domingo, setembro 10, 2006

UM BLOG (POR DIA) PARA VISITAR (25)

"MALDITO CINEMA"


malditocinema” (que tem o derradeiro olhar de Kubrick como padrinho) descobri-o através da “Gola Alta” e fui atrás dele, guiado pelo cinema, maldito cinema. Descobri que a autora, mulher de 33 anos, de signo peixes e de ano do zodíaco, Ox, definia assim o que escrevia: “Eu achava-me esquisita até ver um retrato cinzento e um beijo rasgado na boca transparente.” Como primeiro post a ler, um retrato de David Mourão Ferreira, um dos meus poetas do amor (e da vida) preferido, assinado por Mário Cabrita Gil, e dois versos de um poema. Sublimes, como sempre em David. Escutem:



Sexta-feira, Junho 16, 2006
a celebração
David Mourão-Ferreira (1927-1996)
Fotografia Mário Cabrita Gil

Quem foi que à tua pele conferiu esse papel
de mais que a tua pele ser pele da minha pele.
posted by maldito cinema at 2:03 PM

E continuei lendo, curtos comentários

Quarta-feira, Fevereiro 15, 2006
Escrevo-te agora porque sei que o fiz nos anos da espera, no tempo do silêncio. Escrevo-te agora porque sei que te digo o lugar onde estou. Escrevo-te agora porque se não for noutra vida, que seja nesta.
posted by maldito cinema at 11:28 AM


Terça-feira, Fevereiro 14, 2006
... e o que digo está tão longe
como o mar está do céu...
posted by maldito cinema at 1:49 AM

Quinta-feira, Fevereiro 09, 2006
Deixei-me ir numa subtileza de imagem, sabendo que o intocável é sempre o mais puro. Em Brokeback Moutain, o amor se diz por entre os silêncios. Dois homens que se amam de dor e a memória que ultrapassa a rigidez.
Até ao final do filme, esperei por um lugar comum, um sítio fácil, mas nunca me deixou agarrar a um fio de quotidiano. Esperei e até ao fim e apenas as águas do rio me diziam que a minha vida também se esgota. E por fim, caí do céu. E lembrei o amor.
Em tons de agonia.
posted by maldito cinema at 3:35 AM

Tudo muito discreto, secreto, límpido, raro. Raro como os raros post deste blog a merecer continuação. Não sei quem és, e não posso dizer que não me interessa, mas continua a escrever. Gosto de te ler, “maldito cinema”.

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