sábado, março 23, 2013

TEATRO: ALMA

 

ALMA, de GIL VICENTE

Estreou no Teatro São João do Porto, passou pelo Teatro D. Maria II em Lisboa há pouco tempo. Na altura não me apeteceu escrever. Trata-se de um trabalho de encenação de Nuno Carinhas, com soluções cénicas plasticamente muito bonitas, e curiosas nalguns significados, mas creio que o auto de Gil Vicente tinha, na época, uma interpretação e hoje assume-se de forma diversa e algo ambígua, senão mesmo perigosa.

O texto é muito curto e de grande qualidade literária. Não discuto. A ideia é mostrar como a “alma” de cada um de nós é continuamente assediada pelos anjos e pelos demónios, o que não deixa de ser verdade. Mas os anjos apregoam o despojamento, a libertação total dos bens terrenos, e o diabo oferece opulência, poder e riqueza. Bem-estar em suma. Na altura em que foi escrito, era uma crítica directa aos poderosos, hoje em dia pode ser visto como o elogio do conformismo e da pobreza resignada. Por alguma razão este auto da Alma era encenado em todas as escolas do País nos tempos de Salazar. Era rigorosamente o seu pensamento. Com a agravante de os pobres poderem ser manipulados pelas ideias nela contidas e os poderosos se estarem nas tintas para os castigos divinos.

Mas o espectáculo é realmente muito bonito na sua simplicidade, a Alma esfalfa-se a correr num estrado que o mundo e a sua vida, enquanto, de um lado e do outro, anjos e demónios a cobrem de riquezas ou a despem da ostentação. A interpretação é globalmente boa e bem dirigida (uma só mulher, Leonor Salgueiro, muito bem, para um elenco essencialmente masculino, escorreito e por vezes inspirado: Alberto Magassela, Fernando Moreira, Fernando Soares, João Castro, Jorge Mota, Miguel Loureiro, Paulo Freixinho, Paulo Moura Lopes), numa sóbria e eficaz cenografia de Pedro Tudela, com belos figurinos de Nuno Carinhas. Desenhos de luz e de som de Nuno Meira e Francisco Leal igualmente eficientes e de bom gosto. Fica a sensação de um texto fora do contexto. O que na situação actual…

sexta-feira, março 22, 2013

SÓCRATES NA RTP



A HISTERIA ANTI SÓCRATES
Não compreendo, e repugna-me, esta histeria instalada contra José Sócrates. Por uma razão simples. É que não encontro razão nenhuma em particular para assim se proceder.

Vejamos. Que eu saiba, José Sócrates tem sido acusado de dois tipos de pecados:

1º Andar metido em negócios pessoais pouco claros, de que foi acusado e de que nunca nada se provou de concreto, em nenhum dos casos. Ora eu acho que vivemos ainda em democracia, num estado de direito, onde qualquer individuo é considerado inocente até ser julgado e condenado como culpado. Julgamentos sumários em praça pública ou assassinatos políticos, para mim não contam e acho-os ignóbeis. Não o fiz com Sá Carneiro, na histeria Snu, não o fiz com Santana Lopes, quando imperava a boatice, não o farei com José Sócrates. Ponto final, paragrafo, até me provarem o contrário.

2º Ter permitido, enquanto primeiro-ministro, vários erros de governação que nos conduziram onde hoje os encontramos: num profundo buraco negro. Ora não tenho dúvidas de que José Sócrates pode, e deve, ser acusado de alguns erros de governação. O maior de todos, talvez, ter-se demitido. Acontece que nunca vi em Portugal nenhum político não se enganar, até chegarmos ao vergonhoso estado em que hoje nos encontramos, em que os ditos governantes não acertam uma. Mais: quem acabou com a agricultura e as pescas e iniciou as faraónicas obras de cimento e betão? Cavaco Silva! Quem iniciou a delapidação generalizada dos avultados dinheiros vindos da CE? Bom, não preciso de ir mais longe. José Sócrates é tanto réu como tantos outros, com a agravante de muito do que ele disse se ter confirmado posteriormente. Na verdade, a crise não era só portuguesa, mas internacional; na verdade, a dívida não era para se pagar como está a acontecer, mas para se negociar, etc, etc. E nos primeiros quatro anos do seu mandato, sem crise, as contas portuguesas equilibraram-se como raras vezes tinha acontecido. Depois sim, foi o descalabro. Mas não foi o descalabro só português, foi europeu, foi internacional.

