sexta-feira, setembro 23, 2011

ABERTURA DO CICLO IRMÃOS MARX NO PORTO

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NA BIBLIOTECA ALMEIDA GARRETT,
PROSSEGUE A "INVICTA FILMES"
COM O CINEMA AMERICANO 
DA GRANDE DEPRESSÃO

quarta-feira, setembro 21, 2011

HOJE, NA RTP MEMÓRIA

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O DIA DE... RIBEIRINHO
O DIA DE... RIBEIRINHO

Uma emissão especial dedicada a Ribeirinho, na RTP Memória entre as 17 horas e a 1 da manhã.
Homem multifacetado, Francisco Carlos Lopes Ribeiro, que adoptou como nome artístico Ribeirinho foi, para além de actor, encenador e directo de diversas companhias de teatro. Por ocasião dos 100 anos do nascimento de Ribeirinho, a RTP Memória transmite uma emissão especial de oito horas durante a qual Júlio Isidro conversa com várias personalidades acerca deste nome maior do espectáculo português: José de Matos-Cruz (escritor), Lauro António (cineasta), Salvato Telles de Menezes (diretor executivo da Fundação D. Luis I), Vítor Pavão dos Santos (teatrólogo, museólogo e biógrafo), Jorge Leitão Ramos, um dos mais dinâmicos divulgadores de cinema e o autor Victor de Sousa. 
Os programas da RTP "Há Conversa" e “Fim do Século”, bem como “A Paródia”, de Lauro António, e os filmes “O Pai Tirano”, de António Lopes Ribeiro, e “O Grande Elias”, de Arthur uarte, fazem parte desta emissão especial. A ver.

quinta-feira, setembro 15, 2011

THE PRINTING BLOG

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O primeiro número, que esgotou, saiu em Agosto. O segundo, anunciam-no nas bancas no final desta semana. "The Printing Blog" é uma criação norte-americana que tem agora a sua versão portuguesa. É um trabalho de qualidade e muito interessante. Digamos que é a “outra face da moeda”. Muitos escrevem blogues porque não têm acesso a publicações impressas. Outros escrevem nos blogues porque estão fartos de publicações impressas. Eu escrevo em blogues porque gosto de escrever o que quero, como quero, curto ou longo, sem dar justificações a editores que as não merecem. Agora os escritores de blogues têm uma revista que parte dos blogues, para aparecer em escrita impressa. O slogan é excelente: “Como na Internet, mas inflamável”.
A escolha dos convidados tem sido criteriosa, o grafismo é moderno e sugestivo. Fui convidado para lá escrever, e aceitei de imediato, tanto mais que o convite partiu da amiga Mafalda Samuel Diniz. Aguardo com muita curiosidade este segundo número, cuja bela capa aqui deixo, para aguçar o apetite. O tema é “Qual o Nosso Papel”. Eu começo por dizer que é de embrulho. Saiba mais lendo, depois de comprar.

