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quinta-feira, novembro 12, 2009

ROBERT McKEE NA FNAC

:
Robert McKee
Há poucos anos passou por salas de cinema um filme norte-americano, assinado por Spike Jonze, chamado “Adaptation” no original, “Inadaptado” em português, que contava com um complexo e fascinante argumento assinado por dois irmãos gémeos, Charlie e Donald Kaufman. O filme abordava a escrita de um guião que adaptava uma obra literária. Sobre orquídeas, o que não vem agora para o caso. O que nos interessa é que os dois irmãos se debatiam com problemas diversos na escrita de guiões para cinema. Um deles, mais expedito e menos angustiado com as suas tarefas, socorria-se de um workshop sobre escrita para cinema e recomendava-o mesmo ao outro irmão, que recusava a ideia, afirmando mais ou menos que há coisas que não se ensinam, e escrita criativa é uma delas. Se é criativa não pode conter o ensino de regras que tornam os filmes não originais, mas todos semelhantes.
Mas Charlie Kaufman acabava mesmo por ir assistir às lições do mestre em “Story”, “substância, estrutura, estilo e os princípios da escrita para cinema e televisão.” Teve uma discussão pública com o mestre, mas acabaria por esperá-lo à saída e com ele tomar um copo que haveria de se revelar particularmente proveitoso para o futuro do argumento que tinha entre mãos. O mestre chamava-se Robert McKee, era precisamente este que temos aqui connosco, ainda que interpretado por um actor, Brian Cox, que funcionava com um alter-ego prefeito.
Deve dizer-se que Charlie Kaufman é um dos mais prestigiados argumentistas americanos da actualidade, recentemente passado a realizador com o inquietante “Synecdoche, New York”, e sobretudo um homem que não pactua em nada com o conformismo da grande produção industrializada de Hollywood. Uma referência a Robert Mckee numa obra sua só pode assumir-se como uma homenagem. Que partilhamos.
Também ensinei durante quase duas décadas, e ainda o faço esporadicamente, escrita de argumento nas universidades. Mas devo dizer que uma das actividades que mais me desagrada comentar é a chamada “escrita criativa”, quer seja literária ou para audiovisual. Há compêndios e workshops de “escrita criativa” para todos os gostos e formatos, a maior parte dos quais “ensinam” como criar o verdadeiro guião de sucesso garantido, desde que tenha os seus momentos choque bem doseados, os plots e os ganchos distribuídos com dosagem certa, que logo ali explicam como se faz. Ora eu acho que essas regras não existem em escrita criativa, quanto muito podem existir em escrita industrial.
O que me agrada sobretudo no trabalho de Robert McKee é que também ele é contrário às regras, o que fica definido logo na abertura da sua “Story”, por muitos considerada a bíblia da actividade. Diz ele “Story é uma questão de princípios, não de regras.” Uma regra diz: “Isto tem de ser feito assim.” Um princípio diz: “Isto funciona… e sempre funcionou desde que há memória.” A diferença é crucial. O vosso trabalho não tem de ser moldado conforme a peça “bem feita”; deve antes ser bem feito dentro dos princípios que dão forma à nossa arte. Os escritores ansiosos e inexperientes obedecem às regras. Os escritores rebeldes, instintivos, quebram as regras. Os artistas dominam a forma.”
Julgo que nesta citação se concretiza muito do saber de Roberty Mckee, a que se junta uma outra característica para mim sábia. Robert McKee ensina a escrever analisando estruturas de guiões que se tornaram clássicos, como por exemplo o de “Casablanca”, que ele considera “o melhor argumento alguma vez escrito”. Também eu penso que escrever se aprende sobretudo a ver e a estudar grandes obras literárias e escrever para cinema ou televisão se aprende vendo filmes clássicos, e há clássicos para todos os gostos, de John Ford a Godard, de Hitchcock a Marguerite Duras, de Steven Spielberg a Manoel de Oliveira. A tarefa do mestre não será nunca a de impor um caminho, mas a de despertar, no interior de cada aluno, a sua vocação encoberta. E de ajudá-lo a encontrar as ferramentas que a tornem possível. Lendo Robert Mckee aprende-se sobretudo a amar o cinema, as suas histórias, a compreender as suas estruturas, a distinguir estilos, a perceber como foi feito, para depois cada um fazer à sua maneira.

