quarta-feira, setembro 30, 2009

UMA COMUNICAÇÃO AO PAÍS

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Ou eu me engano muito, ou a declaração ao País que parece não ter dito nada de novo e que demonstra, pelo menos, que Cavaco Silva não lê os livros de Stieg Larsson (a fabulosa trilogia do Millennium), nem tem os mais rudimentares conhecimentos de informática, vai dar ainda muito que falar e possivelmente provocar uma das mais graves e imprevisíveis crises institucionais no País.
Qual a razão para esta declaração opaca na data em que foi feita?
Antes de ouvir os partidos, antes de indigitar o novo Primeiro-Ministro?
E se o Senhor Presidente da República achar que não tem confiança política no previsível novo Primeiro-Ministro e não o empossar, passando a bola à Dr.ª Manuela Ferreira Leite, apadrinhada pelo Dr. Paulo Portas?
Acham impossível, e que isso seria um golpe de Estado?
Pois se calhar seria, ou se calhar será.
Esperemos a sinopse nos novos capítulos, e desejamos ardentemente não regressar a um Verão Quente, memo que seja no Outono.
O povo na rua é bom a festejar acontecimentos que o mereçam, não a guerrear-se por infantilidades de políticos medíocres.

domingo, setembro 20, 2009

É A CULTURA, ESTÚPIDOS!

CULTURA: ZERO
Eu sei que quem tem fome não se preocupa com a cultura, eu sei que quando há desemprego ninguém lê livros ou vai ao cinema ou ao teatro, muito menos visita museus ou ouve música. Eu sei que o TGV é muito mais importante para escoar produtos “vendáveis” do que obras de autores nacionais, eu sei que os bancos falidos por operações crapulosas são alvos mais visíveis de subsídios, eu sei que mandar bocas sobre escutas é algo que fica bem a qualquer governante de uma integridade acima de toda a suspeita, eu sei que os portugueses querem é saber sobre as pequenas e médias empresas (desde que nada tenham a ver com a cultura), eu sei que a Justiça, a Saúde, a Economia, a Educação, a Agricultura, etc. etc., são tudo temas dignos dos maiores debates, a merecer até a atenção dos gatos, fedorentos de preferência, mas, que diabo!, tenho visto, lido e ouvido debates constantes para todos os gostos e feitios, e até hoje nunca ouvi falar de Cultura. Somos um País assim tão desinteressante em matéria de Cultura? Paula Rego, Maria João Pires, Manoel de Oliveira, Siza Vieira, Mariza, José Saramago, e etc. e etc. e etc. e ou outros que vêm logo a seguir, em todos os ramos da literatura, da arte, da cultura, e todo o nosso património histórico, humano, geográfico, todo ele tão ligado à cultura, não justificava uma palavrinhas?
No São Luiz havia uns debates a que chamaram, que me lembre, “É a Cultura, Estúpido!”
Agora é mais “É a Cultura, Estúpidos!”

terça-feira, setembro 15, 2009

MANUELA FERREIRA LEITE "ASFIXIA"

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MANUELA FERREIRA LEITE
E A "ASFIXIA DEMOCRÁTICA"

