível inferior, quando se regressa (será que se regressa?) e assim por diante. Depois há ainda uma agravante temporal: a realidade tem uma duração, cada nível onírico tem a sua duração própria, como interagir neste universo de tempos paralelos? Um carro a cair de uma ponte sobre um rio pode demorar 20 segundos na realidade, 20 minutos no nível 1 dos sonhos, e 2 horas no patamar seguinte. Cada sonho é gerido por um dos elementos do grupo de assalto que o liberta, logo cada sonho impõe uma lógica diferente, ligada ao estado de espírito e à situação física de quem o sonha: alguém com necessidade imperiosa de urinar pode desenvolver um sonho onde a chuva tenha papel preponderante.
“A Origem” é difícil de resumir num texto, nem o intuito deste é fazê-lo, inclusive para não retirar “suspense” a quem o vê (por falar em “suspense”, anda por aqui um pouco de Hitchcock à mistura com os mundos paralelos de “Matrix”). Mas importa ainda referir quer a qualidade da fotografia de Wally Pfister, quer a montagem (impossível!) de Lee Smith, a partitura musical de Hans Zimmer ou a sonoplastia de Richard King. Direcção artística, guarda-roupa, efeitos especiais são todos eles excepcionais, bem como o trabalho de um elenco invulgarmente dotado. Por aqui andarão muitas nomeações para os Oscars, que se adivinham já.
Um belíssimo e inteligente filme de um autor que se confirma como um dos mais importantes da moderna cinematografia norte-americana.
A Origem
Título original: Inception
Realização: Christopher Nolan (EUA, 2010); Argumento: Christopher Nolan; Produção: Jordan Goldberg, Thomas Hayslip, Christopher Nolan, Kanjiro Sakura, Yoshikuni Taki, Emma Thomas; Música: Hans Zimmer; Fotografia (cor): Wally Pfister; Montagem: Lee Smith; Casting: John Papsidera; Design de produção: Guy Dyas; Direcção artística: Luke Freeborn, Brad Ricker, Dean Wolcott; Decoração: Larry Dias, Douglas A. Mowat; Guarda-roupa: Jeffrey Kurland; Maquilhagem: Luisa Abel, Janice Alexander, Terry Baliel; Direcção de produção: Jan Foster, David E. Hall, Elona Tsou; Assistentes de realização: Richard Graysmark, Brandon Lambdin, Nilo Otero; Departamento de arte: Charlsey Adkins, Dominique Arcadio, Jim Barr, Aric Cheng; Som: Richard King; Efeitos especiais: Chris Corbould, John Fleming; Efeitos visuais: Richard Bain, Mikael Brosset, Monette Dubin, Paul J. Franklin; Companhias de produção: Warner Bros. Pictures, Legendary Pictures, Syncopy; Intérpretes: Leonardo DiCaprio (Cobb), Joseph Gordon-Levitt (Arthur), Ellen Page (Ariadne), Tom Hardy (Eames), Ken Watanabe (Saito), Dileep Rao (Yusuf), Cillian Murphy (Robert Fischer), Tom Berenger (Peter Browning), Marion Cotillard (Mal), Pete Postlethwaite (Maurice Fischer), Michael Caine (Miles), Lukas Haas (Nash), Tai-Li Lee, Claire Geare, Magnus Nolan, Taylor Geare, Johnathan Geare, Tohoru Masamune, Yuji Okumoto, Earl Cameron, Ryan Hayward, Miranda Nolan, Russ Fega, Tim Kelleher, Talulah Riley, etc. Duração: 148 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia TriStar Warner Filmes de Portugal; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 22 de Julho de 2010.
De onde surge então a estranheza desta obra? Antes de mais, este é um filme de autor, que aparentemente se diria de uma complexidade de tema e de narrativa que nada fazia prever ficar à frente do “box office” mundial neste ano de 2010. E ficou como uma das obras mais rentáveis da temporada. Depois, é sabido que presentemente a maior percentagem do público que vai às salas de cinema mundiais são jovens, adolescentes, e não esperava francamente que se interessassem por duas horas e meia de acção, é certo, mas de acção que tem por cenário a mente humana e os meandros dos sonhos. A verdade é que vi “A Origem” numa sala repleta de jovens, que seguiram silenciosamente o filme e o discutiram de forma muito madura no final. Muito mais madura, diga-se, que muitos adultos que o acharam “chato” e incompreensível. Questão nítida de diferença de gerações e de desadaptação a novas linguagens e temas, onde as realidades paralelas assumem papel preponderante. Que os jovens tratam por tu, e os menos jovens tendem a não compreender, ou a não entenderem tão bem e tão rapidamente. Afinal, um filme de autor, “difícil”, manuseando conceitos abstractos, narrado de forma descontínua, apelando ao onirismo e senhor de um apuro gráfico e plástico invulgar, pode ser um grande sucesso de público. Ainda bem.