Posto isto, em democracia qualquer um pode falar e expor as suas razões. Tenho visto e ouvido cada alimária a dizer disparates tamanhos que não será certamente o programa de José Sócrates na RTP a incomodar-me. Terá mesmo uma virtude, que só quem tem medo do que pode aí vir não quererá aceitar: ouvir o que o homem tem para nos dizer. Será que estávamos onde hoje estamos se o PEC IV tem sido implementado? Teríamos a tróica entre nós?

Assim sendo, deixem falar o homem, que os tempos da ditadura do silêncio já passaram. Eu sei que nos pretendem impor uma outra ditadura, mas ainda há quem não a aceite.

CINEMA: COMBOIO NOTURNO PARA LISBOA


COMBOIO NOTURNO PARA LISBOA
 

Antes de mais, devo esclarecer desde logo que o romance “Comboio Noturno para Lisboa”, de Pascal Mercier, não me agradou nada. Achei-o empastelado, pretensioso, rico em filosofices baratas, literatice de trazer por casa. Nunca percebi o sucesso internacional que alcançou de um dia para o outro, um pouco por todo o lado.  Posso estar enganado, mas é o que sinto. Pascal Mercier é, aliás, o pseudónimo usado pelo suíço, professor de filosofia, Peter Bieri, nascido em Berna em 1944, mas mais recentemente professor de Filosofia na Universidade de Berlim. Não faz o meu género, e só o li até final por respeito para com Lisboa, cenário onde decorre grande parte do seu enredo.
De resto, a justificação que o mesmo dá para ter escolhido um pseudónimo literário não deixa de ser curiosa: "Enquanto professor receei colocar a minha reputação académica em causa quando comecei a escrever ficção. Precisava de me esconder atrás de um pseudónimo para ter coragem de me libertar na escrita. Só sabia que queria um nome com sonoridade francesa mas que não fosse extravagante. É uma experiência fantástica escolher um outro nome porque o kitsch que há em nós surge no seu máximo. Os primeiros nomes que nos surgem são extraordinários."
 

Entretanto, soube que o livro iria ser adaptado por Bille August, cineasta dinamarquês que assinou duas películas relativamente interessantes, “Pele, o Conquistador” e “As Melhores Intenções”, tendo-se perdido posteriormente em obras internacionais que nunca me seduziram. Nem a muito conhecida “A Casa dos Espíritos”, rodada parcialmente em Lisboa, me entusiasmou. Parece um homem de boas intenções e de causas, gosta muito de Lisboa, o que só lhe fica bem, mas os seus filmes, quando rodados fora da Dinamarca natal, assemelham-se a encomendas confeccionadas sem vigor nem alma.
Posto isto, que dizer de “Comboio Noturno para Lisboa”, que agora estreou?
O romance, para mim, continua a ser intragável, o filme melhora um pouco o tom geral, mas mantem-se algo incaracterístico, empastelado, sem brilho.
 
