HUGO CARVANA,
O
“MALANDRO CARIOCA”, MORREU
Com 77 anos, acabou por
falecer num hospital do Rio de Janeiro, Hugo Carvana, vítima de um cancro do pulmão. Muito
conhecido como actor de telenovelas (“Insensato Coração”, “Celebridade”, “Cara
e Coroa” ou “Gabriela”), Hugo Carvana teve um papel importante no cinema brasileiro,
quer como actor, quer como realizador (“Vai Trabalhar, Vagabundo”, “Bar Esperança” ou “O Homem Nu”). Na sua morte, Carlos
Diegues sintetizou o seu lugar na cinematografia do seu país: “Eu costumava brincar: se o Cinema Novo
tivesse um rosto, o rosto seria o dele, sem dúvida alguma.” Como actor foi efectivamente o rosto de alguns dos mais significativos títulos do Novo Cinema Brasileiro,
trabalhando com quase todos os grandes dessa época: com Ruy Guerra (“Os Cafajestes”
e “Os Fuzis”), Paulo César Sarraceni (“O Desafio”), Leon Hirszman (“A Falecida”),
Joaquim Pedro de Andrade (“Macunaíma”), Cacá Diegues (“A Grande Cidade”, “Os Herdeiros”
e “Quando o Carnaval Chegar”) ou Glauber Rocha (“Câncer”, “O Leão de Sete Cabeças”
e “Terra em Transe”).
Esteve em Portugal em 1997,
para apresentar no Cine Eco, que então eu dirigia, a sua longa-metragem “O
Homem Nu”. Num ano em que estiveram igualmente presentes, entre alguns outros
mais, nomes como os dos brasileiros Cláudio Marzo e Daniele Valente, da francesa Alexandra
Stewart, dos portugueses Ana Sousa Dias, Camacho Costa, Manuel Costa e Silva, Rita
Nunes, José Pedro Andrade Santos, Francisco
Manso e Carlos Brandão Lucas, que seria homenageado.
Ficam algumas fotos para
recordar um grande homem do espectáculo e um festival internacional de cinema.
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