Manuela Ferreira Leite tem sido acusada por alguns de dizer não importa o quê e de não ser muito coerente. Nada de mais errado. O seu pensamento é de uma coerência total e o seu maior pecado será ser tão sincera. Alguns avaliam essa sinceridade como virtude, mas não: expõe-se demasiado. Deixa ver o jogo todo.
Há dias andou pela Madeira, de João Jardim, e congratulou-se pela democracia plena que por lá se vive. Na Madeira, segundo MFL, não há “asfixia democrática” (a tal que, como todos sabem, existe no continente em doses maciças) e se por acaso existe algo semelhante está legitimado pelo sufrágio universal de que saiu vencedor por diversas vezes o seu Presidente do Governo Regional. Portanto, toda a actividade política de Hitler, que ganhou eleições, está igualmente legitimada, e o Governo de Manuela Ferreira Leite sê-lo-á igualmente se, por vontade dos portugueses, sair triunfadora das próximas eleições. Poderá então por em prática aquela teoria dos “seis meses sem democracia para endireitar o País” (e depois logo se verá se são ou não precisos mais alguns meses, ou anos, ou décadas, o Prof. Salazar também começou assim):
Há já sintomas alarmantes: Manuela Ferreira Leite julga que vai ser a escolhida e assegura, desde logo, apontando para Sócrates: “Daqui a dez anos o senhor já não estará cá…” Enfim, Sócrates pode ter cometido alguns erros, mas uma medida tão drástica não me parece de saudar. Assim como não julgo de bom tom acusar o Primeiro-ministro de ser como aqueles “que matam o pai e a mãe para se puderem dizer órfãos”. O ataque à família de Socrates tem sido constante e sistemático, mas, que Diabo!, fiquem-se pelos tios e primos.
Mas MFL teve também momentos de irrepreensível clarividência e, neste aspecto, o ataque aos espanhóis foi brilhante, algo que não se via por estas bandas desde o celebrado Santo Nuno Álvares Pereira. É preciso, de quinhentos em quinhentos anos, alguém que os tenha no sítio (e não será seguramente Carlos Queiroz nem a nossa frágil selecção nacional de futebol). Miguel de Vasconcelos que se cuide, por que vem aí uma nova defenestração. Desta feita alguém sai pela janela do banco Banestro. Ai sai, sai.
Esperemos que não nos caia ao colo como Primeira-ministra.
(a imagem foi encontrada na Net, de autor - inspirado - anónimo)