 
A história é rápida de se evocar: o suíço Raimund Gregorius, sombrio professor de filosofia numa escola de Berna, um dia ao ir para as aulas surpreende uma jovem que parece ir suicidar-se, lançando-se do alto de uma ponte sobre o rio Aar, que atravessa a cidade. Salva-a, leva-a para a sua aula, a rapariga pouco depois desaparece, mas deixa um casaco vermelho e dentro de um bolso um livrinho de um autor português, Amadeu de Prado. Começa a ler o livrinho, depois de tentar restituir o casaco à jovem portuguesa desaparecida, e encontra no interior das suas páginas um bilhete de comboio para Lisboa. Não pensa duas vezes, até porque o comboio vai partir daí a 15 minutos, e, só com a roupa no pelo, resolve viajar para a capital portuguesa, em busca de Amadeu. Obviamente que as intenções do autor do romance são mais complexas. Raimund Gregorius vem em busca de Amadeu de Prado só na aparência, quem ele procura realmente é a si próprio, a aventura que nunca viveu. Os escritos de Amadeu são dramaticamente medíocres e enfatuados, mas generosamente são reduzidos ao mínimo na adaptação cinematográfica. Um ponto a favor do filme.
Depois, de encontro em encontro, de entrevista em entrevista, descobre que Amadeu foi médico, resistente à ditadura salazarista, e que faleceu, vítima de um aneurisma cerebral. Mas vai encontrando muita gente que lhe fala de Amadeu. Quem interpreta Raimund Gregorius? Jeremy Irons. Ok. Consegue transformar uma personagem sem densidade, em alguém que se acompanha com prazer. Outro ponto a favor do filme. Quem são os actores com quem se cruza em busca de Amadeu? Tom Courtenay, Bruno Ganz, Charlotte Rampling, Lena Olin, Christopher Lee, os portugueses Nicolau Breyner, Helena Afonso, Beatriz Batarda, João Lagarto, Joaquim Leitão, Adriano Luz, José Wallenstein, todos eles muito bem e a merecerem melhor sorte do que aquela que lhes coube, em pequenas rábulas. Há ainda a referir Mélanie Laurent, bonita e talentosa. Outro ponto a favor do filme.
 

Depois há Lisboa como cenário privilegiado desta história. Lisboa muito bonita, fotogénica, um pouco melosa demais para o meu gosto, mas excelente cartaz internacional, demonstrando que esta é uma aposta que Portugal deve seguir. Só por si, cinco pontos a favor do filme.
Finalmente, um aceno de franca simpatia para os produtores portugueses, nomeadamente Ana Costa e Paulo Trancoso, pela galhardia com que se bateram, e se batem, pelo bom sucesso deste filme. Dois pontos a seu favor. Feitas as contas, são dez os pontos, numa escala de 0 a 20. Claro que estamos a ser nacionalistas, a puxar a brasa à nossa sardinha, mas se não fosse essa sardinha o cozinhado não merecia muito mais. Dez pontos é como quem diz: Vá ver que ajuda o país, a cidade de Lisboa merece, e o esforço dos produtores, técnicos e actores portugueses também. Mas não vá com muitas expectativas que ultrapassem cenário e actores.   


COMBOIO NOTURNO PARA LISBOA
Título original: Night Train to Lisbon ou Comboio Noturno Para Lisboa
Realização: Bille August (Alemanha, Suíça, Portugal, 2013); Argumento: Greg Latter, Ulrich Herrmann, segundo romance de Pascal Mercier; Produção: Kerstin Ramcke, Peter Reichenbach, Günther Russ, Ana Costa, Michael Lehmann, Benjamin Seikel, Michael Steiger, Paulo Trancoso; Música: Annette Focks; Fotografia (cor): Filip Zumbrunn; Montagem: Hansjörg Weißbrich; Casting: Patrícia Vasconcelos, Jeremy Zimmermann; Design de produção: Augusto Mayer; Decoração: Dominique Steiner-Studinka; Guarda-roupa: Monika Jacobs; Maquilhagem: Sano De Perpessac, Linda DeVetta, Jekaterina Oertel; Direcção de produção: Catherine Leroux, Tina Mersmann, Joana Synek; Assistetes de realização: Guy Travers, Raul Correia, Sonja Levy, Filipa Ruiz; Departamento de arte: Simon Bang, José Carlos Vitorino; Som: Rainer Heesch, Stefan Soltau, Björn Wiese; Efeitos visuais: Andrei Dimitriu, Dirk Frischmuth, Markus 'Maggi' Selchow; Companhias de produção: Studio Hamburg Filmproduktion, C-Films AG, PalmStar Entertainment, Efish Entertainment, Cinemate, K5 Film, K5 International, Tele München Fernseh Produktionsgesellschaft (TMG); Intérpretes: Jeremy Irons (Raimund Gregorius), Mélanie Laurent (jovem Estefania), Jack Huston (Amadeu), Martina Gedeck (Mariana), Tom Courtenay (João Eça), August Diehl (jovem Jorge O'Kelly), Bruno Ganz (Jorge O'Kelly), Lena Olin (Estefania), Burghart Klaußner (juiz Prado), Nicolau Breyner (Da Silva), Charlotte Rampling (Adriana de Prado), Helena Afonso (Maria Prado), Beatriz Batarda (jovem Adriana), Sarah Bühlmann (Catarina Mendes), Raquel Cipriano, Jean-Pierre Cornu, Maria d'Aires, Marco D'Almeida, Dominique Devenport, Marçal Godinho, Max Hubacher, João Lagarto, Christopher Lee, Joaquim Leitão, Adriano Luz, Eloy Monteiro, Hanspeter Müller, Ana Lúcia Palminha, Bruno Salgueiro, Jane Thorne, Filipe Vargas, Jorge Veríssimo, José Wallenstein, etc. Duração: 110 minutos; classificação etária: M/ 12 anos; Distribuição em Portugal: Zon Lusomundo; Estreia em Portugal: 21 de Março de 2013. 