sábado, setembro 10, 2011

"AMADEUS" NO TEATRO


NO TEATRO NACIONAL DE D. MARIA II


“Amadeus”, de Peter Shaffer, estreado agora no Teatro Nacional D. Maria II, é um sugestivo pretexto para abordar um conjunto de temas de grande actualidade. Antes de mais, a própria escolha do reportório de um Teatro Nacional. Ao que se percebe, pelo que se viu na passada temporada e nesta que agora se inicia, e já foi publicitada, o D. Maria II escolheu, sob a direcção de Diogo Infante, um bom caminho, mesclando clássicos, modernos e vanguardistas, procurando nunca se afastar do grande público, tentando antes captá-lo para o teatro. “Amadeus” é muito bom teatro, moderno, actual, de um dos autores mais representativos do século XX inglês, que tem sido êxito nas principais salas mundiais, desde o West End londrino à Broadway nova-iorquina. Teatro que vai ao encontro do espectador, sem o defraudar.
Segundo ponto: “Amadeus” é uma brilhante criação sobre um dos assuntos que mais se prendem com o homem e o seu futuro. A independência criativa, a importância da criação artística e a relação do homem, qualquer homem, do mais humilde ao mais genial, com o poder, o “establishement”. A peça de Shaffer é uma criação artística ela mesmo, que partindo de factos reais e outros lendários, elabora sobre eles uma ficção. Uma ficção que, em certos aspectos, nos mais cruciais, se transforma em metáfora. Mozart e Salieri encontram-se em Viena, um e outro são compositores, músicos, à partida bem sucedidos na sociedade vienense, mas ambos representam realidades diferentes que aqui não só divergem, como se confrontam. Mozart é o génio que desde criança criou obras-primas que se tornaram alguns dos momentos de eleição da história da arte mundial, Salieri é o representante de uma arte mais convencional, perfeitamente integrada no sistema, respeitadora da ordem estabelecida.
Medíocre? Não tanto. Diz-nos a História real e não a lenda, que ele foi professor de Beethoven, Schubert e Liszt, e que muitas das suas obras sobreviveram ao tempo e ainda hoje são executadas com brio (não há muito, 2004, óperas suas foram ouvidas no Scala de Milão, e a grande Cecília Bartoli lançou um CD dedicado a Salieri, “The Salieri Álbum”). Salieri não foi um ignorado músico, mas uma das maiores glórias do seu tempo. Sabe-se que a glória em vida nem sempre é a glória para a posteridade, mas, neste caso, Salieri não morreu ignorado. Sobreviveu. Não só à custa da sua oposição a Mozart e da lenda de o ter envenenado. Talvez a sua grande tragédia fosse ter sido contemporâneo de um dos mais inspirados génios da música mundial. Tomara todos os medíocres do mundo terem a sorte de Salieri. Não se trata tanto de uns serem medíocres e outros génios. Nesse caso, todos seriamos medíocres ao lado dos raros Mozart da História Mundial.
O que torna o confronto Mozart-Salieri extraordinário e motivo de uma constante avaliação, é o facto de um ser um génio que não se integrou no seu tempo e por isso pagou com a vida e a hostilidade dos poderosos seus contemporâneos, e o outro ser um representante oficial do poder e se ter servido desse factor para destruir Mozart (metaforicamente para o “matar”, quer tenha sido por envenenamento ou por intrigas palacianas que o levaram à mais radical pobreza e à doença). Este, o grande tema de “Amadeus” e este terá sido igualmente o grande interesse de Milos Forman por esta obra, que levou vários anos a convencer Shaffer a adaptá-la ao cinema, e vários meses a reescrevê-la para a incluir na sua filmografia. Na verdade, “Amadeus”, filme, integra-se na perfeição na temática central de Milos Forman, e pode mesmo dizer-se que é a cereja em cima do bolo, o ponto mais perceptível dessa preocupação: o confronto do indivíduo “diferente” com a comunidade convencional, com o poder instituído, com as artimanhas, corrupção, intrigas, mesquinhas vinganças e malvadezas diversificadas que destroem quem não se integra ou se molda. 
O que assistimos durante a inteligente peça de Peter Shaffer e a sua magnífica encenação no D. Maria II, é à sucessão de ardis engendrados por Salieri para destruir Mozart, com uma agravante: Salieri soube, sempre o soube desde o primeiro minuto, que Mozart era um génio. Toda a sua perversidade se dirigia contra alguém que ele sabia superior a si, e só por isso arquitectou todos aqueles (reais ou imaginados) sinistros esquemas de demolição do artista e do homem. Foi a inveja, a vingança, tudo o que há de mais mesquinho no homem que o conduziu, que o orientou.
Medíocres podemos ser todos, mesquinhos e perversos a este ponto, só alguns. Só os que sabem ter por detrás de si o poder, só os que se movimentam nos meandros palacianos, só os que, ao contrário de Mozart, se mostram hábeis no jogo das influências e das conjuras. Mozart compunha música, gostava de ser bem pago por ela, gostava dos aplausos a premiar o seu trabalho, mas não bajulava a corte, não transigia, não pactuava. A sua música era o que ele queria que ela fosse. Julgava-se por isso no direito que lhe assistia de ser recompensado. Mas a velhacaria de quem se sentia ameaçado tudo fez para o destruir. Consegui-o em vida, é verdade. Mas não o conseguiu para a posteridade, neste caso.
Na sua infernizada velhice (quando começa a peça de Shaffer, com o moribundo Salieri a recordar o seu tempo com Mozart), Salieri evoca toda a sua vida passada, toda a maldade que inventou e cometeu para destruir o rival, e sente remorsos por isso. Ele, que desafiou Deus, um Deus que dera a Mozart a inspiração divina e reservara para si um papel subalterno, sente-se agora perdido e injustiçado, perante a glória de Mozart que não se cansa de se elevar nos palcos de todo o mundo. Finalmente, a maldade é castigada e a irreverente tumultuosidade, quase infantil e ingénua, de Mozart é premiada.
A peça de Peter Shaffer não inventa toda esta intriga palaciana, nem sequer o envenenamento de Mozart. A lenda vem de trás, há testemunhos que falam de confissões de Salieri, à beira da morte, e o poeta e dramaturgo russo Aleksandr Pushkin, na sua obra "Mozart e Salieri", de 1831, criou este confronto entre os dois compositores, e colocou-o a circular. Shaffer serviu-se de todo este manancial para desenvolver um ponto de vista. Fê-lo de forma muito hábil e inteligente, cruzando tempos diferentes, com Salieri a ser sempre interpretado pelo mesmo actor, que por vezes se dirige directamente ao público, tornando-o testemunha activa do que vê e ouve. A encenação do britânico Tim Carroll é engenhosa e clarifica o texto, servindo-se de um bom cenário de F. Ribeiro, que, no segundo acto, atinge um momento excelente com o desdobrar do espaço do próprio teatro D. Maria II para os bastidores, criando assim uma zona onde o palco se integra no próprio palco. Os figurinos de StoryTailors são muito bons e o desenho de luz de Daniel Worm D´Assumpção igualmente brilhante.
Entre os actores, há um outro confronto, este bem menos dramático do que o das personagens. Diogo Infante é excelente na criação de Salieri, com dois tempos muito definidos e muito bem diferenciados, e Ivo Canelas atinge momentos notáveis, sobretudo no início do segundo acto. Ambos têm um trabalho difícil pela frente, pois todos recordamos o filme e as soberbas actuações de F. Murray Abraham (Antonio Salieri) e Tom Hulce (Wolfgang Amadeus Mozart). Mas ambos não se saem mal do confronto, bem como o saboroso João Lagarto, na figura do Imperador José II, ou Carla Chambel, na personagem de Constanze, mulher de Mozart. De resto, todo o demais elenco é muito bem dirigido e consegue uma homogeneidade de tom de salientar. A tradução de Maria João da Rocha Afonso é também de saudar.
Temos, portanto, no Teatro Nacional de D. Maria II, um espectáculo a não perder.