sexta-feira, setembro 11, 2009

CINEMA: SACANAS SEM LEI

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SACANAS SEM LEI
“Sacanas sem Lei”, último filme de Quentin Tarantino, tem uma história por detrás da própria história do filme, que é interessante conhecer para melhor se perspectivar a obra.
Na verdade, “Inglourious Basterds” inscreve-se numa longa lista de filmes sobre a II Guerra Mundial, onde um grupo de “patifes” ou “sacanas” a contas com a justiça militar se vê envolvido numa acção contra os nazis, tornando-se heróis sem muito bem perceberem como. O primeiro grande filme desta onda foi “Os Doze Indomáveis Patifes” (The Dirty Dozen), de Robert Aldrich (1967), com um elenco notável e uma moralidade evidente, para lá da história e das peripécias decorrentes. O que se procurava testemunhar era a possibilidade de uma “segunda hipótese” que permitisse a redenção de um grupo de proscritos que afinal só precisava de uma nova oportunidade para se regenerar.
Muitos outros filmes se seguiram e procuraram reproduzir o sucesso desta obra, que ela própria teve sequelas, nenhuma delas tão brilhante como o original.
Nas décadas de 60 e 70, os estúdios italianos tinham, por bom ou mau hábito, copiar, com pequenos orçamentos, e em jeito de série B, os grandes sucessos de aventura, acção, terror ou horror que se afirmassem em qualquer outro país, nomeadamente no universo anglo-saxónico. Tendo sido sobretudo os êxitos norte-americanos pirateados até à saciedade. Em filmes que, por vezes, tinham algum interesse (há muitos westerns deste período com uma qualidade inequívoca, que deram a conhecer realizadores como Sergio Leoni e lançaram a carreira de actores como Clint Eastwod), mas a maioria era de péssima qualidade, de um aproveitamento sem escrúpulos das emoções mais primárias que existem no mais fácil dos espectadores.
Não foram só os westerns que foram “revisitados” ou, melhor, “vampirizados”, pelos realizadores italianos (quase sempre com pseudónimos anglicizados), mas também os filmes de terror (que nos deram surpresas agradáveis como Dario Argento, por exemplo) ou de horror (onde o canibalismo e os mortos-vivos bateram recordes de mau gosto). Igualmente os filmes bélicos tiveram o seu auge e uma das obras mais referenciadas é um filme de 1978, assinado por Enzo G. Castellari (que também ficou conhecido por Stephen M. Andrews, Enzo Girolami Castellari, Enzo Castellari, Enzo Girolami, Enzo Girollami, E.G. Rowland ou Enzo G. Rowland), com o título original italiano “Quel Maledetto Treno Blindato”. Nos EUA teve várias outras designações, como “The Inglorious Bastards”, “Counterfeit Commandos”, “Deadly Mission”, “G.I. Bro” ou Hell's Heroes”, para lá de nas Filipinas se ter chamado “The Dirty Bastard”. Em Portugal terá sido “Seis Gloriosos Patifes" e, no Brasil, “Assalto ao Trem Blindado”.
Ora bem, Quentin Tarantino tem desde sempre uma preferência muito especial por séries B, quer sejam americanas, quer sejam de outras origens, das europeias às asiáticas. Quase todos os seus filmes, de “Cães Danados” a “À Prova de Morte”, são demonstrações disso e muito ligadas ao imaginário popular, dos romances de “pulp fiction” aos “comics”, mas sobretudo aos filmes de sessão dupla em salas de bairro. Mais uma vez, isso acontece em “Inglourious Basterds” que, desta feita de forma explícita e por demais publicitada pelo próprio cineasta, se vai basear no já referido “The Inglorious Bastards”, do também já citado italiano Enzo G. Castellari. O que temos é uma “homenagem” de Tarantino a um realizador da acção pura, que faz filmes baseados numa estética (se de estética estamos falando) que tem a ver sobretudo com acção e violência sem muitas explicações históricas ou sociológicas com um enredo diminuto, reduzido a uma ténue linha narrativa que permita fazer suceder, com alguma lógica, as referidas cenas de “Kiss, Kiss, Bang, Bang” (aqui mais “Bang, Bang” e “Pum, Pum”, do que “Kiss, Kiss”). Este género de obras não se preocupa com plausibilidade de situações ou densidade psicológica de personagens, mas com a possibilidade de mandar pelos ares muitos soldados inimigos, ao som de estridentes explosões, que levam consigo tanques ou camionetas de prisioneiros militares. Este o caso da obra de Enzo G. Castellari.