quinta-feira, março 21, 2013

CINEMA: GANGSTER SQUAD



FORÇA ANTI-CRIME
 
 
Los Angeles, 1949. Mickey Cohen (Sean Penn) um poderoso gangster ameaça controlar o submundo do crime do Estado e prolongar o seu poderio para outros Estados do Oeste norte-americano. A polícia parece estar amarrada de mãos e pés, dada a influência que Cohen assume junto dos poderes corruptos. Um chefe da polícia local, incorruptível, Bill Parker (Nick Nolte), resolve chamar o sargento John O'Mara (Josh Brolin) para formar um grupo de polícias escolhidos por este, para fazerem implodir o império de Cohen e levar à captura do mesmo. John O'Mara reúne então meia dúzia de especialistas em vários ramos, do tiro ao alvo às escutas, de investigadores a pesos pesados, e avança para a tarefa de enfrentar a mafia instalada na sociedade de Los Angeles e arredores. Tem como companheiro, um amigo de longa data, o sargento Jerry Wooters (Ryan Gosling).
Não se trata de ficção. Isto aconteceu e foi relatado pelo jornalista Paul Lieberman, primeiro em reportagens de jornais, depois numa obra que as compilava, "Gangster Squad". Foi este trabalho que esteve na base do argumento de Will Beall que permitiu a Reuben Fleischer realizar “Força Anti-Crime”.
 

O filme acompanha-se com interesse, tem uma boa direcção artística, recuperando interiores e exteriores de finais da década de 40, os actores são convincentes, ainda que aqui e ali as personagens necessitassem de alguma consistência mais, fotografia, montagem, banda sonora não surpreendem, mas são eficazes, a realização não compromete, mas também não está à altura de outras obras idênticas, relativamente recentes, como “LA Confidencial”, de Curtis Hanson, com base num romance de James Elroy, “Cidade Sob Pressão” (Heat), de Michael Mann, ou “Inimigos Públicos” (Public Enemies), do mesmo Michael Mann.
Curiosamente, nos últimos dias andava a ler “White Jazz”, de James Elroe (um policial escrito em 1992 e que é o quarto romance inscrito no L.A. Quartet, deste escritor, depois de “The Black Dahlia”, “The Big Nowhere”, e “L.A. Confidential”) e as semelhanças são muitas, no clima de violência, na descrição da corrupção, no erotismo forte e evanescente, mas as diferenças são igualmente de sublinhar. Enquanto em Elroe a sociedade está (quase) completamente contaminada pela corrupção, as ligações entre polícias e gangsters são por demais evidentes, neste filme de Ruben Fleischer a polícia conserva redutos incorruptiveis que se organizam para combater o crime organizado e também as ligações entre este e o poder instituído.
 

