domingo, julho 13, 2008

CINEMA: O PANDA DO KUNG FU






O PANDA DO KUNG FU
Um urso panda não parece ser o animal que melhor se identifica com as artes marciais, nomeadamente com o kung fu, que requer agilidade, força e mil e uma outras capacidades. O panda gosta de dormir e comer, este de que falamos passa bem dos cento e trinta quilos, é filho de um pato (!) que tem uma loja de sopas e de massas chinesas, e só a dormir sonha vir a ser um dos mestres do Kung Fu. Mas quem sonha às vezes alcança, esta uma máxima que é bom por a circular, e é isso que este novo filme de animação computorizada da Dreamworks faz, com humor, simplicidade, muita acção, muitas referência cinéfilas, um bom desenho, e uma banda sonora de inspiração chinesa que se mete pelos ouvidos dentro sem pedir licença. O resultado, como se deve calcular, é bom, tanto para o Mário que tem quase 6 anos, e adorou, como para os adultos que o acompanharam, e também se divertiram muito. A animação americana consegue muitas vezes este efeito, e “O Panda do Kung Fu” é, certamente, um dos seus melhores exemplos recentes. Depois de Nemo e do ogre, a Dreamworks inventa um novo herói com direito a entrar na galeria dos mais desejados.
A história é construída à medida das necessidades: Po, o panda, sabe que procuram “o” mestre de kung fu para combater a ameaça do terrível leopardo das neves, Tai Lung, que se evadiu da prisão. O velho mestre Shifu treinou durante anos um grupo de guerreiros (Tigresa, Grou, Louva-a-Deus, Víbora e Macaco) que julga virem a ser os lendários justiceiros do seu intimidado povo. Mas afinal o destino põe-lhe nas mãos o atarantado e resfolegante panda, que mal parece poder com uma gata pelo rabo. Mas a vontade interior é mais forte (pelo menos nos filmes, e ainda bem que há algum local onde a utopia ainda acontece!) e Po lá consegue levar a missão até ao fim.
O filme é dirigido por Mark Osborne e John Stevenson e conta,, no original, com as vozes de Jack Black, Dustin Hoffman, Angelina Jolie, Ian McShane, Jackie Chan, Seth Rogen, Lucy Liu, David Cross e (na versão portuguesa, bastante boa) Marco Horácio, José Raposo, Joaquim de Almeida (excelente, no vilão da fita!), Diana Chaves, Fernanda Serrano, Olavo Bilac, Jorge Mourato, João Ricardo, etc.
Como sempre, o gozo é também cinéfilo. As referências a obras de Bruce Lee ou Jackie Chan, a “O Tigre e o Dragão”, a filmes de Zhang Yimou, ou aos óbvios “O Momento de Verdade I, II e III” (The Karate Kid) dispersam-se ao longo da projecção.

2 comentários:

Ana Paula Sena disse...

É para ir ver com a minha filha!
Aposto que é giro e divertido!

Um beijinho :)

Lauro António disse...

Apostas? ok. Nada como apostar.
Olha se fosse uma boa sugestão!