“Quel Maledetto Treno Blindato” é uma película de guerra, de um sub-género muito explorado no cinema, a II Guerra Mundial, ou “os filmes de nazis”. O argumento é de Sergio Grieco e do realizador, o elenco conta actores popularizados neste tipo de filmes, como o sueco Bo Svenson, o afro-americano Fred Williamson, entre outros. Estamos no verão de 1944, na Europa, mais precisamente em França, num acampamento americano. Alguns militares, condenados por crimes graves, são encaixotados numa camioneta rumo ao seu destino mais previsível, o fuzilamento.
Um desertor, Burl (Jackie Basehart), um ladrão, Nick Colasanti (Michael Pergolani), um assassino, Fred (Fred Williamson), um revoltado, Tony (Peter Hooten) e um tenente, Jaeger (Bo Svenson), constituem este grupo de soldados americanos condenados que partem de um acampamento nas Ardenas. Durante a viagem a coluna é bombardeada por aviões alemães e os prisioneiros conseguem libertar-se e fugir. Querem chegar à Suíça. Na deslocação encontram um desertor alemão que se junta ao grupo, formando os “Seis Gloriosos Patifes” da versão portuguesa. Mas, quando são encontrados por membros da resistência francesa são confundidos com um comando que vem efectuar uma perigosa missão de sabotagem, tendo que assaltar um comboio alemão com o objectivo de roubar um dispositivo que alimenta os famigerados V2. E o grupo aceita a missão e “gloriosamente” cumpre-a na íntegra.
Os “westerns spaghetti” (filmes do Oeste, rodados na Europa, sobretudo em Itália e Espanha, entre 60 e 70) tinham criado um estilo. Não havia heróis, mas anti-heróis, personagens romantizadas sem passado nem futuro, andrajosos mas fotogénicos (veja-se Eastwwod com o seu fósforo ou palito ao canto da boca), que atravessavam histórias de uma violência epidérmica, com vilões da pior espécie. A música inspirada de Morricone (e outros continuadores) e uma fotografia densa e soturna criavam o ambiente. E a mística destas obras que tiveram o efeito de projectar o estilo para outros géneros. O filme de guerra, por exemplo.
Em “Quel Maledetto Treno Blindato” não há heróis impolutos, mas patifes contra vilões, assassinos e ladrões contra psicopatas institucionalizados num sistema político que queria dominar o mundo. Obviamente que o público está do lado dos maus simpáticos contra os péssimos antipáticos. O tom destas obras era de violência extrema, mas quase trabalhada ao nível da violência dos cartoons (Speedy Gonzalez contra o demónio da Tasmânia) o que acarretava um humor distanciador. Depois repisavam-se receitas retiradas de outras obras de referência imediata para o grande público. No caso do filme de Enzo G. Castellari são óbvias as citações de “Os Doze Indomáveis Patifes” (Robert Aldrich, 1967), “O Desafio das Águias” (John Sturges, 1973), “Heróis por Conta Própria” (Brian G. Hutton, 1970), “Cruz de Ferro” (Sam Peckinpah, 1877), entre muitos outros. Olhando a obra não me parece que estas referências sejam tanto de uma cinefilia de homenagem, mas fundamentalmente um ingénuo aproveitamento de receitas comprovadas em filmes de grande espectáculo e grande sucesso de bilheteira. O caso de Quentin Tarantino é distinto. Trata-se de uma cinefilia óbvia de um entusiasta por este tipo de filmes de série B, que ele consumiu abundantemente e aprendeu a amar quando ainda era empregado num vídeo clube e se alimentava dessa matéria-prima. Mas, as diferenças são visíveis. Logo nos títulos que parecem idênticos e não são. “The Inglorious Bastards” é o título americano do filme de Castellari, “Inglourious Basterds” é o do filme de Tarantino. A troca do a pelo e, o o acrescentado sublinham a diferença.
Quentin Tarantino escreveu o projecto e diga-se que, tanto ao nível da escrita do argumento como na sua concretização em imagens, o efeito é brilhante. Estamos ao nível do melhor Tarantino.
