NAGISA OSHIMA
Morreu Nagisa Oshima, um dos cineastas japoneses
mais importantes depois da fabulosa tríade Mizoguchi, Kurosawa, Ozu. De Oshima
ficou na lembrança de todos “O Império dos Sentidos”, esse poema erótico sobre a
história de um “amor louco”, onde Eros e Tanatos se conjugavam num oceano de esperma
e sangue, de prazer e dor. Provocatório e sublime, o filme estreou em sala, em
Portugal, em 1976, com ruído óbvio, e seria passado na televisão, já em 1991,
ocasionando um vendaval de reacções. Mas Oshima não é só “O Império dos
Sentidos”, e para trás ficavam obras admiráveis como “O Enforcamento” (1968), “Diário
de um Ladrão” (1969), “O Menino” (1969), “A Cerimónia” (1971) ou “Um Verão em
Okinawa” (1972), para só citar alguns títulos estreados comercialmente no nosso
país. Posteriores a “O Império dos Sentidos” (1976), há ainda a referir “O
Império da Paixão” (1978), “Feliz Natal, Mr. Lawrence” (1983) ou “Max, Meu Amor”
(1986). Uma carreira absolutamente notável de um cineasta que acaba de falecer
aos 80 anos (31 Março 1932 – 14 Janeiro 2013).
Em 1976, Oshima e “O Império dos Sentidos” foram
destaque no número 1 de uma revista que então eu dirigia, “Isto é Espectáculo”.
Aqui ficam, em homenagem ao cineasta, a capa e um dos meus textos que nela
apareciam.
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