Don Cobb (DiCaprio), é um profissional do roubo. Dir-se-ia que nos encontramos no início de mais um daqueles célebres filmes de “assaltos a bancos, comboios ou casinos”, que alguns apelidam de "heist movie", mas neste caso o roubo é de natureza muito diferente: Cobb assalta sonhos, de onde rouba preciosas informações, segredos recolhidos no mais profundo do inconsciente e que os sonhos revelam. Obviamente que estamos no domínio da ficção científica, mas também no da metáfora. Cobb (e a sua equipa de especialistas) revela-se um tão exímio profissional que lhe propõem desafios ainda mais extenuantes. Não apenas roubar sonhos, mas introduzir sonhos nos sonhos. Esta engenhosa forma de manipular mentes conduzi-lo-á a um caso de espionagem industrial. Ele terá que entrar no sonho de Fischer (Cillian Murphy), o filho de um magnata que acaba de falecer, e que um concorrente directo quer anular. O que se ambiciona é que Fisher “sonhe” que o seu pai pretendia desmembrar o seu império. Adormecido Fisher, o grupo lança-se na aventura, tanto mais perigosa quanto, do lado de Fisher, também existem exércitos de protectores, que obrigam a que os sonhos se multipliquem, isto é, dentro de cada sonho pode viajar-se para um outro sonho mais profundo, até se atingirem perigosos níveis de onde dificilmente se escapará, podendo permanecer-se num limbo de efeito incalculável.
Sequestrado Fischer, impõe-se levá-lo a abrir um cofre inscrito no mais recôndito esconso do seu subconsciente, onde foi inscrita a semente de uma ideia que ele terá de acreditar ser sua. Inventa-se um forjado testamento e leva-se Fisher a relembrar a “chave” que o irá abrir. Tudo isto no meio das mais invulgares peripécias, perseguições desenfreadas, lutas corpo a corpo na imponderabilidade do vazio, explosões desmedidas em montanhas nevadas, comboios ultrasónicos que atravessam o ecrã e as mentes dos espectadores. E momentos de aparente relaxe, como os que induzem ao sonho, sob o efeito de “Non, Je Ne Regrette Rien”, celebrizada por Édith Piaf, e por Marion Cotillard no filme biográfico que a entronizou (a mesma Marion Cotillard que interpreta a figura de Mal, a “femme fatal”, casada com Cobb).
Por falar nisso, há mais a sublinhar. Cobb não entra na aventura apenas pelo sucesso desta, mas porque procura, através dela, resgatar uma culpa antiga que se prende com um pretenso, ou real, suicídio da sua mulher, Mal. Tenta ainda o regresso aos Estados Unidos, para se reunir aos seus dois filhos. A culpa é igualmente um dos temas recorrentes na filmografia de Christopher Nolan, que aqui reaparece, e que introduz um clima pesado e dramático numa história já de si nebulosa.
O desafio proposto ao espectador, é estimulante e obriga a uma atenção constante. Difícil se torna saber onde começa a realidade (que realidade?, já é outra questão), onde começa o sonho, nível 1, onde se salta para um nível inferior, quando se regressa (será que se regressa?) e assim por diante. Depois há ainda uma agravante temporal: a realidade tem uma duração, cada nível onírico tem a sua duração própria, como interagir neste universo de tempos paralelos? Um carro a cair de uma ponte sobre um rio pode demorar 20 segundos na realidade, 20 minutos no nível 1 dos sonhos, e 2 horas no patamar seguinte. Cada sonho é gerido por um dos elementos do grupo de assalto que o liberta, logo cada sonho impõe uma lógica diferente, ligada ao estado de espírito e à situação física de quem o sonha: alguém com necessidade imperiosa de urinar pode desenvolver um sonho onde a chuva tenha papel preponderante.
“A Origem” é difícil de resumir num texto, nem o intuito deste é fazê-lo, inclusive para não retirar “suspense” a quem o vê (por falar em “suspense”, anda por aqui um pouco de Hitchcock à mistura com os mundos paralelos de “Matrix”). Mas importa ainda referir quer a qualidade da fotografia de Wally Pfister, quer a montagem (impossível!) de Lee Smith, a partitura musical de Hans Zimmer ou a sonoplastia de Richard King. Direcção artística, guarda-roupa, efeitos especiais são todos eles excepcionais, bem como o trabalho de um elenco invulgarmente dotado. Por aqui andarão muitas nomeações para os Oscars, que se adivinham já.
Um belíssimo e inteligente filme de um autor que se confirma como um dos mais importantes da moderna cinematografia norte-americana.
