sexta-feira, março 25, 2011

ACTRIZES QUE ME MARCARAM - VII

 ELIZABETH TAYLOR

Elizabeth Rosemond Taylor nasceu em Londres, a 27 de Fevereiro de 1932, e faleceu em Los Angeles, a 23 de Março de 2011. Estava eu a nascer, já ela era actriz, uma miudita linda, com dez anos, e andava ao lado de Mickey Rooney, Lassie e de cavalos luzidios, em “National Velvet”. Eram coisas de “Mulherzinhas”. 
Mas aos treze ou catorze anos, creio eu, já me tinha apaixonado por aquele rosto angelical de uma infinita sedução que sofria às mãos de um ambicioso sem moral, em “Um Lugar ao Sol”, obra-prima de George Stevens. Depois andei sempre a seu lado (infelizmente ao lado de muitos outros milhões) a vê-la em aventuras de cavaleiros impolutos, que terciam armas por ela, em “Ivanhoe”, “Beau Brummell”, “Quo Vadis”, e quejandos. Andei assombrado com ela em “A Última vez que vi Paris”. Foi a primeira vez que fui a Paris e logo com ela, a Liz, que estava deslumbrante. No melhor da sua forma, que prolongaria em “Gigante”, “Raintree County”, “Cat on a Hot Tin Roof”, “Suddenly, Last Summer”, nestes três últimos títulos sempre nomeada para o Óscar de melhor actriz (que não receberia por estes trabalhos soberbos, para ganhar, mais tarde, num filme que não acrescentou nada à sua glória, “Butterfield 8”).
Em 1963, foi Cleópatra e ponto final. Ninguém mais ousa ser Cleópatra e entrar em Roma como ela o fez. Pela mão de Nick Ray e do seu amado Richard Burton. Fez ainda coisas muito boas na década de 60: “The Sandpiper”, “Who's Afraid of Virginia Woolf? (outro Óscar de melhor actriz), “The Taming of the Shrew”, “Reflections in a Golden Eye” (dirigida pelo fabuloso Huston), “The Comedians”, “Boom!” e “Secret Ceremony” (ambos do agora injustamente quase desconhecido Losey). Continuou a entrar em filmes, telefilmes, e outras coisas tais. Foi “The Blue Bird”, sob a direcção de Cukor. Mas a “minha” Liz Taylor, mulher de coração grande que abraçava causas e maridos de forma generosa, fica eternizada nas imagens de “A Place in the Sun.” Linda de morrer. Quem é linda de morrer nunca morre.



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