AMADEUS
Peça de Peter Shaffer; tradução Maria João da Rocha Afonso; encenação Tim Carroll; cenografia F. Ribeiro; figurinos StoryTailors; cabeleiras Helena Vaz Pereira / Griffe Hairstyle; desenho de luz Daniel Worm D´Assumpção; consultor musical James Oxley; interpretação Ivo Canelas, Diogo Infante, Carla Chambel, João Lagarto, Rogério Vieira, Manuel Coelho, Luís Lucas, José Neves e Martinho Silva; figuração especial Bernardo Chatillon, Isabel Costa, Joana Cotrim, João Pedro Mamede, Luís Geraldo e Maria Jorge (da Escola Superior de Teatro e Cinema); produção TNDM II.

sexta-feira, setembro 09, 2011

"AMADEUS" NO CINEMA

 
Estreou-se ontem, dia 8 de Setembro de 2011, no Teatro Nacional de D. Maria II, "Amadeus", a peça de Peter Shaffer. Um bom espectáculo, a não perder, que desde já recomendo, e de falarei mais adiante. 
Mas a curiosidade levou-me a recuar até 1985, Fevereiro, e reler o que então escrevi sobre o filme de Milos Forman. Aqui fica.
“AMADEUS”, de Milos Forman

“Amadeus" foi, inicialmente, uma peça de teatro de Peter Shaffer que apaixonou as plateias dos palcos londrinos e americanos, tendo sido encenada e interpretada também por Roman Polanski, em Paris. Mais tarde, seria Milos Forman, outro cineasta do Leste radicado no Ocidente, a interessar-se pela obra para a transpor para o cinema.