Robert McKee, nascido em 1941, tornou-se conhecido sobretudo desde que, como professor na Universidade da Califórnia do Sul, criou o seu popular "Story Seminar". Mas a sua vida artística começa cedo, aos nove anos, como actor, em Detroit, sua cidade natal. Forma-se em Literatura Inglesa, antes de cursar “artes teatrais” e fazer algumas temporadas como actor na Broadway. Dirige uma companhia de teatro, a Toledo Repertory Company, e passa por director artístico do Aaron Deroy Theater. Viaja até Londres, trabalha no National Theater e estuda as produções shakespeareanas no Old Vic. De regresso a Nova Iorque volta à Broadway, como actor e encenador, onde permanece sete anos.
Decide mudar o rumo da sua vida e interessa-se pelo cinema. Frequenta a Cinema School na Universidade do Michigan, e dirige duas curtas metragens, “A Day Off” e “Talk To Me Like The Rain”, esta última adaptando Tennessee Williams. Os dois filmes ganham vários prémios e participam em vários festivais.
Em 1979, McKee muda-se para Los Angeles, começa a escrever argumentos para cinema e televisão, e é contratado para analisar guiões para algumas produtoras, como United Artists ou NBC.
Em 1983 inicia a sua já referida actividade como professor de escrita de guiões, e cria cursos públicos, de três dias e trinta horas que vai dispensando por todo o mundo. Desde 1984, Robert McKee trabalhou com mais de 50.000 estudantes em cidades como Los Angeles, Nova Iorque, Londres, Paris, Sidney, Toronto, Boston, Las Vegas, São Francisco, Helsínquia, Oslo, Munique, Telavive, Singapura, Barcelona, Lisboa e muitas mais.
De resto, julgo que haverá entre nós algumas diferenças (eu acho que o autor de um filme é o realizador, ele acha que é o argumentista, segundo li algures), mas nada disso impede que saúde aqui a presença entre nós de um dos grandes nomes que animam o panorama audiovisual mundial e que nele tanta influência tem exercido ao longo das últimas décadas.

Texto da apresentação de Robert McKee, hoje na Fnac do Chiado, pelas 18,30 horas.

quinta-feira, novembro 27, 2008

AUTO-AVALIAÇÂO

Finalmente temos a versão dos sindicatos (Fenprof) para a avaliação dos professores. Esperava-se algo de moderno e inspirador. Veio finalmente o tão esperado projecto, primeiro de auto-avaliação, depois de co-avaliação. É por isso que 120.000 professores se batam nas ruas? Por serem eles próprios a dizerem que são muito bons? Enfim, este processo arrasta-se para vergonha de qualquer pessoa de bom senso. A instrumentalização é total, o descrédito da classe é progressivo, o espaço deste sindicalismo de pacotilha é cada vez menor. Tudo para mal do País.

Olhando para este ante-projecto da Fenprof que dizem os 120.000 profs? Podem-no ler aqui. E se corarem de vergonha, não vos fica mal. Ou então passamos todos a ser auto-avaliados. Ou há justiça, ou comem todos.

Há umas décadas estreou-se em Portugal um filme que se chamava "Ainda há Ciganos Felizes!" Bom filme, por sinal. Plagiando o título asseguro que "Ainda há Bons Professores em Portugal!" Mais, asseguro que ainda há muito bons professores justificadamente críticos em relação a algumas medidas (e sobretudo certas atitudes) do Ministério da Educação. Mas uma coisa é estar crítico e protestar e tentar modificar o que se julga sinceramente mal, outra muito diferente é este clima de insurreição que se instalou nas escolas. Parece que regressámos ao Verão Quente de 75. É essa a intenção?

sexta-feira, novembro 14, 2008

MANIFESTAÇÕES

Quem disse que há crise de ensino?
Quem disse que os alunos não aprendem?
Quem disse que os professores não ensinam?
Quem disse que os bons exemplos não devem ser seguidos?