O cenário é novamente a II Guerra Mundial, quase ao cair do pano, e a história começa na França sob ocupação alemã, onde um oficial das SS, o coronel Hans Landa (Christoph Waltz) dizima traiçoeiramente uma família de judeus. Mas, Shosanna (Mélanie Laurent), uma das filhas, consegue fugir e será ela que mais tarde, sob o nome de Emmanuelle Mimieux, irá dirigir um cinema em Paris. Entretanto, do lado dos Aliados, e entre as tropas americanas, organiza-se um grupo especial de judeus, comandados pelo tenente Aldo Raine (Brad Pitt), conhecido por “Aldo, o Apache” (dado o seu particular gosto por escalpes) que vai liderar este bando de sádicos soldados americanos, numa cruzada que espalha o terror entre os nazis. Uma das espias que colabora com a resistência francesa é a famosa actriz Bridget von Hammersmark (Diane Kruger) que todavia não tem um futuro risonho. Mais perto do fim da guerra, na sala de cinema de Emmanuelle Mimieux, onde se estreia "O Orgulho da Nação", um filme de propaganda nazi, na presença do próprio Adolf Hitler, de Joseph Goebbels e dos principais líderes do III Reich, reúnem-se os “basterds” e o coronel Hans Landa, além de Shosanna, que vai engendrar finalmente a sua vingança, numa pirotecnia brutal que pretende logo ali destruir o III Reich.
Ao contrário do filme de Castellari, Tarantino constrói uma obra extremamente palavrosa, com diálogos infindáveis, onde – o próprio o confessa – testa o seu poder de criar suspense e de o manter. A sequência da taberna francesa com a actriz e os militares alemães é bem exemplar deste propósito. Esta alteração é particularmente significativa para se compreenderem as intenções de Tarantino e a sua base cultural, diversa da de Castellari. Este é um técnico competente para criar cenas de acção, Tarantino é um cinéfilo com uma preparação cinematográfica muito mais apurada. Castellari nunca foi seleccionado para Cannes (nem nunca concorreu, se calhar, é o mais certo), Tarantino é-o quando quiser e declararam-no desde logo o grande acontecimento do Festival desse ano. Um é olhado como um mero tarefeiro, o outro como um pós-moderno. Toda a diferença. O filme de Tarantino organiza-se em redor de uma sala de cinema e da história do cinema. A sala do cinema é o lugar físico onde irá acontecer o momento final, capital, da obra. É nessa sala de cinema, e através de bobines de filmes, que se irá construir a História. Uma História que tem pouco a ver com a verdadeira História, mas que marca bem a diferença entre a realidade (que existe) e a ficção (que tudo torna possível). Mas não será só nessa sala de cinema que o cinema constrói a História, pois o próprio filme é construído pelo cinema, pela sua História (raros filmes terão tantas citações de outros filmes, desde cenas, personagens, referências no diálogo, cartazes, fotografias, legendas, temas musicais, etc.). Este é um filme que vampiriza o cinema, como outrora o fizeram os cineastas italianos dos anos 60 e 70. Curiosamente nessa altura os italianos copiavam os americanos, agora é um americano que se volta para o cinema italiano e nele vai beber inspiração. Círculo fechado.
Diga-se que ao nível de intenções elas prolongam-se de um realizador para o outro. Tarantino realiza um filme onde não há bons e maus, mas maus e mais maus. Uns são péssimos por tradição (os nazis), outros são maus por vingança e sadismo. Pelo meio há alguns inocentes que morrem ou traem, franceses ocupados a bem ou a mal, e resistentes que se esforçam, mas estamos num mundo onde não há ideologias ou causas. Onde parece não haver grandes diferenças comportamentais ao nível ético. Os nazis matam judeus como ratos, os “basterds” matam nazis escalpelizando-os com gozo evidente. Claro que há uma ironia forte a tratar o tema, claro que os diálogos são divertidos, claro que todos percebemos que Tarantino se diverte e nos diverte. Claro que Tarantino não acredita em nada a não ser no cinema. No seu cinema. De acção e diversão. Sem outras pretensões. Claro que é bom nisso, claro que a realização é brilhante, o argumento bem escrito, os actores notáveis (fabuloso Christoph Waltz, no papel do coronel Hans Landa), a banda sonora muito bem escolhida (recorrendo a muitos temas musicais de filmes antigos que Tarantino cita e homenageia). Claro que “Sacanas sem Lei” é um filme a não perder. Mas fica claro também que este não é o “meu” cinema. Apesar de me ter divertido muito a vê-lo. Mas a verdade é que, no final, algo me incomodava (por exemplo: ser levado a achar “porreiros” e “simpáticos” caçadores de escalpes nazis).