A peça não procurava biografar a vida de Wolfgang Amadeus Mozart, mas dar dela a visão de António Salieri, músico oficial da corte de Viena, que manteve com o singular compositor uma relação tumultuosa, mas secreta, de paixão e ódio, de admiração e despeito, de atracção e ciúme. A peça estruturava-se como uma memória monologada em direcção ao público, onde sobressaia o choque de personalidades entre Mozart e Salieri e entre Mozart e o seu tempo. A componente musical era diminuta (cerca de dez minutos), por confessada incapacidade de Peter Shaffer para a introduzir, com uma maior insistência, no espectáculo. Este seria um aspecto que Milos Forman iria tratar com grande desenvoltura na versão cinematográfica, onde teve ainda o ensejo de aproveitar todas as potencialidades que o cinema oferecia para uma soberba reconstituição da época, não como cenário decorativo onde se inscreve uma acção, mas como elemento (fundamentalmente integrante, componente imprescindível de expressividade no contexto global de filme.
Um dos temas caros a toda a obra de Milos Forman, e que vem já da sua época checoslovaca. dos tempos de “Os Amores de Uma Loura”. de “Cerny Petr”, de “O Baile dos Bombeiros”. e que se irá desenvolver em “Taking Off”, “Voando Sobre Um Ninho de Cucos”, “Hair” ou “Ragtime”, os seus títulos americanos, é precisamente o confronto entre o rebelde e a sociedade do seu tempo, que. não o podendo, não o querendo, ou não o sabendo assimilar, o destrói. “Voando Sobre Um Ninho de Cucos” é, neste particular exemplar, tal como o passará a ser igualmente, a partir de agora, “Amadeus”, ainda com maiores razões, se possível, dado que se trata de uma obra mais complexa e rica. 

Para a sua adaptação ao cinema, Milos Forman e Peter Shaffer encontraram soluções admiráveis para tornar mais explícitos certos aspectos da obra teatral. A escolha de um padre para assistir à confissão de Salieri é uma delas. O filme inicia-se por uma tentativa de suicídio de Salieri, já velho e atormentado pelos remorsos de ter destruído Mozart.
“Perdoa-me, Mozart, perdoa ao teu assassino!” é o grito que se percebe por detrás de uma porta fechada, onde agoniza o velho músico da corte de Viena. Conduzido a um manicómio, aí receberá a visita de um padre que irá escutar a sua confissão, numa altura em que não existiam ainda os psiquiatras, e que Irá funcionar como uma consulta desse tipo. Salieri revela a esse jovem padre todo o drama que transporta consigo desde o tempo em que Mozart irrompeu pela corte de Viena e pôs em causa o seu prestígio, o valor da sua música e, sobretudo, a sua auto-confiança. Porque, para lá de tudo o mais, Salieri “sabe” que Mozart é o grande músico, o talento, que ele nunca conseguiu, nem conseguirá vir a ser. A forma como este toca de ouvido a composição que Salieri criara para saudar a sua chegada, e logo ali a transforma, e transfigura, num rasgo de génio, para sempre irá perturbar o equilíbrio de Salieri.
Perturbação que se manterá, recalcada no mais íntimo daquele homem puritano e casto, que oferece a Deus a sua vida, a troco de uma dádiva de génio que nunca recebeu, e descobre estampada no rosto daquele miúdo, irreverente e impudico, que surpreende enrolado debaixo das saias de uma qualquer cortesã. Salieri sabe que Deus o abandonou e revolta-se contra a divindade que assim procede, numa cena que marcará toda a obra. A partir daí Salieri idealiza um assassínio premeditado à distância, com uma transferência de talento que se concretiza à beira da morte de Mozart, quando este lhe vai ditando as notas que irão compor o “Requiem” que acompanhará o seu enterro. Salieri junto ã sua cama assiste fascinado à criação de um génio. E nós, espectadores eleitos deste acto sublime, descobrimos como se constrói, nota a nota, uma obra musical, numa autêntica lição de música. Empolgante e admirável. 