segunda-feira, novembro 10, 2008

MANIFESTAÇÕES

AS MANIFESTAÇÕES DOS PROFESSORES
E A EX-MINISTRA DA EDUCAÇÃO

Se há coisa que eu goste de ver é a Senhora Dr.ª Manuela Ferreira Leite e os sindicalistas do PC (com os seus “compagnons de route”) a encabeçarem unitariamente as manifs dos professores. Eu sei que os professores têm razão nalguns aspectos, mas também sei que os sindicatos se têm aproveitado desse descontentamento para fazerem arruaça politica e tentarem a golpada de rua para descompensar o governo. O que acho de um flagrante oportunismo politico e espanta-me como uma classe que se diz tão esclarecida se deixa levar por manifs, como as de 75, ou recuando mais uns anos, como as da época do salazarismo (autocarros, demagogia, vitimização e etc.). Ora se os professores têm razão nalguns aspectos e eu compreendo muitas das suas reclamações, porque não sentam à mesa com a Ministra ou os seus representantes e apresentam projectos de avaliação alternativos e tudo o mais que os preocupa?
Calculo que os sindicatos e os partidos na oposição não querem por nada desta vida o diálogo, sobretudo em vésperas de eleições (vejam-se os discursos, os slogans, as professoras com os óculos pintados a dizerem “não voto PS!”). Mas será que há 120.000 professores míopes ou andam todos com os óculos pintados? Será que gostam de ser manipulados como marionetas desta forma tão escandalosamente óbvia?
Há muita coisa que não concordo com a actuação deste governo, há muita coisa em que compreendo e apoio os protestos dos professores. Há, sobretudo, uma classe que até agora tenho respeitado acima de todas: os professores. Os (bons) professores não recebem quanto deviam, os (bons) professores dão aulas, preparam-nas, fazem e corrigem testes, trabalham nas secretarias e reúnem (muito reúnem os professores, minha nossa!), e enfrentam uma profissão de risco. De risco cada vez maior, se não se impuser alguma disciplina e ordem nas escolas. Se não se acabar com essa ideia peregrina, herdado do pós 25 de Abril, de que “estudar é divertido”, estudar “é um jogo”, “os meninos brincam e passam o ano” (quando estudar é trabalhar no duro, e aprender que se tem de trabalhar na vida!). Ser professor é também optar por uma carreira (que se julga fácil, e é fácil para os medíocres e os pouco exigentes!) quando não se tem jeito para mais nada (e para ser professor também não!).
Depois da escola da reguada, castradora, puritana e dogmática do salazarismo, tivemos a escola à balda, tudo ao molho e fé na Revolução (qualquer que ela seja, desde que dê para a balda), a escola do panfleto, da passagem administrativa, das reuniões gerais, parciais, grupais, das reuniões de dois ou de cem, das manifs por dá cá aquela palha. Compreensivo até certo ponto esta viragem de 180 graus, mas, que diabo!, somos adultos e vacinados, dá para perceber que não se pode caminhar mais nesse sentido, senão o abismo é irremediável. O ensino em Portugal estava (e ainda está) uma miséria. Os alunos não sabem escrever, não sabem ler, não sabem pensar. Chegam à Universidade (os que chegam, a grande maioria dos que vou apanhando nas minhas aulas) com gravíssimas lacunas. Os (bons) professores devem ser os primeiros a exigir um melhor e mais exigente ensino. Devem procurar valorizar os (bons) professores e obrigar os maus e os medíocres a melhorarem ou a então a escolherem outras profissões (por exemplo: banqueiro. Ganha-se muito bem, não se faz muito, e se nos enganarmos, e se trapacearmos o necessário para se fazer fortuna, somos nacionalizados e acabam por pagar todos pelos nossos erros e falcatruas!). Mas o corporativismo nas escolas é aberrante. Por um lado existem as invejas e as promiscuidades que são o pão nosso de cada dia, as sacanices entre colegas são o que mais se apregoa, mas também a corrupção na divisão das regalias, o assédio na promoção, e sobretudo o compadrio e a “defesa da classe”, quando se sentem ameaçadas nalguns privilégios.
Mas, sobretudo, quando os professores se misturam com os políticos, ficam muito mal na fotografia. Porque os políticos sabem-na toda, começaram a ler todos pela mesma cartilha, e os professores deixam-se levar naquilo que (se calhar) têm de mais puro: uma certa ingenuidade. Quero acreditar que assim seja. Mas já só é ingénuo quem quer, quando se vê a Senhora Dr.ª Manuela Ferreira Leite, ilustríssima e adoradíssima ex-Ministra da Educação deste País, colocar-se ao lado dos sindicatos na véspera de uma manif e todos juntos saírem à rua, com “a revolta” da boca. Quem não se lembra das manifestações, à beira do seu Ministério, certamente de apoio á sua política, semana sim, semana não, promovidas pelos mesmo sindicatos com que agora sai à rua de braço dado? (falo em sentido figurado, obviamente. A Senhora ex-Ministra manda sair, não se mistura com a gentalha). Alguém não tem vergonha nenhuma, e não sou eu de certeza.

quarta-feira, outubro 31, 2007

COMEÇOU NO DIA 15 DE OUTUBRO


AR.CO.

Cinema/Imagem em Movimento

Curso regular de 3 anos com opção de desenvolvimento posterior com candidatura a Projecto Individual, Curso Avançado de Artes Plásticas ou outra.
Frequência opcional de workshops ou ateliês em módulos autónomos.

Localização: Rua de Santiago 18, Lisboa.
Responsável do departamento: Marcelo Costa
Professores: Amândio Coroado, Cláudia Tomaz, Gustavo Sumpta, Hugo Brito, José António Leitão, Lauro António, Manuel Castro Caldas, Manuela Correia Braga, Marcelo Costa, Maria João Branco, Maria Jorge Martins, Maria Mire, Ricardo Matos Cabo.

Nível 1
15 Out 2007 a 27 Jun 2008
256 horas
Programa anual. Inscrição anual.
Condições de admissão: Sem requisitos. Por ordem de inscrição.

