ALICES, SEM TÍTULO
Não é a primeira vez que falo dele neste meu blogue. Já noutras ocasiões escrevi sobre o Intruso, blogue de João Concha, arquitecto, designer, ilustrador, pintor, e afável bloguista, de traço elegante e sóbrio, aparentemente homem tímido e reservado, mas senhor de uma forte personalidade que se esconde por detrás de uma discreta bonomia e transmissível simpatia. Pois o Intruso inaugurou no passado sábado, dia 2 de Junho, na Casa da Cultura do Cartaxo, uma exposição chamada “Alices, sem título”, que é uma excelente afirmação do seu talento, para quem não o conhecia ainda.
João Concha nasceu em 1980, em Évora, e aos 18 anos vem para Lisboa, onde se licencia em Arquitectura. Agora esta exposição afirma-o como ilustrador e pintor sensível, inventivo, iconoclasta. A ter em conta, a partir de hoje. Por mim, já o tinha em conta há mais tempo, descoberto que foi nas ilustrações do seu blogue, onde vi e assinalei os esboços iniciais destas “Alices”. A partir desse contacto, convidei-o para um projecto comum (que talvez se concretize, ele o dirá!), por acreditar obviamente na justeza do seu traço. Mas estas “Alices” confirmam-no, para quem o não conhecia.
João Concha pega na personagem de Alice, tal como a conhecemos das gravuras de Sir John Tenniel (que ilustrou a primeira edição da obra de Lewis Carroll), e coloca-a nos mais diversos contextos, muitas vezes a fugir aos contextos, outras quase só pressentida nos contextos, e relança-a para novas leituras. Ou para nenhuma leitura outra que não seja a do seu diálogo com a matéria gráfica, as texturas, as tintas, a plasticidade da matéria, as cores, as formas, as proporções, a miniatura aqui, o gigantismo acolá, o pulsar de um coração, a presença de um botão que o deixa de ser ou de um pente que se metamorfoseia, uma porta a abrir para o mistério, a ameaça desconhecida, uma fuga de um campo verde (este é meu, cheguei tarde para optar por outros, mas gosto muito deste, para que estou a olhar na foto que a MEC me tirou).
João Concha nasceu em 1980, em Évora, e aos 18 anos vem para Lisboa, onde se licencia em Arquitectura. Agora esta exposição afirma-o como ilustrador e pintor sensível, inventivo, iconoclasta. A ter em conta, a partir de hoje. Por mim, já o tinha em conta há mais tempo, descoberto que foi nas ilustrações do seu blogue, onde vi e assinalei os esboços iniciais destas “Alices”. A partir desse contacto, convidei-o para um projecto comum (que talvez se concretize, ele o dirá!), por acreditar obviamente na justeza do seu traço. Mas estas “Alices” confirmam-no, para quem o não conhecia.
João Concha pega na personagem de Alice, tal como a conhecemos das gravuras de Sir John Tenniel (que ilustrou a primeira edição da obra de Lewis Carroll), e coloca-a nos mais diversos contextos, muitas vezes a fugir aos contextos, outras quase só pressentida nos contextos, e relança-a para novas leituras. Ou para nenhuma leitura outra que não seja a do seu diálogo com a matéria gráfica, as texturas, as tintas, a plasticidade da matéria, as cores, as formas, as proporções, a miniatura aqui, o gigantismo acolá, o pulsar de um coração, a presença de um botão que o deixa de ser ou de um pente que se metamorfoseia, uma porta a abrir para o mistério, a ameaça desconhecida, uma fuga de um campo verde (este é meu, cheguei tarde para optar por outros, mas gosto muito deste, para que estou a olhar na foto que a MEC me tirou).
Boa a exposição e muito boa a Casa da Cultura do Cartaxo (que tem acoplado um Auditório, onde cheguei tarde para ver o Bruno Schiappa no seu novo espectáculo, mas ele não perde pela demora, que o apanho por aí, noutra ocasião).