A Origem
Título original: Inception
Realização: Christopher Nolan (EUA, 2010); Argumento: Christopher Nolan; Produção: Jordan Goldberg, Thomas Hayslip, Christopher Nolan, Kanjiro Sakura, Yoshikuni Taki, Emma Thomas; Música: Hans Zimmer; Fotografia (cor): Wally Pfister; Montagem: Lee Smith; Casting: John Papsidera; Design de produção: Guy Dyas; Direcção artística: Luke Freeborn, Brad Ricker, Dean Wolcott; Decoração: Larry Dias, Douglas A. Mowat; Guarda-roupa: Jeffrey Kurland; Maquilhagem: Luisa Abel, Janice Alexander, Terry Baliel; Direcção de produção: Jan Foster, David E. Hall, Elona Tsou; Assistentes de realização: Richard Graysmark, Brandon Lambdin, Nilo Otero; Departamento de arte: Charlsey Adkins, Dominique Arcadio, Jim Barr, Aric Cheng; Som: Richard King; Efeitos especiais: Chris Corbould, John Fleming; Efeitos visuais: Richard Bain, Mikael Brosset, Monette Dubin, Paul J. Franklin; Companhias de produção: Warner Bros. Pictures, Legendary Pictures, Syncopy; Intérpretes: Leonardo DiCaprio (Cobb), Joseph Gordon-Levitt (Arthur), Ellen Page (Ariadne), Tom Hardy (Eames), Ken Watanabe (Saito), Dileep Rao (Yusuf), Cillian Murphy (Robert Fischer), Tom Berenger (Peter Browning), Marion Cotillard (Mal), Pete Postlethwaite (Maurice Fischer), Michael Caine (Miles), Lukas Haas (Nash), Tai-Li Lee, Claire Geare, Magnus Nolan, Taylor Geare, Johnathan Geare, Tohoru Masamune, Yuji Okumoto, Earl Cameron, Ryan Hayward, Miranda Nolan, Russ Fega, Tim Kelleher, Talulah Riley, etc. Duração: 148 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia TriStar Warner Filmes de Portugal; Classificação etária: M/ 12 anos; Data de estreia em Portugal: 22 de Julho de 2010.
4 comentários:
Vi há algum tempo este filme, e gostei bastante! Uma das coisas que me chamou a atenção na altura foi, precisamente, a reacção do público: os mais jovens falavam do filme como se o tivessem entendido, apesar das descontinuidades narrativas, os menos jovens acharam-no chato e pareciam não o ter percebido de todo...
O mesmo se passou em relação ao ao primeiro filme Matrix, que passei numa turma minha ( sou professora) de estudantes do Ensino Nocturno. A reacção foi semelhante: os mais jovens já tinham visto o filme e ficaram entusiasmados com a ideia de o poderem discutir em sala de aula; os mais velhos ( pessoas na casa dos quarenta e muitos...) não gostaram do filme, nem com explicações, tudo no filme lhes pareceu irreal e desinteressante, e nem a motivação dos mais jovens serviu para mudar as ideias...
Creio que isso se prende com o que o Lauro António referiu a propósito de Inception: a desadaptação dos menos jovens a novas linguagens narrativas que estão muito mais próximas dos jovens ...
Obrigada pelo artigo, creio que brevemente também irei passar Inception na sala de aula...
Eu gostei muito do filme. Sem dúvida, inteligente.
Também gostei de ler esta sua crítica.
Tão mauzinho que apetece pedir o dinheiro do bilhete de volta? Talvez. O máximo que se poderá dizer de Inception é que aquí e alí consegue ser ligeiramente interessante. Sempre, mas sempre, acreditem, é emocionalmente “flat”. Não há nada que a personagem de DiCaprio faz no fim que ele não poderia ter feito no início da história. Simplesmente passa por um monte de confusões, enredos patéticos que somam muitas sequências de acção (algumas bem amanhadas) à procura de um filme (que poderiam ser, muito bem, três filmes). A história é desnecessáriamente complicada, com os seus vários níveis de sonhos. Perde-se tanto tempo a tentar entender o que se passa no ecrãn, que não nos apetece, nem conseguimos, sentir qualquer tipo de emoção. Temos a noção exacta que tudo não passa de truques de computador. E nós alí, ( os que não tiveram coragem de sair mais cedo ) a rezar para que a carrinha caia depressa.
Deception.
http://zlfm.blogspot.com/2010/07/inception-o-filme-do-dia.html
PS1: Quem me dera ter gostado do filme, já que, pelos vistos, sería sinal que a malta é jovem.
PS2: Deixo aquí um "link" com uma história idêntica, já de 2002. É arrepiante.
http://disneycomics.free.fr/Ducks/Rosa/show.php?num=1&loc=D2002-033&s=date
Um filme sem dúvida espectacular, dos melhores que tenho visto ultimamente. agrada-me muito o facto de o filme ser complicado ao mesmo tempo que surge de uma ideia muito simples, o sonho, e que o pormenor de entrada nos vários níveis de sonhos seja uma queda, como aquelas falsas quedas que experienciamos quando estamos no início do nosso sono. O facto de nos pôr a pensar é extraordinário (eu sou daquelas pessoas que gosta de falar e chegar a conclusões com o companheiro do lado durante o filme, evidentemente sem perturbar o restante público), os melhores filmes são sempre aqueles que nos fazem pensar e discutir após o seu visionamento.
Enviar um comentário