PORTUGAL DE PATRÍCIA REIS
Acabei de ver na RTP-1 um documentário belíssimo, “Portugal
de Patrícia Reis”. Faz parte de uma série produzida pela “Até ao Fim do Mundo”,
ao que soube este é o segundo de um grupo de oito (o primeiro teria sido o “Portugal
de José Luís Peixoto”, que infelizmente não vi), Luís Osório conduziu a
entrevista à escritora e jornalista e André Banza realizou. Brilhante. Acreditem
que tem sido muito difícil eu chamar brilhante a trabalhos da televisão
portuguesa. Mas este é-o.
Patrícia Reis é uma mulher fascinante, fica-se facilmente
preso ao seu discurso, é certeira na forma como caracteriza os portugueses e
Portugal, tem uma forma amarga e terna de nos olhar (de se olhar), gosta de fados
e de pastéis de nata e de bolos de bacalhau, atravessa o Tejo e vai à Feira da
Ladra, vive na Expo e tem um marido igualmente interessante de acompanhar, apesar
de ser do Benfica. Mas enfim, ninguém é perfeito. E a inteligência tudo
desculpa.
Depois a realização é notável, de inteligência, de
sensibilidade, de acerto na forma como enquadra, como se aproxima das pessoas,
como nos restitui climas e ambientes, como se empenha em cada imagem, como recusa
a preguiça de encher chouriços, como procura o plano certo para acompanha uma frase.
Fica o aviso: revejam o episódio no site da RTP-1,
vale a pena, e estejam atentos a próximas quartas-feiras, cerca das 22 horas. A
série promete.
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