Há ainda um outro aspecto a sublinhar: o grupo comandado pelo sargento John O'Mara vai operar fora de toda a hierarquia policial, autonomamente, e aconselham-no mesmo, se for descoberto, a dizer que a sua acção não é do conhecimento da hierarquia. Uma espécie de “esquadrão da morte” que faz justiça pelas próprias mãos, prática que não deixa de ser altamente reprovável. Mais a mais não se trata de ficção pura, mas sim de uma ficção que decalca a realidade. Ora é sempre muito duvidosa a legitimidade da acção de “incorruptiveis” a fazer justiça pela sua cabeça e instinto. O que torna “Força Anti-Crime” uma obra não só não muito excitante de um ponto de vista cinematográfico, como ainda, no mínimo, bastante ambígua nos seus propósitos.
Entretanto, e já que falámos de “White Jazz”, de James Elroe, podemos adiantar que a adaptação deste romance se encontra em fase de pré-produção, desde há alguns anos, e que Geoege Clooney chegou a ser dado como o actor principal, mas que esta hipótese se encontra afastada. Já a estreia se anuncia para esse ano ou no próximo.  

FORÇA ANTI-CRIME
Título original: Gangster Squad
Realização: Ruben Fleischer (EUA, 2013); Argumento: Will Beall, segundo obra de Paul Lieberman ("Gangster Squad"); Produção: Bruce Berman, Ruben Fleischer, Dan Lin, Kevin McCormick, Jon Silk, Michael Tadross; Música: Steve Jablonsky; Fotografia (cor): Dion Beebe; Montagem: Alan Baumgarten, James Herbert; Casting: John Papsidera; Design de produção: Maher Ahmad; Direcção artística: Mark Hunstable, Timothy David O'Brien, Dean Wolcott; Decoração: Gene Serdena; Guarda-roupa: Mary Zophres; Maquilhagem: Roxane Griffin, Robin Myriah Hatcher, Rolf John Keppler, Christien Tinsley; Direcção de produção: Ravi D. Mehta, Richard Mirisch, Ray Quinlan; Assistentes de realização: Alexander H. Gayner, Vincent Lascoumes, Christophe Le Chanu, Terry Leonard, Julian Wall; Departamento de arte: Bryan Belair, Katie Childs, Carol Kiefer, Tammy S. Lee, Geoffrey Mandel, Karl J. Martin; Som: Cameron Frankley, Jason W. Jennings, Chloe Patenaude; Efeitos especiais: H. Barclay Aaris, Arran C. Dahlberg, Kayla Jo Holland; Efeitos visuais: Jacob Eaton, Dan Levitan, Jack Mullins, Rocco Passionino, Ray Scalice, Kraig Tytus; Companhias de produção: Langley Park Productions, Lin Pictures, Village Roadshow Pictures, Warner Bros. Pictures; Intérpretes: Sean Penn (Mickey Cohen), Josh Brolin (sargento John O'Mara), Ryan Gosling (sargentoas Jerry Wooters), Emma Stone (Grace Faraday), Nick Nolte (chefe Bill Parker), Anthony Mackie (detective Coleman Harris), Giovanni Ribisi (detective Conwell Keeler), Michael Peña (detective Navidas Ramirez), Robert Patrick (detective Max Kennard), Sullivan Stapleton (Jack Whalen), Holt McCallany (Karl Lennox), Josh Pence (Daryl Gates), Austin Abrams (Pete), Jon Polito (Jack Dragna), James Hébert (Mitch Racine), John Aylward (juiz Carter), Troy Garity (Wrevock), James Carpinello (Johnny Stompanato), Wade Williams, Ambyr Childers, Mick Betancourt, Brandon Molale, Michael Papajohn, Jeff Wolfe, Anthony Molinari, Austin Highsmith, Neil Koppel, Jack McGee, Mireille Enos, Evan Jones, Austin Abrams, Lucy Davenport, Dennis Cockrum, etc. Duração: 113 minutos; Distribuição em Portugal: Columbia TriStar Warner Filmes de Portugal; Classificação etária: M/16 anos; Estreia em Portugal: 21 de Fevereiro de 2013.
Gangster Squad: o vetrdadeiro