SACANAS SEM LEI
Título original: Inglourious Basterds
Realização: Quentin Tarantino (EUA, Alemanha, 2009); Argumento: Quentin Tarantino; Produção: Lawrence Bender, Christoph Fisser, Henning Molfenter, Charlie Woebcken, Bruce Moriarty, William Paul Clark, Lloyd Phillips, Pilar Savone, Erica Steinberg, Bob Weinstein, Harvey Weinstein; Fotografia (cor): Robert Richardson; Montagem: Sally Menke; Casting: Simone Bär, Olivier Carbone, Jenny Jue, Johanna Ray; Design de produção: David Wasco; Direcção artística: Marco Bittner Rosser, Stephan O. Gessler, Sebastian T. Krawinkel, Andreas Olshausen, David Scheunemann, Steve Summersgill, Bettina von den Steinen; Decoração: Sandy Reynolds-Wasco; Guarda-roupa: Anna B. Sheppard; Maquilhagem: Howard Berger, Jake Garber, Pamela Grujic, Grady Holder, Susanne Kasper, Emanuel Millar, Gregory Nicotero, Heba Thorisdottir, Khanh Trance; Direcção de Produção: Tina Anderson, Christopher Berg, Gilles Castera, Philipp Klausing, Arno Neubauer, Michael Scheel, Gregor Wilson; Assistentes de realização: Delphine Bertrand, Jerome Borenstein, William Paul Clark, Carlos Fidel, Mara Fiedler, Scott Kirby, Ariane Lacan, Bruce Moriarty, Jill Moriarty, Julien Petit, Gabriel Roth; Departamento de arte: Robert Blasi, Sabine Engelberg, David R. Evans, Michael Fissneider, Stephanie Rass, Steve Summersgill; Som: Harry Cohen, Ann Scibelli; Efeitos especiais: Gerd Feuchter, Uli Nefzer; Efeitos visuais: John Dykstra, Rodney Montague, Viktor Muller; Agradecimentos especiais a Enzo G. Castellari, John Milius, Tom Tykwer; Companhias de produção: Universal Pictures, The Weinstein Company, A Band Apart, Zehnte Babelsberg Film, Visiona Romântica; Intérpretes: Brad Pitt (Lt. Aldo Raine), Mélanie Laurent (Shosanna Dreyfus), Christoph Waltz (Col. Hans Landa), Eli Roth (Sgt. Donny Donowitz), Michael Fassbender (Lt. Archie Hicox), Diane Kruger (Bridget von Hammersmark), Daniel Brühl (Pvt Fredrick Zoller), Til Schweiger (Sgt. Hugo Stiglitz), Gedeon Burkhard (Cpl. Wilhelm Wicki), Jacky Ido (Marcel), B.J. Novak (Pfc. Smithson Utivich), Omar Doom (Pfc. Omar Ulmer), August Diehl (Major Dieter Hellstrom), Denis Menochet (Perrier LaPadite), Sylvester Groth (Joseph Goebbels), Martin Wuttke (Adolf Hitler), Mike Myers (General Ed Fenech), Julie Dreyfus (Francesca Mondino), Richard Sammel, Alexander Fehling, Rod Taylor (Winston Churchill), Soenke Möhring, Samm Levine, Paul Rust, Michael Bacall, Arndt Schwering-Sohnrey, Petra Hartung, Volker Michalowski, Ken Duken, Christian Berkel, Anne-Sophie Franck, Léa Seydoux, Tina Rodriguez, Lena Friedrich, Ludger Pistor, Jana Pallaske, Wolfgang Lindner, Michael Kranz, Rainer Bock, André Penvern, Sebastian Hülk, Buddy Joe Hooker, Carlos Fidel, Christian Brückner, Hilmar Eichhorn, Patrick Elias, Eva Löbau, Salvadore Brandt, Jasper Linnewedel, Wilfried Hochholdinger, Olivier Girard, Michael Scheel, Leo Plank, Andreas Tietz, Bo Svenson, Enzo G. Castellari, Anastasia Schifler, Michael August, Noemi Besedes, Alex Boden, Bela B. Felsenheimer, Guido Föhrweißer, Jake Garber, Samuel L. Jackson (Narrador), Gregory Nicotero, Aleksandrs Petukhovs, Vitus Wieser, etc. Duração: 153 minutos; Distribuição em Portugal: Zon Lusomundo; Classificação etária: M/ 16 anos; Locais de filmagem: Babelsberg, Potsdam, Krampnitz, Nauen, Rüdersdorf (Brandenburg), Bad Schandau, Görlitz, Sebnitz, Elbe Sandstone Mountains, (Saxónia), Berlin (todos na Alemanha), Paris (França); Estreia em Portugal: 27 de Agosto 2009.