· AULAS PRÀTICAS:
Laboratórios I
· WORKSHOPS:
“Vídeo e formas breves cinematográficas”
“Faça você mesmo”
“Inter-Act”
“Movimento Fixo
· AULAS TEÓRICAS:
“A História do Cinema”
“Realismos”
“Transversalidades – Cinema e outras disciplinas”
“Imagem em Movimento”
· Outros Workshops a selecionar pelo aluno (20 horas).

Nível 2
15 Out 2007 a 27 Jun 2008
256 horas
Programa anual. Inscrição anual.
Condições de admissão: Nível 1 ou formação equivalente. Apresentação de portfolio. Entrevista.

· AULAS PRÁTICAS:
Laboratórios II
· WORKSHOPS:
“Vídeo e formas breves cinematográficas”
“Faça você mesmo”
“Inter-Act”
“Movimento Fixo"
· AULAS TEÓRICAS:
“A História do Cinema”
“Realismos”
“Transversalidades – Cinema e outras disciplinas”
“Imagem em Movimento”
· Outros Workshops a selecionar pelo aluno (20 horas).

Nível 3
15 Out 2007 a 27 Jun 2008
186 horas
Programa anual. Inscrição anual.
Condições de admissão: Nível 2 ou formação equivalente. Apresentação de portfolio. Entrevista.


· WORKSHOPS:
“Vídeo e formas breves cinematográficas”
“Faça você mesmo”
“Inter-Act”
“Movimento Fixo
· AULAS TEÓRICAS:
“A História do Cinema”
“Realismos”
“Transversalidades – Cinema e outras disciplinas”
“Imagem em Movimento”
· Outros Workshops a selecionar pelo aluno (40 horas)

(Nota: com a conclusão do Nível 3 é conferido o Certificado do Plano de Estudos Básico em Cinema/Imagem em Movimento).

HISTÓRIA DO CINEMA I

o cinema mudo

Plano das aulas e visionamentos:

15 de Outubro apresentação e 1º filme
O LIRIO QUEBRADO, de Griffith

18 de Outubro 1ª aula (excepcionalmente o início desta aula é às 17h00)
O nascimento do cinema
Filmes dos Lumiére e Méliès

22 de Outubro 2º filme
FANTOMAS, de Louis Feuillade

25 de Outubro 3º filme
CABÍRIA, de G. Patrone

29 de Outubro 2ª aula
O nascimento da narrativa clássica
Filme “O Nascimento de uma Nação”, de David Griffith.

5 de Novembro 3ª aula
O Expressionismo
Filmes “O Gabinete do Dr. Galigari”, de Robert Wiene, e “Nosferatu”, de F.W. Murnau

8 de Novembro 4º filme
O TESOURO DE ARNE, de Mauritz Stiller

12 de Novembro 4ª aula
O Expressionismo
Filmes “O Gabinete do Dr. Galigari”, de Robert Wiene, e “Nosferatu”, de F.W. Murnau

15 de Novembro 5º filme
OUTUBRO, de Serghei Eisenstein.

19 de Novembro 5ª aula
Surrealismo e Vanguardas
Filmes “Le Chien Andalous” e “L’ Age d’Or”, ambos de Luís Buñuel, e “Berlim, Sinfonia de uma Cidade” de Walther Ruttmann.

22 de Novembro 6º filme
A MÃE, de Pudovkin

26 de Novembro 6ª aula
Surrealismo e Vanguardas
Filmes “Le Chien Andalous” e “L’ Age d’Or”, ambos de Luís Buñuel, e “Berlim, Sinfonia de uma Cidade” de Walther Ruttmann.

29 de Novembro 7º filme
METROPOLIS, de Fritz Lang.

3 de Dezembro 7ª aula
O Construtivismo soviético
Filme “O Couraçado Potenkine”, de Serghei Eisenstein, e “O Homem da Máquina de Filmar”, de Dziga Vertov

6 de Dezembro 8º filme
AURORA, de F. W. Murnau

10 de Dezembro 8ª aula
O Construtivismo soviético
Filme “O Couraçado Potenkine”, de Serghei Eisenstein,
e “O Homem da Máquina de Filmar”, de Dziga Vertov

13 de Dezembro 9º filme
CHAPLIN DESCONHECIDO (série, 3 H)

17 de Dezembro 9ª aula
O burlesco americano
“A Quimera de Ouro”, de Charles Chaplin, e “Pamplinas, Maquinista”

18 de Dezembro 10º filme
O ANJO AZUL, de Sternberg

19 de Dezembro 10ª aula
O burlesco americano
“A Quimera de Ouro”, de Charles Chaplin, e “Pamplinas, Maquinista”

20 de Dezembro 11º filme
MATOU, de Fritz Lang

Nota:

para os meus alunos criei o blogue

A MEMÓRIA DAS SOMBRAS