ROBIN DOS BOSQUES
Filipe
La Féria continua a não descurar o seu público mais jovem e voltou a encenar
uma peça baseada num herói mítico que tem acompanhado diversas gerações e cujo
regresso a cena se saúda, numa altura em que muitos proclamam, pela Europa fora
(e em Portugal, em particular), que fazia falta um (ou vários) Robins dos
Bosques para imporem alguma justiça neste regabofe de impunidade contributiva
que faz lembrar os tempos negros do Xerife de Nottingham e do famigerado Príncipe
João.
Pois
bem, o Robin Hood da floresta de Sherwood aí está numa divertida encenação com
o toque mágico de Filipe La Féria (uma encenação que, dir-se-ia, possui um vestígio
de teatro épico e didáctico de Brecht), com um equilibrado elenco e um bom
aproveitamento das condições do Teatro Politeama. O enredo segue mais ou menos
as tradicionais baladas medievais que exaltavam a figura do bandoleiro que
roubava aos ricos para dar aos pobres, e introduz mesmo algumas variantes que
fazem vibrar os mais novos, como a bruxa Camafeu e um terrível dragão.
Ricardo
Soler é o Robin dos Bosques, “Príncipe dos Ladrões” e paladino da justiça
social, Sara Cabeleira é Lady Marian, e Ana Sofia Cruz a Aia Briolanja. No bando de
Robin dos Bosques surgem ainda João Pequeno (Bruno Xavier), Piolho (David
Mesquita), Pitosga (Jonas Cardoso), Trovador (Pedro Bandeira) e Pastelão (Paulo
Ferreira), todos eles em luta contra os roubos e os impostos mirabolantes decretados
pelo Príncipe João (Sérgio Lucas) e brutalmente impostos pelo Xerife de
Nottingham (Tiago Isidro). A Bruxa Camafeu (Vânia Naia) tem uma breve mas
explosiva aparição.
O
espectáculo tem sessões no Teatro Politeama, às 11h da manhã e às 14 horas de
Terça a Sexta-feira e aos Sábados e Domingos, às 15 horas.
A
miudagem delira com mais este musical. Eu assisti e comprovo.
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