Benefício
Fiscal? Para quem?
Rezam
as notícias do dia, o seguinte: “As famílias vão contar, a partir de 2013, com
um novo benefício fiscal: passam a poder abater ao seu IRS 5% do IVA que pagam
cada vez que fazem uma compra, até ao limite de 250 euros. Mas este tecto não
será fácil de atingir para a generalidade dos portugueses porque para lá chegar
será necessário gastar e reunir facturas na ordem dos 26 637 euros”.
Ora
parece que nada ainda esta definitivamente legislado, mas julga-se que as
despesas que podem ser deduzidas são, segundo alguma informação social, hotéis,
carros, cabeleireiros, refeições, cafés, produtos de beleza, etc.
Grande
medida para atenuar um pouco a crise que vai larga e farta. Sobretudo para
pequenos e médios ordenados.
Que
serão os obviamente mais protegidos por esta medida?
Acredita
mesmo que serão os pequenos e médios ordenados a reunir facturação no valor de 26
637 euros por ano? Então a quem se destina esta medida? Aos do costume, para
quem mais ou menos 250 euros nada dirá.
Ok.
Não se trata tanto de privilegiar as famílias mais carenciadas mas de incitar
ao consumo de certos produtos. Como por exemplo, a cultura, o livro, as
revistas, os espectáculos, o cinema, o teatro, a opera, o circo, a educação?
Não
vi, em nenhuma das publicações lidas, qualquer referência a nada disto. Apenas
a hotéis, carros, cabeleireiros, refeições, produtos de beleza, e quejandos. Em
suma: as preocupações dos nossos governantes!
Depois
dizem que é para combater a economia paralela. Essa também tem graça. Cafés e
restaurantes são economia paralela? Hotéis, carros, cabeleireiros, produtos de
beleza são economia paralela?
Enfim,
mais uma lei perfeitamente à medida de quem a engendra.
Esperemos
pela sua implementação definitiva para ver como será na realidade. Mas tudo me
leva a crer que seja apenas uma nova forma de cobrar impostos sobre os mesmos,
e de “auxiliar” quem não precisa.
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