A “FINAL” MAIS PORTUGUESA?
Em Dublin, decorreu na passada quarta-feira aquela que foi considerada a final da Taça Europa mais portuguesas de sempre. Na verdade, duas equipas portuguesas se defrontaram, num jogo que não foi tão fraco como o pintam, com boa réplica do Braga, e vitória justa, dados os falhanços do adversário, do F.C.Porto. Não vou entrar na questão da nacionalidade dos jogadores. A ser assim, se calhar a equipa mais portuguesa é o Real Madrid. Há jogadores para todos os gostos um pouco por todo o lado. Adiante.
Mas houve um aspecto que me desorientou muito. No final, os jogadores do F.C.Porto correram o campo todo envoltos nas bandeiras dos seus respectivos países. Viram-se, orgulhosamente erguidas, bandeiras do Brasil, da Argentina, da Colômbia, da Roménia, até de Cabo Verde (que Rolando empunhava em honra da sua terra natal, apesar de ser de naturalidade portuguesa). Pois bem, nem uma única bandeira portuguesa se viu, muito embora por ali houvesse um treinador e três ou quatro jogadores dessa nacionalidade.
Estranho, não? Nenhum orgulho nacional? Estão todos à espera de empunhar as bandeiras dos países para onde pensam emigrar?
Este comentário não tem nada de depreciativo para a colectividade, mas sim para a falta de orgulho de certos cidadãos que afinal nasceram, cresceram e fizeram-se o que são hoje em Portugal. Todos os outros estrangeiros tinham trazido a bandeira do seu pais para se enrolarem nela. Os portugueses esqueceram-se. Registe-se.
3 comentários:
Por acaso posso confirmar que o Gr do Porto, Beto, andava com uma bandeira Portuguesa no relvado.
"Estão todos à espera de empunhar as bandeiras dos países para onde pensam emigrar?"
Gostei do aparte.
Afinal, o que é ser português lá fora?
O blog está muito interessante.
Bravo!
Cumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês
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