“Terra do Vinho”, como aparece escrito por cada canto da cidade, o Cartaxo já foi minha passagem regular quando ia visitar o João Maria Tudela, a Filomena e as crianças, que por ali perto têm casa, na Lapa, e quando o Frederico gravava “A Estrela” na Eireira (com a amigável colaboração da Maria do Céu Guerra e do Camacho Costa, saudade Camacho!). Mas há muito que por lá não passava e está uma terra bonita, na meia hora de entardecer que deu para ver a percorrer as ruas à volta da Câmara Municipal. Come-se razoavelmente bem no “Batalhoz”, onde vi Portugal ganhar à Bélgica, e, de volta, a excursão que regressou a Lisboa por estradas de um Portugal profundo, deu certamente por bem empregue esta fuga à rotina, esta viagem ao outro lado do espelhos destes citadinos empedernidos que, todavia, não se cansam de procurar “Alices” um pouco por todo o lado, mesmo “sem titulo”, quiçá mesmo sem títulos para melhor a compreenderem e adoptarem.
Assim foi, e ficam algumas fotos para o documentar.
“Terra do Vinho”, como aparece escrito por cada canto da cidade, o Cartaxo já foi minha passagem regular quando ia visitar o João Maria Tudela, a Filomena e as crianças, que por ali perto têm casa, na Lapa, e quando o Frederico gravava “A Estrela” na Eireira (com a amigável colaboração da Maria do Céu Guerra e do Camacho Costa, saudade Camacho!). Mas há muito que por lá não passava e está uma terra bonita, na meia hora de entardecer que deu para ver a percorrer as ruas à volta da Câmara Municipal. Come-se razoavelmente bem no “Batalhoz”, onde vi Portugal ganhar à Bélgica, e, de volta, a excursão que regressou a Lisboa por estradas de um Portugal profundo, deu certamente por bem empregue esta fuga à rotina, esta viagem ao outro lado do espelhos destes citadinos empedernidos que, todavia, não se cansam de procurar “Alices” um pouco por todo o lado, mesmo “sem titulo”, quiçá mesmo sem títulos para melhor a compreenderem e adoptarem.
Assim foi, e ficam algumas fotos para o documentar.
Casa da Cultura do Cartaxo. Ex. Noite
Fotos de MEC, LA e S.
10 comentários:
Está até quando?
Isso é para as bandas do Pai...
Bjs
Muitos parabéns ao Intruso!!
[obrigado Lauro,
pela sua presença lá, pela referência aqui à exposição...
...a timidez impedem-me de dizer muito mais...
fico-me pelo agradecimento]
abraço
Eu sei que o joão merece, mas de mim não dizem coisas assim tão bonitas!!!(Ah, a alice também é minha!)
bom...
até que ficou bem. tu mereces menino.
granda joao
quando cá lhegares eu pergunto.
good post sr lauro
parabéns meu amigo João! grande exposição!!!!!!!!!!!!!!!!
vou publicar algumas Alices. consegui algumas fotografias menos más.
beijosssssssssss
Esperemos que as exposições continuem a crescer (como a Alice...)
grande noite!!!!!!!!...
lezíria em couve...
_________________________
Magnífico João!
beijosssssssss
não conheço e todo a Obra! Mas terei o maior gosto em visitar a exposição.:)
Peço desculpa, bem sei que isto não tem nada a ver com o tema. Mas mais uma vez vamos ter no dia 07/07/2007 dois espetaculos ao vivo nas tv´s de portuguesas.A entrega dos premios das 7 maravilhas na TVI e O Live EARTH da RTP.Aqui o caso é diferente, pois tratam-se de organizações internacionais e tanto a TVI como a RTP não têm culpa só é pena isto voltar a acontecer.O Evento feito em Portugal parece-me a mim que vai ficar em 2 plano em relação ao outro o que tambem não é bom para a divulgação do nosso nosso país.
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