“DOUTOR ESTRANHO AMOR”
(Ou como aprendi a amar o preservativo e deixei de me preocupar)
Recebi de uma “velha” amiga (“velha” é como quem diz, já a conheço há alguns anos, era ela menina e moça), a Leonor Areal, um email que rezava assim:
“Doutor Estranho Amor”
(Ou como aprendi a amar o preservativo e deixei de me preocupar)
Um filme de Leonor Areal
Exibição em 21 de Setembro
às 15h30 no cinema Quarteto
Integrado no Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa
E explicava-se o que era o filme: “Este documentário mostra uma Brigada de estudantes de medicina que faz prevenção da SIDA numa escola. Ao longo de 10 semanas, acompanhamos os seus insucessos e conquistas junto de uma turma de adolescentes problemáticos. Um filme que nos coloca inúmeras questões sobre como falar de sexualidade, centrando o seu olhar no confronto de valores dos intervenientes e nos laços entre eles criados, ao longo desta experiência de mudar comportamentos e consciências.”
Mais informações em:
http://videamus.planetaclix.pt/doutor_estranho_amor.htm Mais informações em:
Ora bem, não vi o filme em questão, mas conhecendo alguns trabalhos da Leonor, mau não é certamente. Valerá seguramente a deslocação. Mas o título, a glosar Kubrick, é perverso: “Doutor Estranho Amor” (ou como aprendi a amar o preservativo e deixei de me preocupar). Deixei de me preocupar com o acto, com o parceiro? Por essa de “amar o preservativo”, alguém se deixa encantar? O "outro" amava a “bomba atómica”, era irónico, e muito. Este se é irónico, não funciona. Se é sério, meu Deus, onde nos levam as novas tecnologias, a amar o preservativo! É a isto que se chama “tomar a parte pelo todo”. Se alguém vir passar um garboso militar e disser: “Que bem que lhe fica a farda”, ou “que bonito que vai com aquela farda”, enfim, não é o ideal, mas cai bem. Agora se o virem passar e disserem: “Que bela farda!”, acho que o militar se sente diminuído. Daí a um grave problema psicológico, vai um instantinho. Mas pode ser muito mais grave: um par de namorado no momento de intenso clímax, ela olhar para ele, e segreda-lhe: “Amo o preservativo”. Não poderá ser causa de disfunção e impotência instantânea?
Leonor não leve a mal a brincadeira, e espero que a apresentação seja um "sussexo". "Seguro". Se puder lá estarei. Não sei se num blog ficará bem, mas “Muita merda!”
Leonor não leve a mal a brincadeira, e espero que a apresentação seja um "sussexo". "Seguro". Se puder lá estarei. Não sei se num blog ficará bem, mas “Muita merda!”
1 comentário:
Um dos documentários mais interessantes que vi nos últimos anos. É incrível a forma como se lida com problemas consideradus tabu sem se cair no sensacionalismo. A ver e rever.
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