Como empolgante e admirável é todo este filme marcado por rasgos de génio, onde Milos Forman atinge um dos momentos mais altos da sua carreira. Dois actores, inspirados e rigorosos no seu trabalho, oferecem o corpo a Amadeus e Salieri: Tom Hulce e F. Murray Abraham. O primeiro é um Mozart turbulento e louco, infantil e inocente, desbocado e brejeiro, tocado pela graça divina e transbordante de energia e de criatividade até ao último momento de vida. O outro é o frio e ressequido Salieri, escondendo, atrás de uma máscara seca e austera, todo o turbilhão de sentimentos contraditórios que o invade.
Notável é a banda sonora, com um aproveitamento original e quase didáctico da música de Mozart para, através dela, melhor se servirem as intenções do filme. Não só a cena derradeira da escrita do “Requiem” é fabulosamenle bem conseguida, como o são igualmente todas as outras onde surgem excertos de obras musicais de Mozart. Brilhante é ainda a fotografia de Miroslav Ondricek, funcionando como precioso auxiliar da arte do decorador e do cineasta, para reconstruir um tempo e uma época. Um filme empolgante. Uma obra-prima. 

AMADEUS

Título original: Amadeus
Realização: Milos Forman (EUA, 1984); Argumento: Peter Shaffer, segundo obra teatral homónima de sua autoria; Produção: Michael Hausman, Bertil Ohlsson, Saul Zaentz; Música: Wolfgang Amadeus Mozart (excertos); Fotografia (cor): Miroslav Ondrícek; Montagem: Michael Chandler, Nena Danevic, T.M. Christopher (montagem de 2002: “director's cut”); Casting: Maggie Cartier, Mary Goldberg; Design de produção: Patrizia von Brandenstein; Direcção artística: Karel Cerný; Guarda-roupa: Theodor Pistek, Christian Thuri; Maquilhagem: Paul LeBlanc, Jiri Simon, Dick Smith; Direcção de Produção: James Fee, Ronald Jacobs, Václav Rouha; Assistentes de realização: Michael Hausman, Jan Kubista, Petr Makovicka, Tommaso Mottola, Jan Schmidt, Tomás Tintera, Mirek Lux; Francesco Chianese, Karel Koci, Michael Ross, Josef Svoboda; Som: Tomas Cervenka, Jan Friedrich, Vivien Hillgrove Gilliam, John Nutt, B.J. Sears, Milan Sodomka, Ivo Spalj; Efeitos especiais: Bill Cohen, Ian Corbould, Neil Corbould, Paul Corbould, Gordon Coxon, Steve Crawley, Ricky Farns, Dave Garrett, Martin Gutteridge, Jimmy Harris, Garth Inns, Kevin Mathews, Kevin Mathews, Brian Smithies; Efeitos visuais: Thomas Baker; Companhias de produção: The Saul Zaentz Company; Intérpretes: F. Murray Abraham (Antonio Salieri), Tom Hulce (Wolfgang Amadeus Mozart), Elizabeth Berridge (Constanze Mozart), Simon Callow (Emanuel Schikaneder / Papageno), Roy Dotrice (Leopold Mozart), Christine Ebersole (Katerina Cavalieri / Constanza), Jeffrey Jones (Imperador Joseph II), Charles Kay (Conde Orsini-Rosenberg), Kenny Baker, Lisabeth Bartlett, Barbara Bryne, Martin Cavina, Roderick Cook, Milan Demjanenko, Peter DiGesu, Richard Frank, Patrick Hines, Nicholas Kepros, Philip Lenkowsky, Herman Meckler, Jonathan Moore, Cynthia Nixon, Brian Pettifer, Vincent Schiavelli, Douglas Seale, Miroslav Sekera, John Strauss, Karl-Heinz Teuber, Miro Grisa, Helena Cihelnikova, Karel Gult, Zuzana Kadlecova, Magda Celakovska, Slavena Drasilova, Eva Senková, Leos Kratochvil, Gino Zeman, Janoslav Mikulín, Ladislav Krecmer, Karel Fiala, Jan Blazek, Zdenek Jelen, Milada Cechalova, etc. Duração: 160 minutos (180, “director’s cut); Distribuição em Portugal: Filmes Castello Lopes; Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em Portugal: 21 de Fevereiro de 1985.