Os filmes de Quentin Tarantino: “Cães Danados” (Reservoir Dogs, 1992), “Pulp Fiction” (1994), “4 Quartos” (Four Rooms) (um episódio, 1995), “Jackie Brown” (1997), “Kill Bill - A Vingança Kill Bill: Vol. 1” (2003), “Kill Bill 2 Kill Bill: Vol. 2” (2004), “Sin City - A Cidade do Pecado” (Sin City, 2005), “Grindhouse” (2007), “À Prova de Morte” (Death Proof, 2007) “Sacanas Sem Lei” (Inglourious Basterds, 2009).

SEIS GLORIOSOS PATIFES
Título original: Quel maledetto treno blindato
Realização: Enzo G. Castellari (Itália, 1978); Argumento: Sandro Continenza, Sergio Grieco, Franco Marotta, Romano Migliorini, Laura Toscano; Produção: Roberto Sbarigia; Música: Francesco De Masi; Fotografia (cor): Giovanni Bergamini; Montagem: Gianfranco Amicucci; Direcção artística: Pier Luigi Basile, Aurelio Crugnola; Guarda-roupa: Ugo Pericoli; Maquilhagem: Giancarlo De Leonardis, Maggi, Giovanni Morosi; Direcção de Produção: Ennio Di Meo , Pino Mangogna; Assistente de realização: Mario Maffei; Departamento de arte: Enrico Sanchini; Som: Nick Alexander, Domenico Dubbini, Mario Ottavi; Efeitos especiais: Gino De Rossi; Companhias de produção: Films Concorde; Intérpretes: Bo Svenson (tenente Jaeger), Peter Hooten (Tony), Fred Williamson (Fred), Michael Pergolani (Nick Colasanti), Jackie Basehart: Burl), Michel Constantin (Veronique), Debra Berger (Nicole), Raimund Harmstorf (Adolf), Ian Bannen (coronel Buckner), Flavio Andreini, Peter Boom, Vito Fornari, Manfred Freyberger, Joshua Sinclair, Mike Morris, Donald O'Brien, Gerard Schwarz, Bryan Rostron, Massimo Vanni, Bill Vanders, Mauro Vestri, Nick Alexander, Enzo G. Castellari, Larry Dolgin, Rocco Lerro, Edward Mannix, Pietro Plinio Quinzi, Franco Ukmar, etc. Duração: 99 minutos; Classificação etária: M/ 12 anos.

segunda-feira, setembro 07, 2009

A SELECÇÃO E CARLOS QUEIROZ

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MAIS UM EMPATE
A selecção jogou bem durante muito tempo, mas mais uma vez jogou contra uma equipa, a Dinamarca (não muito forte), contra um árbitro (que se esqueceu de um penalti) e sobretudo contra o seu treinador (Carlos Queiroz). Desta vez o treinador escolheu um novo sistema de jogo, que funcionou muito melhor, e que tinha em mente ter na frente atacantes que não perdoassem. Fez tudo bem, para jogar com um jogador como Liedson, mas depois acobardou-se e deixou-o no banco. O resultado viu-se: uma exibição (quase) de luxo, mas de uma ineficácia total. O “melhor do mundo” esteve muito melhor (percebe-se por que joga mal na selecção: porque está mal posicionado) e a equipa mostrou que merecia estar no Mundial onde tudo leva a crer que não vai estar. A culpa é só uma: Carlos Queiroz (por muita simpatia que eu tenha, e tenho, por ele e pela sua obra nas camadas mais jovens). Mas Queiroz não é o treinador ideal para esta selecção.
Devo concluir que os jogadores fizeram tudo quanto sabiam e podiam para vencer. Nada a acusá-los, a não ser de falta de pontaria.