VÍTIMAS
DO HOLOCAUSTO
Ontem foi o Dia da
Memória pelas Vítimas do Holocausto. Não fui a tempo de aqui recordar alguns
filmes que gostaria de referir sobre o tema. Mas faço-o agora, por imperativo
de consciência, numa altura em que o mundo precisa tanto de não esquecer o que alguns
loucos, sem rédea curta, podem provocar.
Uma dessas obras, “Memory
of the Camps”, de Sidney Bernstein, só foi visível há pouco tempo. Reúne
filmagens, muitas inéditas até muito recentemente, das equipas cinematográficas
norte-americanas, soviéticas e inglesas que entraram nos campos de concentração
nazis, logo após a libertação. Imagens absolutamente indescritíveis que urge não
esquecer. Alfred Hitchcock ajudou a terminar o projecto. O documentário esteve
para ser lançado pouco depois do fim da II Guerra Mundial, mas os Aliados
julgaram por bem arquivá-lo, para não traumatizar mais os germânicos. Enfim… A
verdade é que o trabalho esteve congelado até 1985, quando foi descoberto pela “Frontline”
que o recuperou e terminou. Encontra-se editado em DVD desde 2015. É um
testemunho absolutamente arrepiante. Quem o puder ver, não o deve perder.
Mas existe, editado em
Portugal pela Midas, um outro documentário, “A Noite Cairá” (Night Will Fall),
de André Singer que, além de apresentar excerto do filme de Bernstein, ainda
conta todas as peripécias por que passou este filme absolutamente
impressionante. É uma experiência muito interessante de acompanhar. Histórica,
politica e cinematograficamente. Edificante. Vale a pena ver.
E já que falamos em Holocausto,
e em Midas, dois outros filmes editados por esta empresa, que não deve perder: “O
Homem Decente” (The Decent One), de Vanessa Lapa, sobre a vida e “obra” de Heinrich
Himmler, e “O Filho de Saul” (Saul Fia), do húngaro Lásló Nemes, uma nova visão
do campo de extermínio nazi de Auschwitz, que ganhou o Oscar de Melhor Filme em
Língua não Inglesa em 2016. A não perder igualmente.
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